Marco Saravalle é analista CNPI-P e sócio-fundador da BM&C e da MSX Invest. Foi estrategista de Investimentos do Banco Safra, estrategista de Investimentos da XP Investimentos, analista e co-gestor de fundos de investimentos na Fator Administração de Recursos e GrandPrix e analista de ações na Coinvalores e Socopa. Formado em Ciências Econômicas pela PUC-SP, Pós-graduado em Mercado de Capitais pela USP e Mestrando em Economia e Finanças pela FGV/EESP. Iniciou sua carreira no programa de Trainee do Citibank. Atualmente é Diretor Administrativo/Financeiro da Apimec Nacional, membro do comitê de
educação da CVM e presidente do Conselho da ONG de educação financeira,
Multiplicando Sonhos.

Escreve quinzenalmente, às segundas-feiras

Marco Saravalle

Confira as small caps mais valorizadas no 1º trimestre de 2022

Saiba como encontrar as “pimentinhas” do mercado de ações

A Cielo foi uma das small caps que despontaram no primeiro trimestre. (Foto: Cielo)
  • Estudos apontam que essas empresas que possuem um menor valor de mercado também dispõem de uma maior propensão a se valorizar
  • Mas é importante entender em que mercado essa empresa atua e como está posicionada em relação aos seus concorrentes

A academia denomina as empresas “small caps” como empresas de menor valor de mercado listadas na bolsa de valores. No entanto, seu significado ainda é bastante discutido e não houve a “batida do martelo” sobre esse termo.

Muitos estudos apontam que essas empresas que possuem um menor valor de mercado também dispõem de uma maior propensão a se valorizar do que empresas consolidadas. Isto porque essas companhias ainda têm muito espaço para crescimento, ou seja, não chegaram em seu período maduro e, consequentemente, apresentam espaço para expansão de seus negócios.

Claro que é importante entender em que mercado essa empresa atua e como está posicionada em relação aos seus concorrentes. Neste artigo, vamos abordar as melhores small caps do primeiro trimestre de 2022. Será que as small caps ainda serão boas oportunidades para o segundo semestre?

1. Dommo (DMMO3)

Nascida em 2007, com a denominação de OGX Petróleo e Gás LTDA, 10 anos depois, em setembro de 2017, a companhia mudou seu nome para o atual Dommos Energia S.A.

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A empresa atua no ramo de energia, com foco em E&P de petróleo e gás em ativos offshore. Seu histórico de atuação permanece em campos de petróleo em fase de exploração, desenvolvimento e produção, tendo a classificação, hoje, como operadora B – competência que assegura o exercício de atuação offshore em blocos de águas rasas e em terra.

No 1T22, a companhia saiu do prejuízo para um lucro líquido de R$ 117,6 milhões. O campo de TBMT produziu um volume de 1005,5 mil barris de petróleo, aumento de 45,7% frente ao primeiro trimestre de 2021. O aumento da receita seguiu em linha com o volume comercializado. Ademais, o aumento do preço do petróleo do tipo Brent impactou positivamente os resultados da Dommo.

2. CELPE (CEPE5)

A Companhia Energética de Pernambuco (CELPE) atua na distribuição de energia elétrica em Pernambuco, nascida em 1965. A empresa trabalha com mais de 147 mil quilômetros de linhas de transmissão, com mais de 3,6 milhões de clientes. Não é nem preciso dizer o quanto eu tenho preferência por companhias do setor de energia. Além de ser um serviço essencial, em qualquer fase da economia, o setor de energia se beneficia, seja numa recessão ou em um momento de crescimento econômico acelerado. Além dos excelentes dividendos que o segmento proporciona aos seus acionistas, na maioria das vezes.

3. CIELO (CIEL3)

A Cielo, muito conhecida pelos brasileiros pelas maquininhas de cartão, oferece serviços financeiros de meios de pagamento para o mercado de varejo. Sua atuação se baseia na realização da captura, transmissão e liquidação financeira com cartões de crédito e débito, com diversas bandeiras. A companhia passou por momentos difíceis quando as concorrentes das maquininhas de cartão começaram a bater forte, oferecendo seus produtos por preços mais acessíveis. Atualmente, a companhia busca voltar para sua posição no mercado, atingindo o público de microempreendedores.

10 small caps que mais valorizaram no primeiro trimestre

Confira abaixo a lista das 10 smallcaps que mais se valorizaram no primeiro trimestre de 2022. Ano este, bem difícil para as empresas de menor capitalização, mas se engana quem pensa que é por conta dos fundamentos das companhias.

Na realidade, a bolsa, em especial o Índice Small Caps (SMLL), está recheado de empresas com bons fundamentos, que tiveram o valor das suas ações impactados negativamente pelo cenário macroeconômico interno e externo neste ano de 2022.

A aversão ao risco, juntamente com as altas taxas de juros, fazem com que essas companhias, hoje, sejam uma bela oportunidade de investimento no médio/longo prazo. É o que dizem: “não espere as ações estarem ‘caras’ para comprá-las. Aproveite as liquidações da Bolsa!”

Nome Classe Código Valor Mercado da empresa 03Ago22 (Em moeda origem milhares) Retorno do fechamento de 01 Jan 22
até 30 Jun 22 em moeda original ajustada p/ proventos
1 Dommo ON DMMO3 805.302 176,92
2 Celpe PNA CEPE5 2.947.656 81,13
3 Cielo ON CIEL3 13.059.326 65,76
4 Cosern ON CSRN3 3.563.300 46,74
5 Dotz AS ON DOTZ3 452.994 42,91
6 Enauta Part ON ENAT3 4.745.685 42,74
7 Petrorecsa ON RECV3 7.158.899 38,05
8 Terrasantapa ON LAND3 2.664.526 35,55
9 Teka PN TEKA4 8.340 30,43
10 Alliar ON AALR3 2.392.772 30,33

Fonte: B3, elaborado pela equipe SaraInvest