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Colunista

Por que a grande guerra do século 21 será sobre o padrão monetário

A maior economia do mundo tende sempre a ter sua moeda como padrão monetário global

Por ­Carlos Honorato

20/09/2022 | 8:04 Atualização: 20/09/2022 | 8:30

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O mecanismo de solução dos problemas em geral é a emissão monetária desmedida (Foto: Envato Elements)
O mecanismo de solução dos problemas em geral é a emissão monetária desmedida (Foto: Envato Elements)

A guerra da Ucrânia iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022, e agora largamente escanteada como notícia da vez e digerida em seus impactos no mercado financeiro, reapresentou ao mundo a guerra em seu formato mais tradicional: bombas, destruição, morte e populações inteiras sofrendo as consequências, direta ou indiretamente.

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Mais do que uma batalha local, com desdobramentos globais, a guerra da Ucrânia marca a mudança de um paradigma da ordem mundial que ainda levará alguns anos para ser entendido e absorvido nas forças de poder nesta segunda década do século 21.

Talvez o marco dessa história não seja o início do conflito, mas aquele encontro entre o líder russo Vladmir Putin e Xi Ji Ping, no dia 4 de fevereiro de 2022, um pouco antes do início da Olimpíada de Inverno na China. Uma “parceria irrestrita” entre russos e chineses foi comunicada pelos líderes.

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Não só pela força das palavras que tal comunicado tem no meio diplomático, mas principalmente pela extensão da parceria. Os inimigos comuns não estão mais apenas nas fronteiras ideológicas e políticas, mas também no campo econômico, em seu elemento mais fundamental: o padrão monetário.

Desde 1971, quando o presidente Richard Nixon abandonou o dito “padrão-ouro” com o objetivo de controlar a sua inflação interna e impedir as nações estrangeiras de sobrecarregar o sistema trocando seus dólares por ouro, o mundo econômico percebeu que nunca mais a riqueza seria medida por um elemento palpável e visível como o metal precioso.

A partir daí, o mundo deixou para trás o padrão-ouro e se rendeu ao dito padrão-dólar. Isto é, a riqueza de um país não é mais medida pela quantidade de ouro acumulada em suas reservas, e sim, pela sua produção medida em dólares.

Essa sutil mudança trouxe ao mundo, mas em especial aos Estados Unidos, a possibilidade de expandir suas riquezas de forma quase “infinita”, já que o limite para sua emissão monetária era literalmente o mundo todo.

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Inúmeras crises abalaram a confiança do mercado a partir do início dos anos de 1970, porém sem nunca conseguir destruí-la por completo: crises do petróleo de 1973 e 1979, crise da bolha tecnológica em 2000, crise financeira do subprime em 2007 e mais recentemente a crise do Covid-19. Especialmente nestas duas últimas, o mecanismo de solução dos problemas em geral foi a emissão monetária desmedida, em especial pelos EUA.

Estimativas indicam que mais de US$ 20 trilhões foram emitidos em 2007-2009 e podemos indicar pelo menos mais uns US$ 20 trilhões entre 2020-2022.

São números difíceis de precisar de fontes diversas, mas perceptíveis na economia real: inflação, sobrevalorização de ativos e possíveis bolhas surgem de tamanhas emissões monetárias. E o que leva o mercado a acreditar que essa moeda emitida vale o que vale? A resposta está estampada há séculos na moeda de US$ 1 dólar: “In god we trust”, traduzindo em português – “Em Deus nós acreditamos”. Talvez somente Deus nos faça acreditar que essa montanha de dinheiro valha o que parece valer.

Como Deus nasceu para todos, mas nem todos creem no mesmo Deus, e alguns ainda não acreditam ou teimam em não acreditar, essa lógica de que o “padrão-dólar” ainda pode representar a economia global fica cada vez mais frágil à medida que outros países crescem no horizonte econômico e começam a ocupar um papel de destaque e influência na economia global, como é nitidamente o caso da China.

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Um estudo da consultoria britânica Centre for Economics and Business Research (CEBR) indica que a China pode se tornar a maior economia do mundo já em 2028. E não é somente o centro britânico, mas Banco Mundial, FMI e outros organismos internacionais projetam a China com maior economia do mundo antes de 2030.

Nessa perspectiva, como em diversos momentos da história, a maior economia do mundo tende a ter sua moeda como padrão monetário global. Em outros momentos como na Roma Antiga, Reino Unido com a Libra esterlina e EUA com o dólar, os impérios dominavam seus padrões globais de moeda, cada qual com as nuances do seu tempo e o tamanho e tecnologia disponível.

E parece que essa é a real guerra que a China não quer perder e onde certamente se depositarão boa parte dos conflitos neste século, quiçá, milênio. A pimenta desse molho ainda vem adicionada de criptomoedas, open banking e moedas eletrônicas com o desaparecimento do dinheiro em papel em alguns anos.

A parceria sino-russa na guerra da Ucrânia apresenta, sutilmente, como é comum nesses movimentos chineses, os primeiros passos dessa guerra contra o padrão monetário. O suporte chinês a Rússia, dando uma cobertura financeira às sanções do ocidente, além do número expressivo de países que não se alinharam a essas sanções, demonstra que o ambiente econômico e de padrão monetário lastreado ao dólar tem seus dias contados, ou pelo menos contaremos vários dias de conflito em nome da moeda guardiã do valor global. Certamente continuaremos “Acreditando em Deus”, apenas teremos que rezar para outro senhor.

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­* Carlos Honorato Teixeira é economista, MBA, Mestre e PhD em administração e professor da FIA Business School. Especialista em Economia e Cenários Futuros, faz consultor de empresas com experiência internacional nos cinco continentes. Atualmente é diretor em uma consultoria especializada em Broadcast de Conhecimento.

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