- Na última quarta-feira (19), a Câmara dos Deputados aprovou o texto que propõe a privatização da Eletrobras
- Apesar do saldo positivo registrado no 1º trimestre de 2021, ainda é preciso analisar o histórico da estatal de energia, que em comparação com empresas semelhantes do setor acumula prejuízos desde 2014
- Outras instituições permanecem sob a sombra de uma possível privatização, enquanto dividem opiniões sobre quando o processo realmente acontecerá
Na última quarta-feira (19), a Câmara dos Deputados aprovou o texto que propõe a privatização da Eletrobras (ELET6). A proposta seguiu para o Senado, no aguardo de que seja votada até o dia 22 de junho para que não perca a validade. Espera-se levantar R$ 60 bilhões com a operação prevista para ser concluída no início de 2022.
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Caso a proposta seja aceita sem mudanças pelo Senado, ela seguirá para a sanção presidencial mas, se houver modificações, volta para a Câmara. Devido à aprovação do texto e as expectativas em relação à privatização da Eletrobras, as ações ELET6 apresentaram volatilidade antes e depois da sessão de quarta-feira, quando registraram uma alta de 4%.
O que esperar da privatização da Eletrobras (ELET6)
Com a privatização da Eletrobras (ELET6), é esperado que os consumidores paguem mais R$ 20 bilhões por ano para a empresa, de acordo com a estimativa da Abrace (Associação dos Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres). Porém, a contratação de termelétricas em locais já definidos, em quantidades, como também sem o suporte e estudo técnico necessário, pode trazer alguns riscos.
Apesar do saldo positivo registrado no 1º trimestre de 2021, ainda é preciso analisar o histórico da estatal de energia, que em comparação com empresas semelhantes do setor acumula prejuízos desde 2014.
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Pela privatização, que na prática funcionará mais como uma capitalização, espera-se uma redução de custos e benefícios para a renovação de concessões da geração e ganhos operacionais.
Outras instituições também serão privatizadas após a Eletrobras (ELET6)?
Outras instituições permanecem sob a sombra de uma possível privatização, enquanto dividem opiniões sobre quando o processo realmente acontecerá. Um exemplo é o dos Correios, que em março foi incluído no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Existem ainda as empresas que seguem fora do radar, como o Banco do Brasil (BBAS3) por contar com o apoio do setor agrícola. E a Petrobras (PETR4), que se salva pelo apego saudosista da própria população e por estratégias governamentais.
Eu acredito que a “privatização” irá realmente sair, assim como acredito na privatização dos Correios. O governo ainda não conseguiu fazer nada do que tinha planejado. Inclusive, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou não prometer mais nada, por não saber quando as coisas irão sair.
Portanto, mesmo com todos os trâmites e com as incertezas, acho que a privatização vai acontecer. Claro que não da maneira que deveria, mas será o famoso melhor que nada.
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Leia mais sobre a privatização da Eletrobras (ELET6) aqui
Assista ao vídeo exclusivo sobre as expectativas para a privatização da Eletrobras (ELET6) com Bea Aguillar, do Papo de Bolsa, e Bernardo Pascowitch, do Yubb: