• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

OPINIÃO: Querem chamar o VAR: revogação do IOF vira disputa em Brasília

Mais do que uma disputa sobre imposto, estamos diante de um teste sobre o equilíbrio entre Poderes

Por Samir Choaib

28/06/2025 | 8:00 Atualização: 27/06/2025 | 21:40

Receba esta Coluna no seu e-mail
O IOF foi uma alternativa do governo  para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas. (Foto: Adobe Stock)
O IOF foi uma alternativa do governo para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas. (Foto: Adobe Stock)

Ao ameaçar judicializar a revogação do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o governo afronta o papel do Congresso e agrava a instabilidade jurídica no País. Em 25 de junho, o Congresso Nacional cumpriu exemplarmente seu papel constitucional ao aprovar, por meio de um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), a revogação do aumento do IOF instituído semanas antes pelo governo federal.

Leia mais:
  • Senado confirma derrubada do IOF; veja tudo o que muda para o investidor
  • IOF volta a 1,1%: entenda como a decisão impacta viagens, investimentos e o dólar
  • Com fim do decreto do IOF, veja cartões e contas com as menores taxas do mercado
Cotações
17/11/2025 7h59 (delay 15min)
Câmbio
17/11/2025 7h59 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A medida, que havia sido implementada por decreto presidencial, elevava a carga tributária sobre operações de câmbio, cartões internacionais e crédito para empresas, em flagrante desvio da função extrafiscal do imposto. O decreto sobre o IOF foi o primeiro decreto presidencial a ser derrubado pelo Congresso em 30 anos.

A revogação foi aprovada em votação simbólica no Senado, após passar pela Câmara (com placar de 383 votos a 98), e — por ser um PDL — não depende de sanção presidencial. Trata-se de um mecanismo constitucional previsto para o controle de atos normativos do Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou contrariem o interesse público. Em outras palavras: o Congresso usou uma ferramenta legítima para desfazer uma medida que, além de mal calibrada, não passou pelo crivo do debate democrático.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Abra sua conta na Ágora Investimentos

O que causa perplexidade é a reação do governo federal: ao invés de acatar a decisão do Legislativo, cogita agora recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a validade do decreto legislativo. Em outras palavras, o governo quer usar o Judiciário para tentar invalidar a decisão do próprio Congresso — como se houvesse um “voto de desempate” fora das regras constitucionais.

Essa postura é institucionalmente perigosa. O Brasil vive, há anos, sob o signo da insegurança jurídica, marcada por instabilidade normativa, mudanças tributárias repentinas e intervenções mal planejadas na economia. A judicialização do conflito entre um decreto presidencial e um decreto legislativo — especialmente quando este último representa a soberania do Parlamento — só aprofunda a sensação de que não há regras claras nem limites de atuação entre os Poderes.

Mais do que uma disputa sobre alíquotas do IOF, estamos diante de um teste sobre a solidez das instituições republicanas. Se o Executivo pode aumentar tributos por decreto e, ao ter esse ato revogado pelo Legislativo, simplesmente recorrer ao Supremo em busca de uma reinterpretação favorável, estamos diante da negação do equilíbrio entre os Poderes.

O argumento do governo de que a revogação traria perda de arrecadação é, além de frágil, revelador. A finalidade do IOF — como define a própria Constituição — é regulatória, não arrecadatória. Sua utilização como instrumento meramente fiscal já seria questionável. Quando, além disso, tenta-se blindar esse uso irregular com manobras jurídicas, ultrapassa-se a barreira do aceitável.

Publicidade

É legítimo que o Executivo discorde de decisões do Congresso. Mas não é legítimo tentar reverter a vontade do Legislativo por via judicial, sobretudo quando essa vontade se expressa por instrumento constitucional próprio, aprovado pelas duas Casas e com efeitos imediatos.

A mensagem que se passa ao País é a pior possível: se o Congresso não concorda, recorra ao Supremo; se o Supremo não acolher, edite outro decreto; e se o contribuinte reclamar, bem, aumente outro imposto e siga o baile. É a política tributária do improviso, sustentada por um Estado que jamais pensa em cortar despesas, mas nunca hesita em criar novas receitas. Nem que para isso tenha que esticar a legalidade até que ela grite.

No fundo, o caso do IOF é só mais um capítulo da velha novela institucional brasileira: Executivo que não aceita limites, Legislativo que precisa reafirmar o óbvio, Judiciário convocado como árbitro de um jogo que não deveria precisar de juiz. No fim das contas, o governo perde em credibilidade, o Brasil perde em segurança jurídica e o cidadão paga a conta — mais uma vez. Não se constrói estabilidade institucional quando o jogo democrático só vale quando convém ao Planalto.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • Conteúdo E-Investidor
  • governo federal
  • imposto
  • IOF

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Como montar uma carteira de fundos imobiliários equilibrada entre FIIs de tijolo e papel

  • 2

    Quanto uma pessoa precisa juntar para se aposentar? Veja como chegar lá

  • 3

    Ibovespa hoje: MBRF (MBRF3) salta mais de 11% no dia e 33% na semana; Yduqs (YDUQ3) tomba

  • 4

    Nubank surpreende com lucro robusto e desempenho superior aos bancos tradicionais: a análise dos resultados do 3T25

  • 5

    ‘Show de horrores’ na B3: conheça ações que, assim como a Hapvida, tombaram mais de 40% em um único pregão

Publicidade

Quer ler as Colunas de Samir Choaib em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o FGTS Rio Bonito do Iguaçu: quem pode solicitar?
Logo E-Investidor
FGTS Rio Bonito do Iguaçu: quem pode solicitar?
Imagem principal sobre o Como montar uma reserva de emergência para o seu pet em 2025
Logo E-Investidor
Como montar uma reserva de emergência para o seu pet em 2025
Imagem principal sobre o Fies: quem pode aderir à renegociação?
Logo E-Investidor
Fies: quem pode aderir à renegociação?
Imagem principal sobre o Bolsa Família: beneficiários têm até dezembro para fazer acompanhamento em saúde; veja onde
Logo E-Investidor
Bolsa Família: beneficiários têm até dezembro para fazer acompanhamento em saúde; veja onde
Imagem principal sobre o Detran-SP: o que é a LIVE – Liberação Instantânea de Veículos
Logo E-Investidor
Detran-SP: o que é a LIVE – Liberação Instantânea de Veículos
Imagem principal sobre o INSS: veja como pedir a devolução de descontos no novo prazo
Logo E-Investidor
INSS: veja como pedir a devolução de descontos no novo prazo
Imagem principal sobre o INSS: aposentados têm novo prazo para pedir devolução de descontos
Logo E-Investidor
INSS: aposentados têm novo prazo para pedir devolução de descontos
Imagem principal sobre o Fies: veja como fazer para renegociar a sua dívida
Logo E-Investidor
Fies: veja como fazer para renegociar a sua dívida
Últimas: Colunas
A distorção inconstitucional do IRPF mínimo sobre doações
Samir Choaib
A distorção inconstitucional do IRPF mínimo sobre doações

A inclusão de doações da parte não legítima na base de cálculo do imposto mínimo é um desvio conceitual que ameaça a lógica do sistema tributário brasileiro e acende o alerta para distorções e excessos na busca por arrecadação

16/11/2025 | 12h00 | Por Samir Choaib
Fadiga de IA e o doping corporativo: quando eficiência vira exaustão
Ana Paula Hornos
Fadiga de IA e o doping corporativo: quando eficiência vira exaustão

A era da inteligência artificial trouxe pressa, padronização e um novo tipo de cansaço que ameaça a autenticidade humana e empresarial

15/11/2025 | 12h00 | Por Ana Paula Hornos
O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco
Fabrizio Gueratto
O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco

Conferência global em Belém consolida a transição climática como variável financeira e força investidores a recalibrar portfólios diante do novo custo do carbono

13/11/2025 | 14h54 | Por Fabrizio Gueratto
O que esperar dos juros americanos em 2026 e como isso pressiona o câmbio nos países emergentes
Einar Rivero
O que esperar dos juros americanos em 2026 e como isso pressiona o câmbio nos países emergentes

Paralisação do governo americano interrompe divulgação de indicadores e deixa o Federal Reserve sem bússola para definir o rumo da taxa básica

12/11/2025 | 14h00 | Por Einar Rivero

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador