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Colunista

Para que serve o Copom?

A cada 45 dias aproximadamente, o Comitê de Política Monetária, decide qual será a taxa Selic meta

Por Marilia Fontes

25/03/2022 | 10:53 Atualização: 25/03/2022 | 10:53

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Comitê de Política Monetária do BC é quem dá as "regras do jogo" por meio da taxa Selic - Foto: Beto Nociti/Banco Central
Comitê de Política Monetária do BC é quem dá as "regras do jogo" por meio da taxa Selic - Foto: Beto Nociti/Banco Central

Quando falamos de renda fixa, estamos basicamente olhando taxa de juros. Você entra lá no site do Tesouro Direto e vê um Prefixado 2023 pagando 12% ao ano, e se pergunta: Mas de onde vieram esses 12%? Essa taxa é alta? É baixa? É justa?

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Parece que essa taxa nunca vai fazer sentido pra você, não parece? Só os engravatados devem entender…

Não!!! Hoje você vai terminar de ler esse artigo entendendo completamente de onde essa taxa veio.

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Todas as taxas de nossa economia (todas mesmo), são derivadas da taxa Selic. A Selic é uma taxa que vale para um empréstimo com o governo de apenas 1 dia de duração.

Sabendo disso, fica fácil estimar as derivações:

  1. Se você quiser pegar um empréstimo por mais de 1 dia, terá que estimar qual será a Selic média do período do empréstimo. A taxa média será maior que a Selic atual, se estivermos em um ciclo de alta de juros. E será menor se tivermos em um período de queda de juros.
  2. Se quiser pegar um empréstimo com alguém que não seja o governo, terá que pagar uma diferença a mais, pelo risco mais de crédito incorrido (dado que o governo é o devedor mais seguro de uma economia). Quanto mais arriscado o devedor, maior o spread que ele vai pagar em cima da Selic.

Ou seja, para entender melhor todos os juros da economia e os movimentos de alta e queda destes, temos que nos focar primeiro nos movimentos da Selic.

E como a Selic se move? É aí que entra o Copom.

A cada 45 dias aproximadamente, o Comitê de Política Monetária, decide qual será a taxa Selic meta. O Copom é formado pelo presidente do Banco Central (que hoje em dia é o Roberto Campos e mais alguns diretores do Banco Central).

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Eles calibram a taxa de juros para que ela seja suficiente para levar inflação para a meta, estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Hoje, a meta de inflação é 3,5% para 2022.

Quando a economia está muito aquecida, a inflação acelera. Então, o BC aumenta a Selic, reduzindo a propensão das pessoas a pegar empréstimo, investir em novos projetos, e aumentando a vontade das pessoas investirem nos títulos de renda fixa. Tudo isso reduz o consumo, que por sua vez, desaquece a economia, levando à queda da inflação.

Quando a economia está em recessão, o BC reduz a Selic, estimulando projetos, consumo e barateando empréstimos. Tudo isso aquece a economia, e aumenta a inflação.

O BC possui modelos econométricos que auxiliam a diretoria a entender quanto eles precisam subir ou cair as taxas, para jogar a inflação na meta.

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Parte da estratégia de levar a inflação para a meta é se comunicar bem com o mercado, de tal forma que os agentes entendam e cofiem no plano da autoridade monetária.

E esse, finalmente, é o meu trabalho. Eu analiso todos os documentos que o BC publica, me reúno com diretores, e tento entender exatamente onde eles querem chegar e quando. Assim, tenho melhores chances de acertar os próximos passos da Selic.

Se eu estimo pra onde vai a Selic, e sei o quanto o mercado precifica pra ela, consigo ganhar dinheiro com renda fixa, oras concordando e oras discordando da precificação do mercado.

Não é tão fácil como eu fiz parecer agora, e nem acerto tanto quanto gostaria. Mas esse é o processo.

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No site do BC, logo na capa, é possível ver qual a taxa Selic do momento.

Na quarta-feira (16) da semana passada tivemos uma reunião do Copom. O BC decidiu por aumentar a Selic em 100 bps, levando-a de 10,75% para 11,75% ao ano.

O comunicado da decisão dizia que “Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude.”

O BC possui alguns códigos para dizer certas coisas. Por exemplo, quando ele quer falar sobre até onde a Selic vai cair, ele fala em “ciclo”. Quando ele quer comentar sobre o tamanho do passo de cada reunião, ele diz “magnitude”.

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O que podemos ver neste trecho é que a manutenção da magnitude, ou seja, do passo de alta por reunião, será o mesmo da semana passada. Como essa alta foi de 100 bps, manter o ritmo significa subir mais 100 bps na próxima reunião do Copom, levando a Selic para 12,75%.

Sabendo a cabeça do Banco Central por meio desses documentos oficiais nos quais ele antecipa o que está em sua mente, fica mais fácil entender as tendências da economia.

Como disse nas primeiras linhas, a alta da taxa Selic deve levar o aumento de todas as taxas da economia. Tanto as taxas de empréstimos, como as taxas dos títulos de bancos e empresas, como as taxas dos títulos do governo.

Uma debênture que pagava CDI + 3%, na época de Selic a 10,75% a.a., representava um retorno ao investidor de 13,75%. Com a Selic chegando a, digamos, 11,75%, passará a representar um retorno de 14,75%.

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Com isso, outra novidade acontece. A despesa financeira das empresas da Bolsa passa a ser maior, uma vez que muitas delas tem dívida indexada ao CDI. Com isso, o lucro delas diminui. Com o lucro caindo, as ações também sofrem, e você investidor pode perder dinheiro.

Ou seja, o Copom e a Selic são importantes para toda a economia. Entender como eles funcionam é essencial para qualquer tipo de investidor. Não somente o investidor de renda fixa, mas também o investidor de Bolsa.

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