• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Irani (RANI3): dividendos gordos à vista? Uma ação de “crescidendos” para monitorar

Menos conhecida que Klabin e Suzano, mas usa melhor o capital: 50% do lucro em proventos, pagos trimestralmente. Embalagem rende grana?

Por Katherine Rivas

09/09/2025 | 16:30 Atualização: 09/09/2025 | 16:30

Receba esta Coluna no seu e-mail
Odivan Cargnin, CFO da Irani. Foto: divulgação
Odivan Cargnin, CFO da Irani. Foto: divulgação

Talvez você não saiba, mas a Irani (RANI3) está no seu dia a dia sem perceber: na embalagem do delivery, na sacola da Renner ou da C&A e até no tubo de papel higiênico. Small cap com valor de R$ 2 bilhões, fundada em 1941 e listada na Bolsa desde 1977, virou a página em 2020 com o Re-IPO (oferta secundária), ampliando investidores pessoa física e mudando a estratégia da gestão.

Leia mais:
  • Ações substitutas para Banco do Brasil: 13 oportunidades com dividendos e resiliência para sua carteira
  • Pix parcelado vai remodelar pagamentos no Brasil e elevar disputa com cartões de crédito, avalia Fitch
  • Ativos estressados: Selic de 15% em 2025 pressiona gestoras a flertarem com o alto risco; entenda a tese de investimentos
Cotações
10/12/2025 9h55 (delay 15min)
Câmbio
10/12/2025 9h55 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

Irani não é vaca leiteira, é uma empresa de “crescidendos” nata. Isso significa que ela entrega crescimento, valorização da ação e dividendos recorrentes juntos. Distribui até 50% do lucro no ano, pagos trimestralmente.

Analistas projetam vacas gordas a partir do 3° tri de 2025, enquanto juros altos seguram investimentos. A percepção de abundância é real? Conferimos com Odivan Cargnin, CFO da Irani, e trazemos percepções sinceras.

Aparas ou celulose?

Muitos confundem a Irani com venda de celulose, mas ela fabrica papelão para embalagens, usando aparas – resíduos de papel reciclado – e celulose para consumo próprio. Não é, portanto, uma empresa de commodities. Hoje, aparas representam dois terços da produção e celulose, um terço. Analistas alertam que o preço das aparas é volátil e impacta resultados.

  • Como a Lei Magnitsky pode virar dor de cabeça para o BB

Perguntei ao CFO se há planos de reduzir a dependência de aparas e aumentar celulose. Cargnin disse que não: reciclar é mais barato, oferece retorno maior e capex (investimento) menor que plantar fibra virgem, que leva décadas. “Nas aparas, capex e geração de caixa são menores, mas a taxa interna de retorno se equilibra. Em certos momentos, usar aparas vence em rentabilidade”, explica.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Abra sua conta na Ágora Investimentos

A proporção de dois terços para aparas e um terço para celulose seguirá, mesmo com a plataforma Neos, que expandirá plantas e máquinas nos próximos cinco anos. Se o preço da apara sobe, importar é mais vantajoso que usar mais celulose, defende o CFO. Internacionalização não é prioridade,  o foco da Irani atualmente é o Brasil, um dos maiores mercados de embalagens do mundo.

  • Caixa Seguridade sinaliza dividendo gordo se a Selic cair; analistas projetam DY de até 9%

Uma das prioridades da Irani, segundo o CFO, é criar valor para o acionista, medido por ROIC (retorno sobre o capital investido, próprio ou de terceiros) e WACC (custo médio ponderado de capital, inclui dívida e custo de oportunidade).

Bruno Oliveira, analista do Vida de Acionista, explica: “Se o ROIC não supera o WACC, a companhia destrói riqueza e perde valor, levando à ruína. Lucro operacional deve superar custo de capital”. A meta da Irani é sempre manter ROIC acima do WACC. No 2° tri de 2025, o retorno estava em 11,8% contra um WACC pouco acima de 8,2%. Na pandemia, o ROIC chegou a 24,9% em 2021 e 23% em 2022, níveis que Cargnin considera insustentáveis. “Foi um período atípico, com forte demanda de embalagens”, diz.

  • BB no fundo do poço: banco promete honrar dividendos e aconselha compra. Dá para confiar?

Depois, investimentos da plataforma Gaia seguraram o ROIC. Com o ciclo encerrado, analistas projetam crescimento a partir do 3° tri de 2025, sinalizado também pelo CEO em teleconferência.

Conservador, o CFO evita dar guidance, mas reforça: “Temos retornos a serem capturados dos investimentos de R$ 1,1 bilhão na plataforma Gaia. A tendência é de ROIC para cima nos próximos meses”.

Bonança ou abundância?

Para analistas, ROIC em alta e investimentos contidos sinalizam uma janela curta de mais lucro e dividendos nos próximos meses. A Irani não fará novos investimentos enquanto os juros estiverem altos, tem alavancagem abaixo da meta de 2,5 vezes o Ebitda e já colhe frutos da plataforma Gaia, com mais receita, caixa e lucros potencializados.

“O melhor momento de comprar RANI3 é no fim das vacas magras, a partir do 3°TRI, depois ROIC e rentabilidade sobem, o preço da ação também, e o custo da dívida diminui. O CEO já sinalizou que o ROIC pode chegar a 12% ou 13%”, defende Oliveira.

Publicidade

Cargnin acrescenta que juros mais baixos também favorecem proventos na Irani, porque estimulam o PIB (Produto Interno Bruto), aumentando a demanda por embalagem, e reduzem o custo da dívida que integra o WACC, elevando o retorno ao acionista.

Endividamento

A Irani mantém limite de 2,5 vezes dívida líquida/Ebitda e estava em 2,3 vezes no 2° tri de 2025. Questionado sobre metas de reduzir a alavancagem até o patamar de 1 vez, por exemplo, o CFO disse que não é o plano: manter dívida gera retorno porque os alongamentos desta reduzem imposto de renda. “2,5 vezes é o nível desejável de alavancagem para Irani”, afirma.

  • ROE acima de 20%, payout superior a 70% e gringos na mira: este banco merece seu dinheiro?

A retomada de investimentos deve vir só quando os juros caírem, provavelmente em 2026, com a plataforma Neos. Segundo o CFO, o aporte será maior que os R$ 1,1 bilhão da Gaia, ampliando florestas, produção de celulose, papéis de fibra virgem e reciclada e embalagens. Resultados só devem aparecer em 5 a 10 anos.

Crescidendos

A Irani se define como uma empresa de crescidendos. O payout (parcela do lucro destinada a proventos) é de 25% com alavancagem acima de 2,5 vezes Ebitda e de 50% quando abaixo desse limite. A Irani distribui 25% ao longo do ano e, no 2° tri, mais 25% se estiver dentro da meta de alavancagem.

O investidor recebe dividendos trimestrais e uma “gordura” extra no 2° tri. Não há chance do payout superar os 50%, nem mesmo com poucos investimentos, pois metade do lucro vai a projetos de alto retorno. “ROIC elevado com crescimento é a melhor fórmula para retorno aos investidores e valorização da ação”, afirma o CFO.

Quando não há projetos, os 50% restantes ficam em caixa para futuros investimentos.

Brilho ofuscado?

Por ser small cap, a Irani fica ofuscada por Klabin e Suzano. Grandes fundos esbarram na liquidez média diária de R$ 4,39 milhões, mas para o investidor pessoa física não há problema: já são 92 mil minoritários.

Analistas têm uma teoria: “Ótima empresa, bons fundamentos, mas ofuscada pelo brilho das maiores.” O CFO admite menor relevância pelo tamanho, mas rebate: “Compara o desempenho e me diz quem está brilhando”, em referência ao retorno sobre capital.

  • Garanta renda extra até dormindo: 17 ações para ganhar dividendos todo mês

Oliveira, do Vida de Acionista, comparou Irani e Klabin em 20 trimestres (2020-2024). Mesmo com custo de dívida mais alto, a Irani superou o ROIC da rival em 80% das vezes. “O spread (o mais próximo da criação de valor) da Irani foi superior, mostrando que aloca capital melhor que a famosa Klabin”, conclui o analista.

Publicidade


Opinião sincera

Contra fatos não há argumentos. Talvez a Irani seja uma nanica à sombra de Klabin e Suzano, mas tem negócio sólido, disciplina financeira, política de proventos estruturada e recorrente, e potencial de crescimento. Com 92 mil minoritários, agradar pessoa física é vital: eles financiam 45% da dívida da Irani via debêntures e CRAs. “Gostamos do investidor pessoa física porque ele tem sido leal e busca dividendos”, diz Cargnin.

Acredito nas minhas conversas com analistas, mesmo com o CFO escondendo o guidance: os dividendos devem ganhar robustez a partir do 3º tri, sustentados pelo ROIC em alta. Quem avisa, amigo é. Crescidendos são bem-vindos, e um dividend yield acima de 9% nos próximos 12 meses não é desprezível.

Da próxima vez que eu pegar uma sacola de papelão, lembrarei de vocês.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Ações
  • crescidendos
  • dividend yield
  • Dividendos
  • Irani (RANI3)
  • Small Caps
  • viver de renda

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    XP e BTG podem ser responsabilizados pela venda dos CDBs do Master?

  • 2

    Ibovespa hoje fecha em alta com efeito “Flávio Bolsonaro 2026” e ‘Super Quarta’ no radar

  • 3

    Mega da Virada pode chegar a R$ 1 bilhão: entenda a regra que turbina o prêmio de 2025

  • 4

    Imóveis quitados vão a leilão para pagar investidores de CRIs; entenda o caso

  • 5

    B3 lança aplicativo com gráficos, extratos e notícias personalizadas para o investidor

Publicidade

Quer ler as Colunas de Katherine Rivas em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Loteria Federal tem concurso especial de Natal; veja como funciona
Logo E-Investidor
Loteria Federal tem concurso especial de Natal; veja como funciona
Imagem principal sobre o FGTS: 2 regras para usar saldo em imóvel de até R$ 2,25 milhões
Logo E-Investidor
FGTS: 2 regras para usar saldo em imóvel de até R$ 2,25 milhões
Imagem principal sobre o Mega da Virada 2025: esta é a dezena mais sorteada da história
Logo E-Investidor
Mega da Virada 2025: esta é a dezena mais sorteada da história
Imagem principal sobre o Bolsa Família: 70% dos adolescentes deixaram benefício desde 2014, segundo pesquisa
Logo E-Investidor
Bolsa Família: 70% dos adolescentes deixaram benefício desde 2014, segundo pesquisa
Imagem principal sobre o Resultado da Mega-Sena: HORÁRIO NOVO HOJE (09); veja quando saem números dos R$ 20 milhões
Logo E-Investidor
Resultado da Mega-Sena: HORÁRIO NOVO HOJE (09); veja quando saem números dos R$ 20 milhões
Imagem principal sobre o Benefício de aposentados pode ter reajuste em 2026?
Logo E-Investidor
Benefício de aposentados pode ter reajuste em 2026?
Imagem principal sobre o INSS: novo calendário de pagamento abre ainda em dezembro de 2025
Logo E-Investidor
INSS: novo calendário de pagamento abre ainda em dezembro de 2025
Imagem principal sobre o Metrô de SP: quais cartões de crédito são aceitos nas catracas?
Logo E-Investidor
Metrô de SP: quais cartões de crédito são aceitos nas catracas?
Últimas: Colunas
Tributação de dividendos: quem paga a conta em 2026?
Yuri Freitas
Tributação de dividendos: quem paga a conta em 2026?

Modelo de tributação exige dois testes de ajuste e pode transformar a retenção na fonte em mera antecipação de imposto para contribuintes de alta renda

09/12/2025 | 16h24 | Por Yuri Freitas
Trade “Eleições 26”? Juros Brasil? Veja quais os drivers de alta para 2026
Vitor Miziara
Trade “Eleições 26”? Juros Brasil? Veja quais os drivers de alta para 2026

Com juros em queda, eleição no radar e fluxo global ditando o rumo do Ibovespa, o próximo ano promete separar quem faz leitura de cenário de quem apenas surfa a maré

09/12/2025 | 13h50 | Por Vitor Miziara
A rota dos bilhões: como aproveitar a última janela de dividendos isentos da história
Marco Saravalle
A rota dos bilhões: como aproveitar a última janela de dividendos isentos da história

Uma análise detalhada sobre como a Lei nº 15.270/2025 deflagrou uma corrida de R$ 222 bilhões e o que muda na estratégia do investidor a partir de janeiro de 2026

08/12/2025 | 13h57 | Por Marco Saravalle
O novo capítulo do mercado cripto no Brasil: o que a regulação muda na prática
Fabricio Tota
O novo capítulo do mercado cripto no Brasil: o que a regulação muda na prática

Resoluções BCB 519, 520 e 521 elevam padrões de segurança, governança e transparência para investidores e plataformas

05/12/2025 | 14h02 | Por Fabricio Tota

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador