- Pessoas com problemas com autoestima podem se tornar compradores compulsivos como um mecanismo de fuga e compensação pelo sofrimento e frustração consigo mesmo
- É preciso ficar atento e trabalhar em sua autoestima para evitar problemas como consumismo financeiro, vício em apostas e endividamento crônico
- Praticar o perdão, gratidão, autocompaixão e viver o presente sem se cobrar e comparar com os demais são boas maneiras de trabalhar sua autoestima
É muito comum a associação do conceito de autoestima ao aspecto físico. Mas o assunto vai muito mais além e impacta inclusive na vida financeira.
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O que significa baixa autoestima e qual sua causa?
A autoestima baixa – imagem negativa de si próprio – é resultado das experiências ao longo da história de vida de cada indivíduo e é comumente encontrada em pessoas que sofreram abuso físico, sexual e/ou emocional.
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Pessoas com pais muito críticos, exigentes, controladores ou que passaram por desamparo na infância e adolescência costumam construir uma percepção de si mesmos com desvalor, com sentimentos de incapacidade, de vergonha, medo, culpa, ansiedade e invalidação.
Como identificar a autoestima baixa?
São sinais a sensação de ser um impostor, falta de confiança em si, o perfeccionismo, a autossabotagem e a procrastinação.
Pessoas com baixa autoestima são mais suscetíveis a desenvolver depressão e crises de ansiedade, podem ter dificuldade de relacionar-se de forma saudável, muitas vezes impõem-se a si mesmo e aos outros uma autocobrança excessiva, têm dificuldade de expressar seus sentimentos, dificuldade de tomar decisões satisfatórias e podem desenvolver comportamentos autodestrutivos como abuso de álcool e drogas, desequilíbrios financeiro e alimentar.
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Quais impactos da autoestima baixa na vida financeira?
A autossabotagem proveniente de uma opinião negativa sobre si pode atingir em cheio a vida financeira em todos os aspectos dela. É muito comum pessoas com baixa autoestima comprarem por impulso e excessivamente, como um mecanismo de fuga e compensação pelo sofrimento e frustração consigo mesmo.
Transtornos como o consumismo financeiro, o vício em jogos e apostas financeiras, presentear de forma exagerada para agradar aos outros, o endividamento crônico, a avareza ou economia patológica e os workaholics – viciados em trabalho – são comportamentos característicos de pessoas com autoestima baixa.
Como melhorar a autoestima?
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Tenha um autoconceito positivo reflete diretamente na saúde mental e financeira. Aqui vão 5 atitudes que podem ajudar a aumentar sua autoestima:
- Praticar a autocompaixão: seja mais amoroso ou amorosa consigo, aceite-se como você é e como você está. Tente se escutar com respeito. Sem julgamento. Como se fosse seu (sua) melhor amigo(a).
- Pratique o perdão e elimine a culpa. Encare seus erros como parte do processo de aprendizado e de ser humano. Perdoando-se a si mesmo, você aumenta sua capacidade de perdoar os outros também. Isso lhe dará leveza, paz e ajudará em seu equilíbrio emocional.
- Evite comparar-se com outras pessoas: recebemos muitos estímulos de comparação o tempo todo, principalmente vindos das redes sociais e até mesmo de familiares e amigos. Cada um de nós é único em suas características, necessidades, desejos, talentos, sentimentos e em seu propósito de vida. O importante é mergulhar no processo de autoconhecimento para despertar sua luz própria.
- Pratique a gratidão e celebre suas conquistas: lembre-se de suas conexões com a vida. Temos poder de escolher nossas atitudes básicas que influenciam diretamente nossas atitudes em relação aos outros. Aprecie o belo, celebre os bons momentos e pequenas vitórias, treine a gratidão e exercite sua espiritualidade.
- Planeje-se, organize-se, mas viva o presente: aqui vale a dica financeira de ter planejamento e orçamento. Sempre falo que planilha é uma ferramenta de empoderamento porque funciona como um mapa, como uma rota traçada que dá direção. Sabendo para onde você quer ir e como pode ir, fica mais seguro e concreto viver o presente, um dia de cada vez, dentro de suas próprias possibilidades.
Carls Rogers (1902-1987), psicólogo humanista norte-americano dizia: “Se há um paradoxo curioso é que, quando me aceito como sou, eu mudo!”. O primeiro passo para a mudança vem da aceitação da situação e de si mesmo. A baixa autoestima e o seu impacto em comportamentos financeiros disfuncionais podem ser cuidados.
Adotando estratégias pessoais mais saudáveis e com ajuda profissional, por meio de psicoterapia, é possível alcançar uma vida financeira mais saudável, equilibrada e feliz!