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Desde a eleição nos Estados Unidos, notícias envolvendo a moeda americana ficaram cada vez mais comuns. Inicialmente citando a alta do dólar, por conta das promessas do presidente eleito Donald Trump, e nos últimos dias ressaltando a preocupação dos brasileiros com as possíveis taxações. Mas será que essa moeda tem mesmo tanto poder sobre nós?
A resposta curta: sim. O dólar é a moeda mais utilizada no mundo e referência para muitas transações comerciais e financeiras. Sua valorização ou desvalorização impacta diretamente a economia global e, claro, o nosso bolso. Mesmo que você não viaje para o exterior ou não faça compras em sites internacionais, o dólar influencia preços de produtos, serviços e até o custo de vida no Brasil.
Por que o dólar sobe e desce?
A cotação do dólar é determinada por uma série de fatores, incluindo taxa de juros, política monetária, oferta e demanda da moeda e até mesmo acontecimentos globais. Quando há um aumento na taxa de juros nos Estados Unidos, investidores tendem a migrar seu capital para ativos americanos, o que valoriza o dólar. Da mesma forma, crises políticas e econômicas em países emergentes, como o Brasil, fazem com que investidores busquem refúgio no dólar, elevando sua cotação.
Além disso, políticas econômicas adotadas pelos governos impactam a moeda. Se um governo promove maior endividamento e imprime mais dinheiro, a confiança dos investidores diminui, levando a uma desvalorização da moeda local. No caso brasileiro, fatores como instabilidade política, déficit fiscal e expectativas do mercado também influenciam diretamente a flutuação do real em relação ao dólar.
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Nos últimos anos, crises globais como a pandemia de Covid-19 intensificaram essas oscilações. A alta do dólar nesses períodos foi impulsionada pelo medo do mercado, que busca segurança em moedas mais fortes. Esse efeito se repete em diversas situações de incerteza, tornando a economia brasileira vulnerável às mudanças do cenário externo.
Como o dólar impacta seu dia a dia?
Produtos importados e o custo de vida
Muitos produtos consumidos no Brasil possuem componentes importados ou são completamente fabricados no exterior. Isso significa que, quando o dólar sobe, os custos de produção aumentam e esses valores são repassados para o consumidor final. Eletrônicos, vestuário, veículos e até remédios são alguns exemplos de itens que sofrem impacto direto da alta do dólar.
Além disso, empresas que dependem de matérias-primas internacionais enfrentam dificuldades para manter preços competitivos, o que pode gerar inflação. Essa inflação não se restringe apenas a produtos importados, pois os custos elevados podem pressionar toda a cadeia produtiva, resultando em aumentos generalizados de preços no mercado interno.
Energia e combustíveis mais caros
O preço do petróleo é cotado em dólar no mercado internacional, o que significa que qualquer valorização da moeda americana tem impacto direto no preço dos combustíveis. A gasolina e o diesel, que abastecem transportes e indústrias, tornam-se mais caros, elevando o custo do frete e, consequentemente, os preços de alimentos e outros bens essenciais.
Além disso, contratos de energia elétrica muitas vezes possuem componentes dolarizados. Isso acontece porque parte da energia gerada no Brasil vem de termelétricas que utilizam gás natural importado, cujo preço segue a cotação do dólar. Assim, a alta da moeda pode refletir em reajustes na conta de luz.
Inflação e perda do poder de compra
A inflação acontece quando há um aumento generalizado nos preços dos produtos e serviços. Como vimos, a alta do dólar encarece insumos, energia e combustíveis, o que leva empresas a reajustarem seus preços para manterem suas margens de lucro. Isso afeta diretamente o poder de compra dos brasileiros, que veem seu dinheiro valer menos a cada dia.
Com a inflação em alta, também há impactos nos juros. O Banco Central pode optar por elevar a taxa Selic para conter a inflação, o que torna o crédito mais caro para empresas e consumidores. Isso afeta desde financiamentos e empréstimos até o crescimento da economia como um todo, dificultando investimentos e gerando desemprego.
Se proteja das oscilações do dólar
O dólar está longe de ser apenas uma moeda estrangeira sem influência na vida dos brasileiros. Seu valor impacta desde a economia global até o dia a dia do consumidor comum, influenciando preços, investimentos e o custo de vida. Por isso, entender como ele afeta nossas finanças é essencial para tomar decisões mais inteligentes e evitar prejuízos.
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Manter-se informado e adotar estratégias de proteção contra oscilações cambiais são passos fundamentais para minimizar impactos negativos e aproveitar oportunidades de crescimento financeiro. Afinal, em um mundo globalizado, ignorar a influência do dólar pode custar caro.
Diversificação de investimentos e o planejamento financeiro também são estratégias importantes para assegurar o poder de compra, diminuindo os impactos das oscilações do valor do dólar e principalmente da sua qualidade de vida.