Investimento não é cassino

Fabrizio Gueratto tem quase 20 anos de experiência no mercado financeiro. É especialista em investimentos, professor de MBA em Finanças, autor do livro “De Endividado a Bilionário”, fundador da Gueratto Press e criador do Canal 1Bilhão, com quase 21 milhões de visualizações no YouTube

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Fabrizio Gueratto

Três setores da Bolsa de Valores para investir com segurança em 2022

Em ano de eleições, com alta da taxa Selic e inflação, o investidor precisa ficar atento

Bernardo Pascowitch, fundador da Yubb, fala sobre os ativos e setores da Bolsa de Valores (B3) que devem se beneficiar em 2022. Foto: Marcio Fernandes/Estadão
  • Chamei Bernardo Pascowitch, fundador da Yubb, para falar sobre os ativos e setores da Bolsa de Valores (B3) que devem se beneficiar em 2022
  • Viveremos uma eleição conturbada. Portanto, 2022 não será um ano fácil. As eleições serão um ponto chave para situação econômica do País.
  • Setor financeiro e de energia podem dar mais segurança ao investidor em 2022

A taxa básica de juros do Brasil (Selic) está bombando. Afinal, a alta mais recente passou dos 9% e em breve deve chegar nos 2 dígitos. Por um lado, algumas ações se beneficiam com isso. Contudo, outras podem acabar ficando descontadas. Desta forma, o investidor precisa ficar atento às boas oportunidades do mercado no próximo ano.

Nesse caso, chamei Bernardo Pascowitch, fundador da Yubb, para falar sobre os ativos e setores da Bolsa de Valores (B3) que devem se beneficiar em 2022.

Estamos falando de um cenário com um grande aumento da taxa Selic e da inflação. Além disso, viveremos uma eleição conturbada. Portanto, 2022 não será um ano fácil. As eleições serão um ponto chave para situação econômica do País.

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Provavelmente, essa vai ser a eleição mais tumultuada desde a redemocratização. Para o investidor gringo, isso não é visto com bons olhos. Afinal, existe o simples pensamento: “por que eu vou investir em um país que está tão maluco e que tem tantos problemas quanto o Brasil?”. Nesse caso, eles preferem optar por outro emergente até as coisas melhorarem aqui.

Pensando nisso, Pascowitch listou os 3 setores que podem dar mais segurança para o investidor em 2022.

Setor financeiro em alta

“Em primeiro lugar, quem eu acho que pode se dar melhor nesse momento é o setor financeiro, que costuma ir bem em crises por causa da taxa de juros mais alta. Isso acontece porque os bancos ganham uma porcentagem maior com empréstimos e crédito. Além do mais, a gente sabe que as restrições financeiras vão bem tanto em períodos de expansão quanto contração.

Dentro do setor financeiro, eu olharia para as maiores e mais seguras instituições do Brasil como por exemplo o Itaú Unibanco (ITUB3 e ITUB4). A empresa é sempre uma aposta segura dentro da B3 (B3SA3), com uma grande possibilidade de passar por momentos de risco. Por outro lado, agora também tem o Nubank (NUBR33), que ocupou o posto de maior banco da América Latinha e teve uma alta desde sua oferta pública inicial (IPO) agora no fim do ano”.

Exportação de minérios e commodities

“O segundo ponto que temos que falar são as exportações de commodities, que já estão no sangue do mercado financeiro brasileiro. Basicamente, o minério de ferro é a base da nossa expansão econômica internacional. Portanto, como essas empresas vendem e lucram em dólar, investir no setor ajuda a dolarizar a carteira de investimentos.

É importante lembrar que o minério de ferro também está na base da economia chinesa. Mesmo com o avanço da China contra a mineração, especialmente com os contratos especulativos, o ferro da Vale (VALE3) ainda é mais puro e menos poluente do que outros. Sendo assim, o papel da empresa continua sendo interessante para quem quer se proteger em 2022.

Seria interessante também escolher outra opção de dolarização. A Vale trás sim essa oportunidade, mas exportação de celulose, por exemplo, também pode ser uma boa escolha”.

Energia como segurança

“Como a gente já falou sobre commodities, eu frisaria também o setor energético, que é bastante resiliente. Mesmo que a indústria consuma menos em tempos de crise, as pessoas e o comércio continuam usando muita energia. Em um cenário de caos, o investidor quer as ações mais defensivas e que não tenham erros. Afinal, faça chuva ou faça sol, todos demandam de luz.

Pensando para 2022, o melhor é montar uma carteira mais defensiva”.

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Esta coluna não reflete necessariamente a opinião editorial do Estadão Investidor