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Colunista

O que bets e jogos de azar causam no cérebro e por que são tão viciantes?

Popularização das apostas online têm causado uma série de problemas, como endividamento, vício e maior vulnerabilidade aos mais pobres

Por Evandro Mello

28/09/2024 | 6:00 Atualização: 28/09/2024 | 8:51

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Jogos de apostas (Foto: Envato Elements)
Jogos de apostas (Foto: Envato Elements)

A popularização das bets, jogos de azar e rifas online têm gerado preocupação. Como mostrou o Estadão, isso tem causado endividamento em famílias; se popularizado entre os mais pobres, como beneficiários do Bolsa Família; e atingido até mesmo adolescentes, que estão ficando viciados.

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Não faltam conteúdos sobre os riscos dessas apostas e as pessoas que jogam são conscientes, em boa parte, de que podem perder – afinal, para que os prêmios sejam distribuídos, uma minoria tem que ganhar e uma maioria deve perder. Mas, então, o que faz as pessoas viciarem em bets e outros jogos de azar?

Segundo Renata Taveiros de Saboia, neuroeconomista especializada em comportamento financeiro, a resposta é a sensação de prazer que a perseguição pelo resultado dos jogos causa no nosso cérebro.

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“Esse ato de perseguir está diretamente ligado aos circuitos de atos de recompensa no cérebro, onde temos principalmente a dopamina, que traz essa antecipação pela recompensa”, afirma a especialista, que é conselheira científica da Multiplicando Sonhos, nosso projeto de educação financeira em escolas.

De acordo com ela, quando jogamos guiados por uma fé no ganho rápido, no enriquecimento por sorte, sem esforço, há uma descarga química no seu cérebro que nos faz antecipar o prazer pela recompensa.

“Aliás, este é um dos motivos pelos quais a gente cai em golpes financeiros”, afirma a especialista. Mesmo com sinais de que aquela oferta pode ser um golpe, a sensação de recompensa por lucro com a transação supostamente vantajosa causa um efeito de cegueira momentânea.

Voltando aos jogos, por que, então, continuamos jogando mesmo depois de perder não uma, mas várias vezes? A resposta não é tão simples: o prazer não está só em ganhar, mas sim em perseguir os resultados e os possíveis ganhos. É a possibilidade de ganhar e não o ganho em si.

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É por isso que, quando perdem, os viciados tendem a acreditar que aquela perda foi somente mais um passo até a vitória. E também o motivo pelo qual, mesmo quem já ganhou, pode continuar jogando e buscando cada vez mais – algumas vezes, perdem todo o prêmio já conquistado.

O vício

O reforçamento do comportamento causado pelo prazer proporcionado pelo excesso de dopamina tende a levar à repetição, que pode resultar no vício. “Os mesmos mecanismos que aparecem nos vícios aparecem nos jogos”, enfatiza Renata.

O que caracteriza problemas ligados a vícios, como a adicção ao álcool, drogas e jogos de apostas, é o aumento da tolerância ao efeito do neurotransmissor ligado ao sistema de recompensa, segundo a neuroeconomista.

Esse aumento da tolerância a esse neurotransmissor faz com que a pessoa precise jogar mais vezes para se sentir satisfeita. Da mesma forma, viciados em álcool têm aumento da tolerância à bebida e precisam beber cada vez mais para se sentirem satisfeitos. “Esse aumento da tolerância, por menor que seja, já é um alerta para vício.”

“O que acontece no minuto seguinte é que a pessoa sente um efeito rebote, como se fosse uma ressaca, não pelo álcool, mas pela diminuição do efeito da dopamina. Isso causa irritabilidade e mal estar quando a pessoa tenta parar de fazer aquilo. E aí, ela vai querer perseguir novamente a sensação de bem-estar que sentiu ao jogar ou beber”, explica Renata.

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Algumas pessoas têm mais risco de chegar ao vício que outras, conforme estudos científicos – muitos deles, ainda com resultados não consolidados. A ciência tem percebido que alguns conseguem controlar melhor a impulsividade que outros e isso pode estar ligado à variação nas conexões entre neurônios ligados ao sistema de recompensa.

Por isso, quem tem histórico de qualquer tipo de vício, tem maior predisposição a se tornar viciado em jogos e apostas também.

Por que os mais pobres, como os beneficiários do bolsa família, tendem a ser mais suscetíveis a esses jogos?

Quanto menor a autoestima da pessoa – e aqui, incluímos se a pessoa tem baixa autoestima financeira e do seu potencial em conseguir ascender socialmente – maiores são as chances dela cair no que a neuroeconomia chama de “efeito halo”, uma espécie de endeusamento de pessoas que elas admiram.

É por isso que pessoas mais pobres tendem a acreditar e confiar em influenciadores que mostram que enriqueceram por meio desses jogos de apostas. “Causa a ideia de que alguém tem uma autoridade que, na verdade, não tem”, diz Renata.

Outro dado importante sobre isso é que homens, chefes de família e pessoas em situação de vulnerabilidade, muitas vezes já endividadas, compõem boa parte dos apostadores desses jogos ilegais.

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“Ter dinheiro para viver uma vida confortável é uma possibilidade tão distante para essas pessoas, que a única saída que elas vêm é tentar a sorte”, explica a especialista. “Elas não têm essa perspectiva de ficarem ricas ou terem uma vida confortável por meio do trabalho que elas conhecem. Isso as torna mais vulneráveis ainda.”

Ou seja: a lógica dessas pessoas é de que, se vivem uma vida miserável e não têm perspectiva de melhora por métodos tradicionais, não têm muito mais o que perder. Há mais vantagens em jogar até ganhar, mesmo que isso possa causar uma piora momentânea em sua situação, do que em não jogar e ficar fadado àquela situação por toda a vida.

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