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- O primeiro indicador é o VPA, ou Valor Patrimonial por Ação, amplamente utilizado para comparar o valor de mercado de uma empresa com seu valor patrimonial
- Além do VPA, dois outros indicadores merecem destaque: o valor de mercado e o lucro operacional
- Outros fatores, como o nível de endividamento, histórico de prejuízos e condições do setor, precisam ser analisados para uma decisão mais assertiva
Investir na bolsa de valores é uma busca constante por oportunidades que ofereçam bom retorno potencial. Diariamente, procuramos ativos subvalorizados que possam representar um investimento sólido a longo prazo. Nas últimas colunas, já apresentei algumas dessas oportunidades. Hoje, quero introduzir três indicadores fundamentais que ajudam a identificar empresas com bom potencial de valorização. Vamos também analisar uma companhia do setor de educação que pode se configurar como uma oportunidade atrativa.
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Valor Patrimonial por Ação (VPA)
O primeiro indicador é o VPA, ou Valor Patrimonial por Ação, amplamente utilizado para comparar o valor de mercado de uma empresa com seu valor patrimonial. O VPA é calculado dividindo-se o patrimônio líquido da companhia pelo número de ações emitidas, fornecendo ao investidor uma ideia do valor contábil de cada ação.
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No entanto, é importante ressaltar que o valor patrimonial de uma ação nem sempre reflete seu preço de mercado. O VPA deve ser analisado em conjunto com outros indicadores para oferecer uma visão mais precisa sobre o ativo. Em fundos imobiliários, o conceito semelhante é o Valor Patrimonial por Cota (VPC), utilizado para avaliar a saúde dos fundos.
Como interpretar o VPA?
A interpretação do VPA ajuda a identificar tanto oportunidades quanto riscos. Se o preço da ação estiver acima do VPA, o mercado pode estar precificando a empresa com base em expectativas futuras, o que pode implicar em riscos caso essas expectativas não se concretizem. Por outro lado, se o preço estiver abaixo do VPA, isso pode sugerir que o ativo está subvalorizado, mas é necessário cautela. Outros fatores, como o nível de endividamento, histórico de prejuízos e condições do setor, precisam ser analisados para uma decisão mais assertiva.
Valor de mercado e lucro operacional
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Além do VPA, dois outros indicadores merecem destaque: o valor de mercado e o lucro operacional. O valor de mercado reflete o quanto os investidores estão dispostos a pagar pela companhia, enquanto o lucro operacional (EBIT) indica a eficiência da empresa em gerar lucro a partir de suas operações. Juntos, esses indicadores oferecem uma visão sobre a saúde financeira da empresa e o quanto o mercado está disposto a pagar por seus resultados.
Um exemplo prático: Anima (ANIM3)
No fechamento do primeiro trimestre de 2022, a Anima (ANIM3), empresa do setor de educação, tinha um valor de mercado superior a R$ 3 bilhões, com lucro operacional (EBIT) de aproximadamente R$ 380 milhões, sendo negociada a 0,9x seu Valor Patrimonial por Ação (PVPA). Após o último trimestre (2T24), a companhia estava avaliada em R$ 1,2 bilhão e entregou cerca de R$ 700 milhões de EBIT nos últimos 12 meses, sendo negociada a 0,4x PVPA. Chama atenção o tamanho da distorção olhando para o passado.
Com esses três indicadores – VPA, valor de mercado e lucro operacional –, é possível identificar distorções no mercado e, potencialmente, encontrar boas oportunidades de investimento. Vale lembrar que, embora esses indicadores sejam valiosos, decisões de investimento devem ser embasadas em uma análise mais abrangente. Ao utilizar essas métricas como ponto de partida, o investidor já ganha um direcionamento claro sobre empresas com potencial de valorização no longo prazo.
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