O que este conteúdo fez por você?
- A diversificação automática proporcionada pelo reinvestimento também é um trunfo
- O que os cenários mostram é que o reinvestimento não é vantajoso por si só. As condições de mercado e as características específicas de cada setor podem desempenhar um papel significativo nos resultados
- Cada investidor deve considerar as suas metas, horizonte de investimento, tolerância ao risco para construir a sua decisão
Uma dúvida que costuma atormentar muitos investidores, mesmo aqueles acostumados a navegar pelas águas complexas e, às vezes, revoltas, do mercado financeiro, é com relação a reinvestir ou não os dividendos.
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A decisão de utilizar os proventos distribuídos para comprar mais ações é estratégica. E faz sentido para aqueles que buscam acumular patrimônio e, com o passar dos anos, formar um colchão de renda passiva que signifique independência financeira.
A diversificação automática proporcionada pelo reinvestimento também é um trunfo, reduzindo os riscos associados à concentração em setores específicos. Além disso, há a possibilidade de aproveitar as oportunidades de mercado, comprando papéis em momentos de grande volatilidade.
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Para fornecer uma análise tangível da questão, examino aqui dois cenários. O primeiro deles traz a rentabilidade de ações em 2023, destacando as que apresentaram a maior diferença entre os cenários com e sem reinvestimento, para evidenciar como a opção pode moldar os resultados.
Como se pode observar na tabela 1, as dez ações da amostra revelam diferenças importantes de rentabilidade, com o reinvestimento se destacando como fator impulsionador, especialmente em Automóveis, Energia Elétrica e Incorporações.
Veja a rentabilidade das ações em 2023 com e sem reinvestimento entre ações da carteira do Ibovespa, Small Caps, IDIV e IBRX100 – Retorno sem reinvestimento positivo:
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O segundo cenário traz ações que optaram por não reinvestir em 2023, observando aquelas que enfrentaram rentabilidade negativa sem o recurso. Nesse caso, nas ações da amostra, nos setores de Energia Elétrica e Máquinas e Equipamentos Industriais, as diferenças entre os cenários com e sem reinvestimento foram palpáveis.
Confira as ações com rentabilidade negativa em 2023 sem reinvestimento da carteira do Ibovespa, IBRx100, IDIV e Small Caps:
O que os cenários mostram é que o reinvestimento não é vantajoso por si só. As condições de mercado e as características específicas de cada setor podem desempenhar um papel significativo nos resultados. Há que se levar em conta ainda possíveis riscos como implicações fiscais, falta de liquidez imediata e concentração excessiva de ações de determinadas empresas.
Diante de uma dinâmica de mercado em constante mudança, o reinvestimento de dividendos emerge como uma ferramenta poderosa, mas não é uma escolha única para todos. A sabedoria está na maneira de utilizá-la. Cada investidor deve considerar as suas metas, horizonte de investimento, tolerância ao risco para construir a sua decisão.
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