- O Banco Central optou por reduzir novamente a Selic em 0,5 ponto percentual, fazendo a taxa básica de juros brasileira chegar ao patamar de 10,75% ao ano
- Com a decisão, o tão sonhado 1% ao mês parece ficar cada vez mais distante do investidor
- Entretanto, existe uma outra opção ainda muito desconhecida pela maioria dos brasileiros — o mercado secundário de renda fixa
O Banco Central reduziu mais 0,5 % a taxa Selic, batendo agora 10,75%. Parece que o tão sonhado 1% ao mês começa a ficar cada vez mais distante do investidor. Para quem não sabe, a taxa Selic, que obviamente influi no Certificado de Depósito Interbancário (CDI), nada mais é que o custo do dinheiro para quem precisa dele, seja para pegar um financiamento ou para rentabilizar os recursos na renda fixa. Entretanto, existe um outro mercado ainda muito desconhecido pela maioria dos brasileiros. O mercado secundário de renda fixa.
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O mercado secundário da renda fixa refere-se a um ambiente onde os investidores podem comprar e vender títulos que já foram emitidos previamente no mercado primário. Nesse contexto, os investidores negociam entre si esses ativos financeiros, como títulos públicos, debêntures, letras de crédito, entre outros, sem a participação direta da instituição emissora.
Claro, que precisa ser através de uma plataforma, como XP, BTG, Guide, CM Capital, entre outras. Essa negociação proporciona liquidez aos investidores, permitindo que eles ajustem suas carteiras de investimento de acordo com suas necessidades e expectativas de mercado, sem a necessidade de aguardar até o vencimento do título para resgatar seu capital.
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O mercado secundário da renda fixa oportunidades de investimento para diferentes perfis de investidores, desde os mais conservadores, que buscam segurança e estabilidade, até os mais arrojados, que buscam ganhos de capital através da variação dos preços dos títulos no mercado secundário. No começo desta semana, eu mesmo investi em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) que estava pagando 12,1% ao ano, com vencimento para 2026. Neste caso, já tenho 1% ao mês de rentabilidade bruta, ou seja, sem contar o imposto de renda.
Para quem ainda não entendeu o mercado secundário, vou explicar de uma forma mais prática. Imagine que o João investiu em uma Letra de Crédito Imobiliário (LCI), em 2022, que pagava 13% ao ano, como vencimento em 2027. O banco, só devolverá o valor corrigido quando este título vencer, ou seja, em 2027. Porém, o João teve uma emergência e precisará do dinheiro agora. Ele pode oferecer este título no mercado paralelo, ou seja, para um outro investidor pessoa física, no caso eu, que quer aproveitar esta alta rentabilidade, pois hoje a Selic está em 10,75%. Este é o mercado secundário.
Claro que, quanto mais cai a Selic, mais estes títulos ficam raros no mercado. Ou seja, se quiser garantir 1% ao mês, a hora é agora e o lugar certo é o mercado secundário.