- É difícil o mercado brasileiro dar valor para empresas que ainda dão prejuízo, como é o caso do banco digital
- Na última semana, foi anunciado que ela está preparando terreno para abrir IPO na bolsa dos Estados Unidos
Recentemente, convidei o meu amigo Marcello Gonçalves, sócio-fundador da Domo Invest e diversas startups como a Hotmart, Loggi e Gympass, para discutir sobre as últimas novidades da fintech brasileira Nubank. Na última semana, foi anunciado que ela está preparando terreno para abrir IPO na bolsa dos Estados Unidos.
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Eu acredito que a instituição irá abrir o seu capital no exterior de forma justa. Afinal, é difícil o mercado brasileiro dar valor para empresas que ainda dão prejuízo, como é o caso do banco digital. Contudo, não são todos os investidores que enxergam este modelo de negócio como algo prejudicial.
Como o Nubank é visto no meio das startups?
De acordo com Marcello, sua opinião pessoal pelo Nubank é bastante positiva. Afinal, ele mesmo foi um dos primeiros 5 mil clientes da empresa. Na época do lançamento do cartão de crédito, um amigo adiantou a fila de espera. Ou seja, ele utiliza a conta há muitos anos. Contudo, o que realmente surpreendeu o investidor foi o fato do serviço ser prático e fácil.
Além disso, é possível ativar o modo viagem internacional e outros produtos manualmente. Antigamente, se a pessoa tivesse algum problema com o cartão, teria que ligar para resolver com um atendente – o aumento de limite, por exemplo. Porém, o foco em resolver os problemas dos usuários foi tão forte que colocou a fintech onde está hoje. Quem tem o cartão, nunca mais sai. Este é um banco solucionador e não criador de problemas.
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No Nubank, as coisas se resolvem na hora. Uma vez, o profissional recebeu um aviso de uma compra em Miami que não foi efetuada por ele e o atendimento resolveu o problema na hora. Se não fossem as exigências da bandeira do cartão de crédito, eles nem exigiriam nenhum documento assinado. Esse é um novo paradigma de banco no meio das startups.
Como o Nubank se financia sem crédito de obras?
Para o especialista em investimentos, assim como em outras empresas que ainda estão em desenvolvimento, o Nubank vai expandir seu capital comprando cada vez mais produtos financeiros. Por exemplo, a compra da Eeasynvest efetivada essa semana. No momento, eles já estão oferecendo produtos de investimento, além de crédito para pessoas físicas. O Marcello acha que o banco digital nunca irá financiar uma grande obra, como o Itaú e Bradesco. Porém, este é um banco voltado para pessoas físicas, o que deixa pouco atrativo para eles esse tipo de investimento.
O que a fintech faz é oferecer de maneira simpática produtos que podem ser positivos para os seus clientes. O que provavelmente vai acontecer ao longo do tempo é o Nubank vender produtos que dificilmente as pessoas querem, como seguros de vida, previdência privada e outros, rentabilizando através de uma gama grande de serviços que não são empurrados garganta abaixo, mas sim conquistados com um bom atendimento.
Vale a pena entrar no IPO do Nubank nos EUA?
Não sabemos o preço inicial ainda, mas parece que o papel terá uma boa avaliação no mercado americano. Porém, antes de tudo, o importante é entender o perfil de cada investidor. Afinal, cada pessoa reage à bolsa de valores de forma diferente. No caso de Marcello, o perfil se encaixa em um investidor a longo prazo, ou seja, que compra aplicações sólidas.
Para todo mundo que gosta de ações, é essencial conhecer o seu perfil. Com isso, o sócio da Domo Invest afirmou que justamente por ser um investidor de longo prazo, e conhecer muito bem o potencial da empresa, considera o IPO do Nubank um excelente investimento.
Veja o vídeo sobre o IPO do Nubank e leia o texto sobre a compra da Easynvest:
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