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Investimento não é cassino

Fabrizio Gueratto tem quase 20 anos de experiência no mercado financeiro. É especialista em investimentos, professor de MBA em Finanças, autor do livro “De Endividado a Bilionário”, fundador da Gueratto Press e criador do Canal 1Bilhão, com quase 21 milhões de visualizações no YouTube

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Fabrizio Gueratto

10 dicas para escolher o melhor fundo imobiliário

Entre investir em um único imóvel, ou alocar o dinheiro em 10 FIIs, com certeza a segunda opção é a melhor

10 dicas para escolher o melhor fundo imobiliário
Fundos Imobiliários (Foto: Adobe Stock)
  • Apesar do valor da cota oscilar, os FIIs possuem uma volatilidade muito menor e os dividendos costumam não apresentar grandes mudanças de um mês para o outro
  • Existem diferentes tipos de fundos imobiliários e entender as diferenças pode ajudar a escolher o que melhor se adequa ao seu perfil de investidor
  • Fundos que possuem uma diversificação maior de imóveis, localizações e tipos de inquilinos tendem a ser menos arriscados

Fundo imobiliário é investimento de renda fixa? Eu costumo falar que o fundo imobiliário é o investimento de renda variável mais parecido com a renda fixa que existe. Apesar do valor da cota oscilar, assim como de uma ação listada na B3, possui uma volatilidade muito menor e os seus dividendos, em geral, costumam não apresentar grandes mudanças de um mês para o outro.

Entre investir em um único imóvel, ou alocar este montante em 10 FIIs, com certeza a segunda opção será sempre a melhor e por vários motivos. A possibilidade de diversificação com pouco dinheiro, o dividendo quase sempre bem maior que o aluguel, sem trabalho com o inquilino e redução da vacância, ou seja, período em que o imóvel fica sem locação.

Entretanto, é necessário entender algumas questões para saber escolher um fundo imobiliário que não dará dor de cabeça. Abaixo fiz um check list simples para você não entrar em uma roubada:

Conheça os tipos de FIIs

Existem diferentes tipos de fundos imobiliários, como fundos de tijolo (que investem em imóveis físicos), fundos de papel (que investem em títulos e valores mobiliários do setor imobiliário), e fundos híbridos (que combinam ambos). Entender a diferença pode ajudar a escolher o que melhor se adequa ao seu perfil de investidor.

Analise a qualidade dos ativos

Verifique a localização, qualidade e tipo dos imóveis que compõem o portfólio do fundo. Imóveis bem localizados e de qualidade tendem a ter uma valorização maior e menor vacância. Um ponto muito importante é: evite sempre um fundo monoimóvel, ou seja, aquele que possui apenas um único imóvel dentro dele. Se o inquilino sair, o dividendo desaba.

Avalie a gestão do fundo

A experiência e o histórico do gestor do fundo são cruciais. Gestores com bom histórico de desempenho e reputação tendem a gerenciar os fundos de forma mais eficiente.

Examine a taxa de vacância

Uma taxa de vacância baixa indica que os imóveis do fundo estão majoritariamente ocupados, gerando receita contínua. Altas taxas de vacância podem ser um sinal de problemas.

Considere a diversificação do portfólio

Fundos que possuem uma diversificação maior de imóveis, localizações e tipos de inquilinos tendem a ser menos arriscados. Outro ponto importante é olhar para os fundos com contratos atípicos. Na prática, significa que o inquilino terá que pagar o aluguel acordado para um determinado período, mesmo que ele queira deixar aquele imóvel. Isso traz mais segurança financeira.

Verifique o histórico de dividendos

Analise o histórico de distribuição de dividendos do fundo. Fundos com um histórico consistente de pagamento de dividendos geralmente são mais confiáveis.

Observe o dividend yield

O dividend yield é o rendimento que o fundo paga em relação ao preço da cota. Fundos com um bom dividend yield podem ser atraentes, mas é importante verificar se esse rendimento é sustentável.

Analise o valor patrimonial por cota (P/VPA)

Compare o preço da cota no mercado com o valor patrimonial por cota (P/VPA). Um P/VPA próximo de 1 pode indicar que a cota está sendo negociada a um preço justo em relação ao valor dos ativos do fundo.

Avalie as taxas e custos

Verifique as taxas de administração e performance cobradas pelo fundo. Taxas muito altas podem impactar negativamente a rentabilidade do investimento.

Considere o cenário econômico e setorial

A situação econômica e o desempenho do setor imobiliário influenciam diretamente os FIIs. Mantenha-se informado sobre as tendências do mercado imobiliário e os indicadores econômicos que podem afetar seu investimento.

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Vale sempre lembrar do mais importante: diversificação. Quanto mais FIIs dentro da carteira, mas diversificado estará dentro dessa classe de ativo.

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