Falando de dinheiro

CEO da Atom Educacional e sócia fundadora do Instituto Êxito. Está há mais de 11 anos atuando no mercado financeiro. Desde sua primeira operação, até hoje seu foco sempre foi no day trade. Carol é uma das poucas mulheres que se arriscaram nessa profissão e vem encorajando centenas de mulheres a começar a investir na bolsa de valores. Desde 2020 faz parte do elenco do game show Shark Tank Brasil.

Carol Paiffer

Três passos para você começar a investir

No mundo dos investimentos é preciso muito estudo e atenção às informações que chegam até você

Em 2020, houve um aumento significativo de investidores na Bolsa de Valores. Foto: Pixabay
  • O número de informações e pessoas falando sobre investimentos aumentou exponencialmente pela internet
  • Muitos começaram a citar receitas de bolo, dizendo qual ação seria melhor investir. Não é bem assim

Em 2020, houve um aumento significativo de investidores na Bolsa de Valores, em busca de proteção e novas formas de fazer o dinheiro rentabilizar, visto que a taxa de juros chegou em suas mínimas históricas e títulos de renda fixa ficaram menos atrativos.

O número de informações e pessoas falando sobre investimentos aumentou exponencialmente pela internet, deixando tudo mais democrático e acessível à população. Mas, como diz o ditado, “nem tudo que reluz é ouro”.

Muitos começaram a citar receitas de bolo, dizendo qual ação seria melhor investir, que é preciso pensar no longo prazo ao comprar – mesmo que você compre em um momento de euforia e, logo depois, a ação comece a cair.

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Não é bem assim que o mundo dos investimentos funciona. É preciso muito estudo e atenção às informações que chegam até você, e se o que você está lendo ou ouvindo está de acordo com o seu perfil de investidor.

Foi pensando nisso que escrevi esse artigo, com os três principais passos para você nunca errar em sua tese de investimentos:

1) Invista em conhecimento

Por mais óbvio que pareça, muitas pessoas tomam decisões sem ter conhecimento sobre o assunto – e isso ocorre em várias áreas da vida, não apenas nos investimentos.

Então, buscar o acompanhamento de quem vive na prática, ou seja, de quem realmente investe e tem experiência no mercado financeiro, é um ponto importante e indispensável.

No entanto, além da busca do conhecimento técnico sobre a Bolsa de Valores, é preciso ter autoconhecimento. Você precisa estar ciente do seu objetivo ao investir, pois há várias possibilidades de fazer o seu dinheiro rentabilizar – algumas com mais riscos e volatilidade no meio do caminho do que outras.

Por exemplo: você tem uma reserva de emergência?

Como o próprio nome diz, esse é um dinheiro para emergências, para situações que são atípicas do seu dia a dia, como a pandemia. Sendo assim, esse é um montante que precisa ser resgatado rápido, com facilidade e não pode sofrer com altas volatilidades. Nesse caso, títulos de renda fixa seriam os mais recomendados, por serem considerados os investimentos mais seguros.

Agora, se o objetivo é sua aposentadoria ou a faculdade de seus filhos, a busca por mais rentabilidade se torna atrativa – porém, mais rentabilidade vem acompanhada de um pouco mais de risco.

A Bolsa de Valores se torna um ótimo investimento, pois se trata de um shopping center de oportunidades lucrativas – tanto para o curto, quanto para o longo prazo.

O que nos leva ao segundo passo:

2) Faça boas escolhas

Boas escolhas são aquelas que trazem dinheiro para o seu bolso, que podem ser gerenciadas e não te tiram o sono.

Na Bolsa há várias empresas solidificadas, bem posicionadas no mercado e tradicionais.

O setor bancário é considerado a “renda fixa” da Bolsa, por ser um setor que sempre trará lucros para seus acionistas – em valorização e em dividendos. Você pode se tornar sócio do banco ao qual é cliente e receber uma parte dos lucros na distribuição de dividendos, criando uma renda passiva e acumulativa.

Além disso, há vários setores como energia, petróleo, mineração e agro que possuem empresas de capital aberto na Bolsa e cujo risco de falir é quase zero – afinal, estão na base de produção e manutenção da população.

Escolhendo e diversificando entre empresas sólidas, baratas e de diferentes setores, você leva menos sustos, dorme tranquilo e tem um gerenciamento mais eficiente da valorização da sua carteira.

3) Tenha disciplina

Investir, seja para qual for o seu objetivo, requer disciplina e organização.

Todos os meses, você precisa investir, nem que seja R$ 100,00, na compra de boas empresas que estejam baratas. É a constância de fazer isso todos os meses que fará com que você construa um patrimônio.

Talvez você diga: “Carol, eu não tenho o capital necessário para comprar uma grande quantidade de ações”. E eu tenho uma notícia para você: o mercado financeiro é democrático, para todos e se adapta a sua realidade.

Você não precisa comprar uma grande quantidade de ações – é por isso que existe o mercado fracionário, para você comprar poucas ações com o capital que você tiver disponível.

Por isso, deixe um percentual de toda a sua renda separado exclusivamente para seus investimentos, pensando no seu futuro, na sua aposentadoria, no seu bem-estar e na segurança da sua família.

Seja responsável! Invista primeiro e gaste depois.