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Fabrizio Gueratto

O que é melhor: renda fixa que paga 15% ou investir em ações?

Alta dos juros favorece investimentos como Tesouro Direto, CDBs e outros títulos atrelados à taxa de juros. Mas e a renda variável?

Mercado financeiro (Foto: Adobe Stock)
Mercado financeiro (Foto: Adobe Stock)

Com a Selic em 12,25%, é natural que muitos investidores comecem a questionar se vale a pena manter posições em renda variável ou migrar para a segurança da renda fixa que pode chegar a pagar 15% ao ano. Afinal, quem não gostaria de obter um bom retorno sem passar pelo estresse da volatilidade do mercado?

Essa dúvida faz sentido, especialmente quando ativos de renda fixa estão entregando retornos superiores ou tão competitivos quanto aos da renda variável, com muito menos exposição ao risco. Enquanto a renda fixa se beneficia da estabilidade proporcionada pela Selic elevada, a renda variável continua enfrentando volatilidade, influenciada por fatores como inflação persistente, risco fiscal e incertezas externas. Com a Selic mais alta, muitos ativos de renda fixa passam a ser muito mais atrativos e rentáveis que os de renda variável. O aumento da Selic, por exemplo, favorece diretamente os investimentos em renda fixa, como Tesouro Direto, CDBs e outros títulos atrelados à taxa de juros.

Dito isso, é válido ressaltar que, em 2025, a renda fixa deve se consolidar ainda mais como uma das principais escolhas dos investidores. Em um cenário global marcado por incertezas geopolíticas, a previsibilidade e a segurança desses investimentos se tornam altamente atrativas para quem busca estabilidade.

Títulos pós-fixados e opções isentas de imposto, como LCIs e LCAs, destacam-se com rendimentos que superam facilmente 1% ao mês, dependendo da instituição. Já as debêntures incentivadas, além de oferecer retornos elevados, proporcionam benefícios fiscais significativos. A simplicidade operacional de produtos como o Tesouro Direto também reforça a competitividade da renda fixa, especialmente quando comparada aos custos e tributos associados à renda variável.

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Os retornos da renda fixa, quando analisados em termos líquidos, se mostram ainda mais vantajosos. Produtos como CDBs, debêntures e fundos de crédito privado, assim como FIDCs, são opções que combinam segurança e rentabilidade, atendendo a diferentes perfis de investidores. Essa ampla gama de alternativas, aliada à estabilidade proporcionada pela Selic elevada, reafirma o protagonismo da renda fixa no portfólio de quem deseja aliar rentabilidade a baixo risco.

Embora menos atrativa no curto prazo, a renda variável ainda pode ser uma boa escolha para investidores com visão de longo prazo e maior tolerância ao risco. Em tempos de incerteza, a diversificação de carteira se mantém como uma estratégia indispensável. Se você é do tipo que aceita correr riscos e acredita no potencial de recuperação do mercado, pode ser interessante destinar parte de seus recursos a ações ou fundos imobiliários. No entanto, é crucial ter paciência e estar preparado para lidar com oscilações e possíveis perdas temporárias.

Agora, sejamos sinceros: quem não prefere a tranquilidade de saber que seu dinheiro está crescendo com segurança? A renda variável, apesar de seu potencial de retorno no longo prazo, enfrenta atualmente um cenário desafiador com a alta da Selic. Fatores como inflação persistente, instabilidade cambial e riscos fiscais dificultam prever quando o mercado de ações voltará a apresentar resultados consistentes. Nesse contexto, é natural que muitos investidores priorizem a previsibilidade e os retornos estáveis da renda fixa, especialmente em momentos de maior instabilidade econômica.

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