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Colunista

O planeta está bugado. E o bug somos nós, humanos

E o que seus investimentos têm a ver com isso? Tudo

Por Fernanda Camargo

03/02/2022 | 17:53 Atualização: 08/02/2022 | 23:04

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Cada letra da sigla ESG representa um critério que as empresas utilizam para reduzir os danos ambientais, sociais e de governança. (Foto: Shutterstock/TH2I Shutter Rich/Reprodução)
Cada letra da sigla ESG representa um critério que as empresas utilizam para reduzir os danos ambientais, sociais e de governança. (Foto: Shutterstock/TH2I Shutter Rich/Reprodução)

Dia desses, meu filho de 5 anos falou: “Mãe, o planeta está “bugado”!”  Para quem não sabe, “bugado” é um termo usado pelos jovens quando um game apresenta um problema desconhecido.

Leia mais:
  • O Pequeno Príncipe, a COP26, o nosso planeta e a natureza humana
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Ele tem razão. O planeta está bugado. Mas tenho a impressão de que o bug somos nós, seres humanos, terráqueos. Além de sermos os causadores das mudanças climáticas, também somos responsáveis por um mundo desigual, ou porque escolhemos onde investimos e o que consumimos ou simplesmente porque nos omitimos.

O ano começou com um dos maiores desastres naturais da história da Bahia com 870 mil pessoas atingidas, segundo a Defesa Civil Estadual. Em janeiro uma barragem transbordou em Nova Lima (MG) e vimos o desabamento de rochas em Capitólio (MG). O Rio Grande do Sul apresentou a maior temperatura em 36 anos, 42 graus -com sensação térmica de 50 graus! Além disso, pela primeira vez em 40 anos, nevou no Deserto do Saara!

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Na semana passada, um tornado de neve atingiu as Ilhas Gregas e Atenas ficou coberta de neve. Em dezembro do ano passado, um tornado (fora de época) deixou 88 mortos no Kentucky nos Estados Unidos e o Alasca registrou a temperatura de 20°C – mais alta da história. Os satélites estão mostrando que o derretimento das geleiras aumentou. Um vulcão entrou em erupção causando um tsunami nas Ilhas Fiji. Tudo isso num espaço de um mês. O planeta está “bugado”.

Já está claro que as mudanças climáticas são causadas pela ação do homem. Para os que quiserem se aprofundar, recomendo a leitura do relatório do IPCC sobre o Aquecimento Global de 1.5C. 

O mais cruel nisso é que os responsáveis pela emissão de mais da metade dos gases de efeito estufa, que são os 10% mais ricos, não devem sofrer tanto com os desastres naturais como os 50% mais pobres que são responsáveis por apenas 7% das emissões.

Neste sentido, existe uma grande discussão sobre como o mundo pode se tornar carbono zero até 2050. Segundo um estudo da McKinsey, The Net Zero Transition, o custo de uma transição global para uma economia carbono zero até 2050 é de US$ 9,2 trilhões anuais de investimentos em ativos físicos, US$ 3.5 trilhões a mais que hoje. Isso equivale a metade do lucro anual de empresas do mundo todo. A transição evitaria o aumento dos riscos climáticos e reduziria as chances e impactos de maiores catástrofes.

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Além disso, traria oportunidades de crescimento, já que a descarbonização cria eficiências e abre novos mercados para produtos e serviços de baixa emissão. Mas pelo visto, poucos querem pagar esse custo.

Como já mencionei aqui nesta coluna, depois de muita conversa, os Estados Unidos, China, Índia e Austrália não assinaram a promessa de eliminar energia vinda da queima de carvão durante a COP26.

Paralelo a tudo isso, um relatório do Banco Mundial, The Inequality Pandemic, mostra que a pandemia aumentou a desigualdade e o gigantesco gap financeiro entre ricos e pobres no mundo. O ativo dos bilionários cresceu US$3.6 trilhões em 2020 ou 3.5% da riqueza global. Ao mesmo tempo, a pandemia empurrou mais de 100 milhões de pessoas para a pobreza extrema, aumentando o total global para 711 milhões de pessoas vivendo com menos de US$ 2 por dia. Não fosse a ajuda financeira de algumas nações desenvolvidas, esse número seria pior.

Crescimento do PIB (%):

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Por outro lado, segundo o Global Wealth Report 2021 do Credit Suisse, a criação de riqueza no mundo em 2020 cresceu 7,4% - imune aos desafios causados pela pandemia, principalmente devido a ações de governos e bancos centrais. Os continentes mais pobres não cresceram ou perderam muito; os mais ricos ficaram ainda mais ricos.

Um número que chama atenção é que o crescimento da riqueza em 2020 da América do Norte foi de US$ 12.3 trilhões, mais do que o estoque de riqueza da América Latina toda que é de US$ 10 trilhões – em um único ano a América do Norte pariu uma América Latina!

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A desregulamentação financeira, privatizações e impostos menos progressivos em países ricos e privatizações em países emergentes ajudaram no aumento de fortunas dos mais ricos nas últimas décadas.

A desigualdade no mundo está chegando perto do que foi no pico do Imperialismo Ocidental no início do século 20 e que terminou com a Primeira Guerra Mundial. Já esquecemos?

Com o objetivo de salvar a economia, os bancos centrais despejaram trilhões nos mercados e, apesar de ter ajudado desfavorecidos, muito disso acabou no bolso dos mais ricos, com o mercado de ações atingindo recordes.

O acesso à vacinação também está sendo desigual. Os países mais ricos compraram doses suficientes para vacinar toda sua população várias vezes, mas não ajudaram os países em desenvolvimento onde apenas 7% das pessoas receberam uma dose da vacina comparado com 75% nos países ricos.

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No campo da educação, a pandemia deixou um rastro trágico e exacerbou desigualdades, impactando crianças, estudantes e jovens. Com escolas fechadas por tempo demais e baixo nível de aprendizado, um estudo do Banco Mundial mostra que o aumento da pobreza de aprendizado – o percentual de crianças com 10 anos de idade que não são capazes de ler um texto básico – pode atingir 70% em países de média e baixa renda.

A cada 100 crianças:
9 Em privação de escolaridade
Totalizando 70 em pobreza de aprendizado pós COVID
47   Privação de aprendizado
14 Crianças adicionais em pobreza de aprendizado após a pandemia de COVID 19
30 Não estão em pobreza de aprendizado

Fonte: Banco Mundial

Isso deixa um impacto de longo prazo em ganhos futuros, diminuição de pobreza e redução de desigualdades. Segundo estimativas deste estudo, essa geração de estudantes pode vir a perder US$ 17 trilhões em renda no seu tempo de vida.

E o que seus investimentos têm a ver com isso? Tudo. Você pode estar alimentando mais desigualdade, mais poluição, mais desmatamento sem saber.

Como já falamos antes, quando falamos em investimentos sustentáveis e uso dos critérios ESG - ou ASG (Ambiental, Social e Governança) em português - para cada setor o que é material varia. No setor extrativista (mineração), por exemplo, emissão de carbono, uso de água, tratamento de resíduos é material, enquanto que no setor de varejo, a condição de trabalho, verificar se existe trabalho escravo ou infantil na cadeia de produção é material.

Para quem tiver interesse, o SASB (Sustainability Accounting Standards Board) desenvolveu um mapa de materialidade por setor. Vale lembrar que diferente dos países desenvolvidos, onde o A (Ambiental) é mais relevante nas análises, aqui no Brasil, precisamos focar no S (social) cada vez mais. Sem esquecer que sem o G (Governança), nem o S, nem o A tem muita chance.

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As empresas precisam praticar o que falam e agir com propósito genuíno e transparência. Muitos investidores andam descrentes, vendo grandes empresas gastando muito em marketing para contar do pouco que estão fazendo. Ainda faltam mecanismos para que haja mais transparência, substância e responsabilidade. A Resolução CVM 59 deve ajudar – já que exige mais transparência de empresas listadas em bolsa.

O planeta está bugado e certamente o bug somos nós. Esta situação é reflexo das nossas escolhas. Se não acordarmos para o fato que estamos todos juntos nesse planeta, ainda vamos sofrer muitas consequências. Só não tive coragem de contar isso para meu filho ainda.

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