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Colunista

BB no fundo do poço: banco promete honrar dividendos e aconselha compra. Dá para confiar?

Um gigante que perdeu seu palco e desapontou investidores com a queda do payout agora tenta se reinventar e reajustar a rota

Por Katherine Rivas

15/08/2025 | 16:45 Atualização: 15/08/2025 | 18:58

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Fachada do Banco do Brasil (BBAS3). Foto: Adobe Stock
Fachada do Banco do Brasil (BBAS3). Foto: Adobe Stock

A jacarezada acordou agitada. Antes do pregão, memes pipocavam nos grupos: “Hoje o BB pode cair, subir ou ficar parado”. Diante de resultados de filme de terror no balanço do BB, uns temiam novo tombo das ações, outros ainda apostavam que a bolsa, sempre um mar de surpresas, operasse um milagre.

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O Banco do Brasil reportou lucro líquido de R$ 3,8 bilhões no 2º TRI25, queda anual de 60,2%. O ROE despencou para 8,4% e o payout foi cortado para 30%.

  • O dossiê da inadimplência do agro que derruba a ação do Banco do Brasil em 30%: como surgiu, quem deve e por que BBAS3 sangra na Bolsa

Mesmo assim, as ações BBAS3 fecharam o pregão desta sexta com alta de 4,03%, cotadas a R$ 20,65. A jacarezada louvou de pé. Milagre? Não. É coragem aparecer e dar a cara a tapa em tempos de vacas magras, postura que vi na CEO Tarciana Medeiros, no CFO Geovanne Tobias e na diretoria na coletiva de imprensa desta sexta-feira (15). E, sim, bem diferente de certas empresas que só falam com a imprensa sob a condição de ganhar manchete positiva (história polêmica recente para outro dia).

Teve de tudo no encontro: recado icônico da CEO “Quem tem a ação BBAS3 mantenha, quem não tem compre” e até pergunta sobre pressão dela diante da possibilidade de perder o cargo. O CFO também não fugiu do karma da sua frase lendária: “Eu não sou o Itaú, sou muito melhor que o Itaú”, questionado se, diante do fundo do poço, ainda pensa o mesmo.

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Com um ar mais humilde e contido – quem sabe já bem treinado pelos assessores para a pergunta indiscreta -, ele reconheceu a qualidade dos resultados do concorrente privado, mas reforçou que “Não tem dúvida de capacidade e qualidade do BB ser o melhor banco do Brasil, mesmo com altos e baixos”.

Para a jacarezada aflita, ficou a promessa de recuperação dos dividendos. Te conto minhas percepções sinceras do banco mais azarado de 2025.

Payout do BB

Definir o payout do BB foi novela na reunião. Primeiro, Tobias animou ao falar em dividendos extraordinários do BB. No fim, com as contas claras, o investidor em 2025 terá de se contentar com 30% do lucro líquido em proventos, sem surpresas num ano de ajuste e busca por rentabilidade.

Em 2026, a gestão levará nova proposta ao Conselho. O CFO disse que pode haver aumento do payout ou como segunda alternativa manutenção dos 30%, com chance de dividendos extraordinários, “algo parecido ao que o Itaú fez, que proporciona mais flexibilidade na gestão de capital”. Olha o CFO aprendendo com o concorrente!

Analistas me disseram que o payout deve voltar à normalidade (40%–45%) só em 2027. Tobias, porém, não quis cravar prazo.

Não era melhor imitar o Bradesco?

Quando a rentabilidade é baixa, como o ROE de 8,4% do BB, o pior entre os bancões no 2º tri, investir na própria operação parece pouco atraente. O Bradesco, em situação parecida, manteve payout alto para agradar acionistas, já que o dinheiro era imprestável na própria instituição.

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O BB fez o oposto: cortou dividendos e decidiu investir mais na operação. Questionei a CEO sobre o motivo, e ela disse que “temos uma estratégia corporativa de longo prazo e sempre ressalto nossa disciplina na execução. O BB revisa anualmente quanto precisa reinvestir para manter o banco rentável e sustentável”.

Segundo Medeiros, o foco agora é manter o crescimento do banco estatal, capacitar pessoas, contratar funcionários, acelerar a digitalização e investir em tecnologia e inteligência artificial. Só neste ano já foram aplicados R$ 3,2 bilhões, inclusive em plataformas CRM que ajudaram a gerar 145 milhões de contatos com clientes no 1º semestre.

Ela afirmou que “seria mais fácil não investir e aumentar o resultado do curto prazo, mas não seria sustentável. Preferimos entregar um futuro sólido, retomando patamares já vistos a partir de 2026”, reforçando que o objetivo é devolver ao investidor, lá na frente, os proventos e a rentabilidade esperados.

Eu entendo o sentimento: para o minoritário, cortar renda passiva no presente dói. Mas, como a Tarci, pergunto, de que adianta dividendo alto agora se inadimplência e baixa rentabilidade minam o futuro? Eu fico com o longo prazo, não sei vocês.

Recado para o investidor de dividendos

O olhar de curto prazo é desanimador. O dividend yield do BB, antes projetado em 10%–11%, emagreceu mais que o Ozempic promete e caiu para 6%, com lucro estimado entre R$ 21 e R$ 25 bilhões em 2025 — no limite mínimo de dividendos para considerar uma boa pagadora.

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Para o CFO, há vantagens: ações negociando a 60% do valor patrimonial. “O investidor do BB pode ter certeza de que seu investimento está sendo bem remunerado, mesmo diante do efeito manada que compra na alta e vende na baixa”. Ele vê o momento como oportunidade, já que garante que o ciclo ruim do BB vai passar.

Medeiros concorda e recomenda: “quem não tem BBAS3, compre, quem tem e está na dúvida, mantenha”. A CEO lembra ainda que os dividendos pagos nos últimos 2 anos e meio superam os 5 anteriores, e que 2025 sofre com um problema pontual de inadimplência.

“Investidores, aguardem 2025, o BB vai entregar ao mercado o que se propus entregar. O ano de 2026 será um ano de recuperação, quem é investidor que confiou no BB as suas economias, a sua expectativa de dividendos, eles serão honrados” garantiu.

A postura agradou parte dos investidores, mas há quem aposte que mudanças reais só virão em 2027. Estaremos atentos.

Agronegócio, seus vilões e as RJ

Não podia faltar o vilão do ano: o agronegócio, eterno calcanhar de Aquiles do BB. Surpresa para muitos: a crise de inadimplência do Banco do Brasil não veio de pequenos produtores ou grandes empresas, mas de clientes private, ou seja grandes produtores rurais de alta renda das regiões Centro-Oeste e Sul.

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Segundo a CEO, são 808 clientes em recuperação judicial que concentram dívidas de R$ 5,4 bilhões, com créditos tomados em 2021 e 2022 e atrasos desde 2023, afetados por seca e enchentes no RS. Na carteira agro, 20 mil clientes estão com contas em atraso há mais de 90 dias, de um total de um milhão.

  • O dossiê da inadimplência do agro que derruba a ação do Banco do Brasil em 30%: como surgiu, quem deve e por que BBAS3 sangra na Bolsa

Parte precisaria mesmo de recuperação judicial, mas o BB vê influência de escritórios de advocacia que usam a RJ como ferramenta predatória para influenciar produtores a não pagar dívidas, criando uma bola de neve.

A gestão diz negociar com produtores, buscar alternativas via consultoria e já mapeou escritórios que promovem RJ nas redes sociais, podendo retaliar na Justiça. Medeiros afirma que o crescimento dos pedidos desacelerou no 2º tri e que a Justiça começa a barrar abusos. “Em Goiás, por exemplo, negaram RJ coletiva de 18 produtores orientados por esse tipo de escritório”, disse.

Com o desembolso do Plano Safra de R$ 230 bilhões para 2025 e 2026, o banco espera retomada de crédito e queda na inadimplência. Desde agosto de 2024, usa alienação fiduciária, o que dá mais seletividade e vínculo judicial com os produtores.

Medidas estão em curso, mas o ciclo do agro não é simples. Analistas me disseram, nos bastidores, que o BB pode estar subestimando essa crise. E aí, em quem acreditar?

Outros pontos

Apesar de ser o banco do agro, o BB vai priorizar, no resto do ano, a carteira de crédito para pessoas físicas, sem esquecer suas raízes rurais. No novo guidance, o crescimento projetado para PF é o maior, entre 7% e 10%; no 1º semestre já foi entregue 8%.

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Segundo o CFO, essa carteira tem “retorno ajustado ao risco melhor” e ajuda a controlar a inadimplência. Entre as apostas está o consignado privado: nesta semana, o BB atingiu R$ 7 bilhões em contratações no Crédito do Trabalhador, com 732 mil operações, mais de 115 mil empregadores e ticket médio de R$ 9,5 mil.

Também foi inevitável a pergunta sobre pressão para perder o cargo. Medeiros disse não sentir pressão política: “O presidente Lula não mostrou nenhuma intenção de alterações no Banco do Brasil. Não conversamos sobre o assunto”. Para ela, a maior pressão vivida diariamente é entregar resultados à altura do tamanho do BB. Esperemos que Lula não tenha surpresas para Tarciana.

Visão sincera

Pode ser que o mercado esteja descrente e cauteloso, afinal, é uma tempestade perfeita, com sequência de resultados ruins e sem luz no fim do túnel. Mas, como comentei no início, é de corajosos admitir erros, reajustar a rota e se reerguer quando todos te deram as costas.

  • Banco do Brasil (BBAS3) em queda livre: 5 argumentos para comprar a ação em 2025

Se você já esteve no fundo do poço [eu já], ou viu uma empresa nessa situação, sabe como é difícil retomar credibilidade quando todos apostam no seu tropeço. Não sei se concordo com o CFO de que o BB é o melhor banco da bolsa agora, mas se mantiver seu histórico de rentabilidade comprovado em 200 anos, tem grande chance de ser o melhor no longo prazo.

Eu, pessoalmente, estou esperando que a gestão honre meus dividendos no futuro, hein, Tarciana.

 

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