Marco Saravalle é analista CNPI-P e sócio-fundador da BM&C e da MSX Invest. Foi estrategista de Investimentos do Banco Safra, estrategista de Investimentos da XP Investimentos, analista e co-gestor de fundos de investimentos na Fator Administração de Recursos e GrandPrix e analista de ações na Coinvalores e Socopa. Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Pós-graduado em Mercado de Capitais pela USP e Mestrando em Economia e Finanças pela FGV/EESP. Iniciou sua carreira no programa de Trainee do Citibank. Atualmente é Diretor Administrativo/Financeiro da Apimec Nacional, membro do comitê de
educação da CVM e presidente do Conselho da ONG de educação financeira,
Multiplicando Sonhos.

Escreve quinzenalmente, às segundas-feiras

Marco Saravalle

O segredo para achar empresas de sucesso nas bolsas mundiais

Conheça três Small Caps promissoras

A marca da Netflix num aparelho de TV (Foto: Mike Blake/Reuters)
  • A diferença da Netflix para a videolocadora do seu bairro que não foi para frente é a inovação. Os donos da empresa, Marc Randolph e Reed Hastings, sempre tiveram um olhar diferenciado
  • Agora imagine só quem viu o potencial da Netflix e de tantas outras gigantes quando ainda eram meras Small Caps?
  • Entender como funciona a diretoria e quem está por trás das decisões pode fazer toda a diferença. Mas também visualizar as coisas ao seu redor e conseguir ter uma visão ampla de como as coisas mudam e como se adequar ao novo

Em um passado não muito distante, você provavelmente nunca havia ouvido falar em Plataformas de Streaming como a Netflix (NFLX). Em uma noite de inverno, lá em 2007, você se deslocava até uma locadora e escolhia um filme para cada dia do final de semana.

Na época, as videolocadoras e livrarias eram promissoras: quem iria imaginar que teríamos todos os filmes e livros disponíveis sem precisar sair de casa? Provavelmente não quem pensou em abrir um destes negócios. Mas o que muita gente não sabe é que a própria Netflix já foi uma videolocadora.

A importância do olhar inovador

A diferença da Netflix para a videolocadora do seu bairro que não foi para frente é a inovação. Os donos da empresa, Marc Randolph e Reed Hastings, sempre tiveram um olhar diferenciado: eles utilizavam o método de entrega dos filmes na residência dos clientes.

Em 1998, o CEO da Amazon, Jeff Bezos, tentou comprar a Netflix por US$ 12 milhões, mas foi recusado. Em 2000, no entanto, a própria Netflix ofereceu o negócio para a agora extinta Blockbuster que recusou a oferta. Que reviravolta…

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Agora imagine só quem viu o potencial da Netflix e de tantas outras gigantes quando ainda eram meras Small Caps?

Além do horizonte: companhias promissoras

Um dos principais passos para analisar as companhias é visualizar o ambiente ao seu redor. Geralmente, quando utilizamos uma marca, produto ou serviço, conseguimos ter a dimensão de como o negócio anda. Conhecer a empresa por ser um consumidor é um dos passos. Entender como funciona a diretoria e quem está por trás das decisões pode fazer toda a diferença. Mas também visualizar as coisas ao seu redor e conseguir ter uma visão ampla de como as coisas mudam e como se adequar ao novo.

Lembra-se da época em que a fotografia revelada era um sucesso? A maior companhia de fotografia Kodak não conseguiu se reinventar na era digital e acabou entrando com um pedido de falência.

Small Caps internacionais para se ter no radar

1. A10 Networks (ATEN)

Fundada em 2004, a norte-americana A10 Networks é uma companhia de tecnologia, especializada na fabricação de software e hardware. A empresa está listada na NYSE com o ticker ATEN.

Companhias do ramo de tecnologia, especialmente de fabricação de software e hardware, merecem sempre estar no radar. Já ouviu falar que a indústria de games já ultrapassou a indústria de cinema e músicas somadas no quesito faturamento?

Com o mundo cada vez mais voltado para o digital, a ATEN está bem posicionada para se beneficiar do momento, já que a companhia possui, entre seus produtos, uma plataforma de software na nuvem para impulsionar a entrega dos serviços/produtos de seus clientes, além de ter um produto voltado a proteção de redes e recursos de servidor contra ataques massivos.

2. Danaos Corporation (DAC)

A Danaos Corporation é do setor marítimo, dona de navios porta-contêineres de grande porte e fretamento de longo prazo.

Devido a pandemia de covid-19, o mundo viu a demanda ser represada no início de 2020, causando problemas na rede de abastecimento mundial. Por isso os preços de shipping (frete) marítimo bateram recorde. A companhia tem se beneficiado deste cenário, sendo que apresentou aumento de suas receitas, além de adquirir dois novos navios.

3. Silicon Motion (SIMO)

Mais uma empresa no segmento de tecnologia, a Silicon Motion atua no desenvolvimento de controladores flash NAND para SSDs e outros dispositivos de armazenagem. A companhia trabalha desenvolvendo CIs de processador utilizadas em data centers, smartphones, PCs e APPs.

Em decorrência da digitalização mundial, os dispositivos de armazenamento se tornaram indispensáveis. A SIMO projeta e produz SSDs no qual são utilizados em computadores, em nível empresarial em data centers, em indústrias. A companhia produz e comercializa seus SSDs em todo o mundo.