Falando de dinheiro

CEO da Atom Educacional e sócia fundadora do Instituto Êxito. Está há mais de 11 anos atuando no mercado financeiro. Desde sua primeira operação, até hoje seu foco sempre foi no day trade. Carol é uma das poucas mulheres que se arriscaram nessa profissão e vem encorajando centenas de mulheres a começar a investir na bolsa de valores. Desde 2020 faz parte do elenco do game show Shark Tank Brasil.

Carol Paiffer

Empreendedorismo: como evitar que sua empresa feche as portas

Em meios as incertezas em relação ao próximo governo, os empreendedores podem sofrer com seus negócios

Cerca de 80% das micro e pequenas empresas não completam sequer um ano, mostrando que o empreendedorismo ainda tem muito o que amadurecer no Brasil | Foto: Envato Elements
  • De acordo com o IBGE, quase 60% das empresas fecham as portas em 5 anos
  • Dentro do empreendedorismo, não podemos esquecer do fator de escalabilidade e competitividade
  • Estudar a concorrência de forma aprofundada vai mostrar quais os pontos fracos que você pode cobrir e usar como um diferencial

Você sabe quantas empresas fecham as portas nos primeiros anos? De acordo com o levantamento Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo do IBGE, quase 60% das empresas fecham as portas em 5 anos.

Os Empreendedores MEI são os que mais sofrem. Cerca de 80% das micro e pequenas empresas não completam sequer um ano.

É um dado assustador e mostra que o empreendedorismo ainda tem muito o que amadurecer no Brasil.

E não o bastante, os empresários e empreendedores estão preocupados com o bem estar de suas empresas com o novo governo que vai assumir em 2023.

O sentimento de medo é quase palpável e vêm a pergunta: o empreendedorismo vai sobreviver aos desafios dos próximos anos?

Porque os pequenos empresários não conseguem manter seus negócios

Abrir um negócio no Brasil não é nada fácil. Existe muita burocracia e os impostos são pesados. Além disso, é preciso um cuidado cirúrgico ao contratar no regime CLT, para que os funcionários não sejam prejudicados e tenham seus direitos pagos em dia – independentemente da empresa obter lucro.

No entanto, o principal erro está na pesquisa de mercado.

Ideias boas surgem a todo momento e todas têm um potencial de se tornar um case de sucesso e uma grande empresa. Porém, é preciso fazer a seguinte pergunta:

“Tem mercado para essa ideia?”

Dentro do empreendedorismo, ideias e atitudes que melhorem a sociedade são sempre bem-vindas. Porém, não podemos esquecer do fator de escalabilidade e competitividade.

Existem outras empresas fazendo o mesmo que você está pensando? Se sim, como eles fazem? Qual é o processo deles? Como é o atendimento? Qual custo vs lucro?

Estudar a concorrência de forma aprofundada vai mostrar quais os pontos fracos que você pode cobrir e usar como um diferencial.

Dessa forma, ao construir um planejamento estratégico, você terá informações o suficiente para construir um alicerce de negócio sólido, que mesmo em crise não vai balançar e sofrer.

Como fazer essa pesquisa?

Eu tenho certeza que em algum momento você ouviu o ditado “mantenha seus amigos por perto e os inimigos mais perto ainda”.

Seus concorrentes não são inimigos, mas, se estão no mercado há mais tempo que você, vale muito a pena você se aproximar deles, até mesmo trabalhar para eles e assistir em primeira mão quais os desafios e atalhos que existem no ramo.

Assim, você, como empreendedor MEI, aprende a como ter uma boa gestão do empreendimento sem precisar tropeçar e ir pelo caminho mais longo e doloroso. É o que chamamos de intraempreendedorismo.

É a maneira mais correta de começar no universo empreendedor. Fazer isso no CNPJ alheio e viver o negócio antes de abrir o próprio.

Você desenvolve habilidades técnicas, intelectuais e comportamentais de liderança, gestão de processos, gestão financeira, comunicação, marketing e vendas sem precisar passar pelos perrengues que os empresários passam.

Obviamente, depois que você abre sua empresa, você nunca deve parar de estudar. É aqui que o MEI empreendedor acaba se afogando.

Curso de empreendedorismo

Hoje existem faculdades com cursos de empreendedorismo, marketing digital, administração de empresas e gestão de projetos.

No entanto, existem buracos nesses cursos que não preparam as pessoas para a realidade de uma empresa.

Não ensinam como montar um conselho de auditoria, como pesquisar o mercado, como desenvolver uma gestão financeira eficaz, como a empresa deve investir uma parte de seus recursos e se proteger e não ensina como fazer um pitch.

Como Shark no programa Shark Tank Brasil, eu enxerguei e mapeei essas e outras diversas fragilidades que tornam aqueles dados que eu citei no começo reais.

E eu precisava fazer algo a respeito.

Depois de muitas reuniões e negociações, fechei o acordo com a Sony Pictures Television UK para implementar o Shark Tank e-School, uma formação nível MBA para empreendedores e pessoas que desejam empreender.

Shark Tank e-School: a academia de empreendedorismo chegou ao Brasil

Esse modelo de ensino completamente baseado no programa só existia na Austrália.

A ideia é formar empresários preparados para as crises, para captar bons investimentos e sócios e claro, fazer as perguntas certas para alcançar resultados concisos.

Abordando desde a formação de uma ideia, a construção de um plano de negócios, marketing e finanças, ao final do curso os estudantes serão capazes de apresentar o negócio e fazer um pitch vencedor.

Essa formação será o mapa que empreendedores e intraempreendedores nem imaginavam que precisavam para atingir um novo patamar em suas carreiras e empresas.

No dia 22 de novembro, eu vou estar ao vivo na aula inaugural do MBA e convido a todos a participarem clicando aqui.