Este artigo faz parte da Semana da Educação Financeira do E-Investidor, um evento gratuito que reúne grandes nomes do mercado para debater temas que impactam diretamente o bolso dos brasileiros.
A complexidade das relações financeiras alavanca importante discussão sobre a educação nesta área. Ainda em 2025, o tema ainda é desconhecido por boa parte da população.
Em caráter evolutivo, veja-se que, em 2023, o Banco Central e o Fundo Garantidor de Créditos realizaram pesquisa para avaliar os produtos bancários utilizados e o desequilíbrio financeiro da população. O resultado na época foi alarmante: 64% dos entrevistados enfrentaram desequilíbrio de contas com impacto financeiro.
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Em 2024, o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em conjunto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), realizou pesquisa para avaliar o controle financeiro dos entrevistados. Novamente, em um cenário preocupante: cerca de 46% dos entrevistados não realizam qualquer controle financeiro dentro do orçamento auferido mensalmente. Observou-se ainda que somente 40% dos consumidores realizam anotações sobre lazer, alimentação e gastos no âmbito pessoal, o que comprova a tese: a educação financeira ainda não é discutida e está longe da prioridade da população.
Em 2025, os órgãos pesquisadores visam auferir resultado com a perspectiva de redução do percentual, ante as diretrizes e promoções governamentais sobre o tema, além da difusão das redes sociais com amplo caráter informativo e gratuito envolvendo a educação financeira, com foco na realidade dos trabalhadores que não possuem conhecimento das possibilidades financeiras atualmente existentes, especialmente visando complementos para a aposentadoria.
Observa-se que, de acordo com a análise dos dados obtidos em pesquisa, as dificuldades financeiras dos trabalhadores são carregadas durante a execução de praticamente todas as atividades, sendo levadas também ao ambiente de trabalho. Justamente por estes reflexos nas relações de trabalho que o tema da educação financeira dos trabalhadores deve ser compreendido também pelos empregadores.
Entendendo-se a complexidade e urgência dessa discussão, o Governo Federal criou programa gratuito para conceder educação financeira à população – e em especial aos trabalhadores- , denominado “Desenrola Brasil”, inserindo-se em plataformas digitais vídeos gratuitos sobre organização, prioridades e manuais para controle financeiro. Além disso, os criadores de conteúdo de redes sociais e mesmo os economistas que atuam na gestão de valores abordam o tema da educação financeira com foco na realidade doméstica das pessoas.
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A promoção de ações voltadas à educação financeira no ambiente de trabalho tende a preparar o trabalhador para lidar com estas situações, que já se tornaram rotineiras, mas que ainda são desconhecidas por boa parte da população. Por isso, devem ser entendidas como cruciais para ensino, aplicação e incentivo em todos os segmentos, e em especial, no âmbito do dia a dia dos trabalhadores.
