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Colunista

Por que a guerra comercial EUA x China pode destruir a indústria nacional?

A indústria nacional precisa encontrar formas de se reinventar para não ser engolida nessa briga de gigantes

Por Fabrizio Gueratto

17/04/2025 | 15:00 Atualização: 17/04/2025 | 17:54

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Guerra comercial entre EUA e China impacta o mercado global. (Foto: Adobe Stock)
Guerra comercial entre EUA e China impacta o mercado global. (Foto: Adobe Stock)

A gente sabe que qualquer movimento forte no tabuleiro do comércio global acaba respingando aqui no Brasil. Não tem como fugir. E a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China não é diferente. O que está rolando por lá, entre tarifas e retaliações, gera um efeito cascata que chega até o mercado brasileiro. A grande questão é: qual o impacto disso na nossa indústria, no nosso varejo, no nosso consumidor?

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Primeiro, vamos falar de indústria. Vamos combinar, né? Não dá para comparar o que temos por aqui com o que vem da China. A indústria brasileira ainda tem muitas dificuldades para competir de igual pra igual. Não é só questão de custo ou preço, mas de tecnologia e eficiência. A China está em outro patamar. Um exemplo claro disso é o que aconteceu com a BYD (BYDDF), uma das gigantes automobilísticas chinesas que faturou mais de US$ 100 bilhões em 2024.

A BYD começou a enxergar o Brasil não só como um mercado consumidor em potencial, mas também como uma saída estratégica para enfrentar os ajustes nas tarifas de importação e a escalada de impostos que estavam impactando seus negócios em outras regiões. Na prática, os carros elétricos e híbridos, antes isentos de tarifas de importação, começaram a enfrentar alíquotas que subiram para 10% ou mais. Para piorar, a tendência é que os impostos continuem crescendo até 2026, chegando a 35%. Para driblar esse cenário, a BYD optou por acelerar sua estratégia de exportação ao Brasil antes que os custos se tornassem proibitivos.

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E quando você traz carros ultra modernos, eficientes, com tecnologia de ponta, e joga eles num mercado que já tem preços altos e opções limitadas, o que acontece? Os preços caem. A BYD, com modelos como Dolphin, Yuan, King e Song, chega oferecendo carros mais baratos que muitos dos nossos nacionais. Isso não apenas pressiona a indústria brasileira, mas muda completamente o jogo para o consumidor. Só que, ao mesmo tempo que pode ser bom para quem compra, é um baque para as montadoras daqui, que já operam no fio da navalha.

E não para por aí. Não são só os carros. Pense nos produtos chineses que não conseguem mais entrar nos EUA por causa de tarifas – que nesta quarta-feira (16) tiveram um aumento no percentual, chegando a impressionantes 245% anunciados pela Casa Branca.

Esses produtos precisam de novos destinos, e adivinhe quem está no radar? O Brasil. Com uma população de mais de 211 milhões de pessoas e um mercado consumidor gigantesco, o país se torna um alvo perfeito para o excesso de mercadorias. Estamos falando de eletrônicos, roupas, ferramentas, brinquedos, alimentos – o que você imaginar.

O problema é que isso não beneficia o Brasil. Pelo contrário: entra em um mercado já saturado, empurra os preços para baixo e cria uma competição brutal. Empresas brasileiras tentam sobreviver em meio a uma enxurrada de produtos importados, e o consumidor, embora pague menos por alguns itens, vê a indústria nacional afundar cada vez mais, sem espaço para crescer. A população brasileira paga o preço, não só no bolso, mas também no emprego e na qualidade de vida.

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Agora, quem mais sente? As varejistas. Pense em empresas como Via, Americanas (AMER3) e Renner (LREN3). As ações da Americanas, por exemplo, despencaram 57,6% em 2024, atingindo míseros R$ 0,14, depois da bomba da fraude contábil que escondeu mais de R$ 4 bilhões em dívidas. Já as ações da Lojas Renner caíram 14%, após resultados decepcionantes no quarto trimestre de 2024, incluindo uma queda de 7,5% no lucro líquido.

E agora, com uma nova leva de produtos chineses a preços imbatíveis, o impacto sobre essas empresas é inevitável e devastador. O que antes parecia ser um desafio financeiro agora se torna um pesadelo: os gigantes do varejo podem não aguentar a pressão e, com isso, a situação das varejistas brasileiras pode se tornar ainda mais crítica. Se antes a crise era interna, agora o inimigo é global.

No final das contas, o Brasil, como a décima maior economia do mundo, atrai muito produto. Mas, ao mesmo tempo, é preciso estar atento ao que chega. A guerra comercial entre EUA e China pode parecer distante, mas é só olhar em volta. Ela está mais perto do que imaginamos, mudando preços, concorrência e até o comportamento do consumidor por aqui. A indústria nacional precisa encontrar formas de se reinventar, de buscar inovação e eficiência, para não ser engolida nessa briga de gigantes. Afinal, quem fica no meio da disputa acaba levando a pior e se o Brasil não se adaptar rapidamente, poderá ser o grande derrotado desta guerra entre titãs.

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