O que este conteúdo fez por você?
- O mercado brasileiro é influenciado pelas políticas econômicas adotadas a nível global
- Analisando três dos mercados e das políticas adotadas por seus respectivos Bancos Centrais (EUA, Europa e Brasil), é possível entender os impactos que teremos na nossa economia e como, consequentemente, nossos investimentos serão afetados
- Apesar das incertezas globais, o Brasil está bem posicionado e com muitas oportunidades de ganhar dinheiro no mercado
A volatilidade e incerteza costumam ser características intrínsecas dentro do mercado de renda variável. E no mercado brasileiro, ainda temos a influência das políticas econômicas adotadas a nível global, já que o impacto vem sempre do maior mercado para o menor.
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Analisando três dos mercados e das políticas adotadas por seus respectivos Bancos Centrais (EUA, Europa e Brasil), é possível entender os impactos que teremos na nossa economia e como, consequentemente, nossos investimentos serão afetados.
O papel das políticas econômicas globais
O mercado financeiro, embora tenha algumas variações de funcionamento em cada país, costuma seguir um certo padrão de regras e comportamentos. Dentre os principais objetivos, é manter a economia do país viva e funcionando para o manter o bem-estar da população.
Com base nisso, os Bancos Centrais analisam dados coletados como índice de consumo, taxa de emprego e desemprego, serviços de bens duráveis e PIB e tomam as suas decisões de aumento, corte ou manutenção das taxas de juros. Além disso, os BCs ajudam a fiscalizar o mercado financeiro, garantindo transparência e segurança aos investidores.
Efeito das decisões dos Bancos Centrais
Pensando nos três mercados que citei anteriormente, vamos analisar as decisões tomadas nesse último mês e entender quais podem ser as oportunidades nos investimentos.
Europa
No meu último artigo, falei sobre a recessão econômica no velho continente com a decisão de aumento da taxa de juros pelo Banco Central Europeu.
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A inflação se mostrou uma pedra no sapato na zona do euro e claro, o conflito entre Rússia e Ucrânia, desordem na França e o aumento nos preços do gás pressionam o BCE e a população a uma postura de cautela.
Há indícios de que o aperto monetário irá se estender até que a inflação esteja minimamente controlada, o que faz até os mais arrojados investidores se refugiarem na renda fixa ou então, buscarem investimentos internacionais.
Podemos esperar um baixo consumo da população europeia – e sabemos o que isso significa no resultado trimestral das empresas.
Estados Unidos
O Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) vem mantendo uma postura firme contra a inflação. Em anos anteriores, o presidente do Banco Central Americano elogiou a postura do nosso BC no aumento e manutenção da taxa Selic, o que nos fez sair na frente – até da maior economia mundial. Mas, já vamos falar sobre o Brasil.
Com base nessa projeção e uma análise puramente técnica, um short no S&P 500 pode estar no radar de muitos investidores – se vier as duas altas projetadas, é certeza que o índice despenca com a saída da renda variável para a renda fixa.
Brasil
Estamos a meses mantendo a manutenção da taxa de juros em 13,75% – um dos maiores patamares que já chegamos na taxa Selic. No entanto, há possibilidade de iniciar um ciclo de corte de juros em agosto – na contramão do restante do mundo.
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Isso porque fomos rápidos em conter a inflação e estamos voltando ao ritmo pré-pandemia.
Os estímulos como o bolsa família e a ação do governo para a compra do carro popular vem para voltar a aquecer o consumo da população. E sabe o melhor? A renda fixa e variável seguem atraentes no nosso País.
Nos aproximamos do fechamento do trimestre e estamos montando as posições para os próximos três meses – alguns apostando no rush natalino e olhando o varejo.
Nossa inflação não está descontrolada, nossas empresas estão descontadas do seu preço justo e há títulos pré-fixados pagando muito bem. Como eu disse em colunas passadas, o Brasil está bem posicionado e com muitas oportunidades de ganhar dinheiro no mercado.
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Mesmo que o Fed aumente a taxa de juros – o que, particularmente não acredito que vá acontecer -, o Brasil segue sendo a bola da vez. Uma boa diversificação protege e rentabiliza os investidores e estou ansiosa para começar a sair os resultados trimestrais.