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OPINIÃO. Por que o Copom não conseguirá controlar expectativas de inflação

Quando o BC é incapaz de gerar previsibilidade, os reajustes saem do controle e entram em espirais inflacionárias

Por Marilia Fontes

25/03/2025 | 15:46 Atualização: 25/03/2025 | 16:00

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Comitê de Política Monetária (Copom), que decide a Selic. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Comitê de Política Monetária (Copom), que decide a Selic. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em maio de 2016, logo depois de a inflação bater 10,67% no fechamento do ano anterior, Ilan Goldfajn era anunciado como presidente do Banco Central.

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O relatório Focus apontava para uma expectativa de inflação para 2016 de 7,62%, e de 6% para 2017, enquanto a meta de inflação era de 4,5%. Ao mesmo tempo o mercado precificava uma queda forte da atividade, com possibilidade de recessão no ano seguinte.

Muitos defenderam que o Banco Central deveria iniciar um ciclo de queda nos juros imediatamente, para aliviar a pressão negativa na atividade. Mas não foi a estratégia que eles escolheram. Com expectativas de inflação completamente desancoradas e muito acima do centro da meta, o comitê se manteve austero com juros estáveis até outubro, quando iniciou o primeiro corte de apenas 25 pontos base.

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Acelerando o cenário para julho do ano seguinte, a inflação esperada para 2017 era de apenas 3,38% e para 2018 de 4,24%, ambas abaixo do centro da meta de 4,5%.

Em entrevista naquele mesmo mês, Illan disse que BC ‘quebrou a espinha dorsal’ da inflação, expressão que ficou famosa por descrever com perfeição a rigidez do processo inflacionário.

Por conta da credibilidade alcançada e das reformas estruturantes promovidas pelo novo governo, como o Teto de Gastos, o Banco Central conseguiu realizar um longo ciclo de queda dos juros com a taxa Selic chegando em 6,5%. Nunca tínhamos alcançado um juro tão baixo.

A expectativa de inflação é uma das variáveis que mais influenciam a inflação de fato. Os agentes econômicos reajustam seus preços para garantir uma margem de lucro de seus negócios e sua continuidade.

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Quando a entidade monetária é incapaz de gerar previsibilidade, os reajustes saem do controle, e entram em espirais inflacionárias, que deságuam para toda a cadeia produtiva e o mercado de trabalho através da indexação.

Galípolo perdeu uma excelente oportunidade de se mostrar preocupado com os rumos das expectativas

A atual gestão do Banco Central, liderada por Gabriel Galípolo, não parece estar preocupada com os efeitos nocivos da desancoragem das expectativas. Mesmo diante de um Focus de 5,65% para 2025 e 4,5% para 2026, números bem acima da meta de 3%, o comitê anunciou que irá reduzir o passo dos ajustes da Selic para sentir os efeitos defasados dos ajustes anteriores.

Embora essa estratégia seja suficiente para evitar novas ondas de aumento do prêmio de risco nos juros longos e no câmbio, definitivamente não convenceu os agentes da capacidade do colegiado de trazer a inflação de volta para o centro da meta.

Ao iniciar sua gestão de 4 anos, Galípolo perdeu uma excelente oportunidade de se mostrar preocupado com os rumos das expectativas e quebrar de vez a “espinha dorsal da inflação”. Caso tivesse feito, poderíamos ter a esperança de uma expectativa no centro da meta e posteriormente um juro voltando para patamares bastante baixos.

Mas reduzir o passo da alta e começar a tatear o fim do ciclo enquanto as expectativas estão desancoradas não ajuda a reduzir os prêmios de risco, demandando um juro de longo prazo mais alto por mais tempo.

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É importante pontuar também que o juro que mais influencia nosso crescimento potencial e nível de investimento não é o de curto prazo. As empresas tomam a decisão de investir ou não baseadas nos juros que são utilizados em empréstimos de longuíssimo prazo.

Uma Selic mais alta no curto prazo que represente um ganho de credibilidade pode fazer com que os juros de longo prazo caiam, fortalecendo os investimentos.

Uma taxa mais baixa no curto prazo pode até ajudar um pouco na atividade, e talvez até na eleição, mas é um desserviço à estabilidade das expectativas e dos investimentos.

Em 2016 a equipe do Banco Central teve que demonstrar pulso firme em um momento de atividade baixa, desemprego alto e medo de recessão. Atualmente estamos com crescimento acima de 2% e taxa de desemprego nas mínimas históricas.

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Demoramos décadas para quebrar a espinha dorsal da inflação, controlar as expectativas e aprovar autonomia da instituição garantidora da estabilidade. Mas agora parece que estamos dando um passo para trás, colocando a credibilidade em segundo plano, em troca de um estímulo econômico que o Brasil tampouco precisa.

O ciclo de alta da Selic mira exatamente no esfriamento da econômica, para que a inflação possa ceder. Mas a política monetária se torna completamente ineficaz se o governo, por outro lado, segue anunciando medidas de estímulo ao crédito e ao consumo.

Diante desse cenário e da proximidade dos pacotes de bondades eleitorais, é crucial que o Banco Central reavalie suas estratégias, priorizando ações que reforcem a credibilidade e a confiança dos agentes econômicos. Um compromisso claro com a meta de inflação pode não apenas estabilizar as expectativas, mas também pavimentar o caminho para um ambiente econômico mais sólido e previsível.

Diante desse contexto e na iminência de pacotes de incentivos eleitorais, é fundamental que o Banco Central reavalie suas estratégias, priorizando ações que solidifiquem a credibilidade e a confiança dos agentes econômicos. Um compromisso claro com a meta de inflação não apenas estabilizará as expectativas, mas reduzirá as oscilações da atividade, motivo inicial pelo qual o Banco Central foi criado.

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