- País tem desenvolvido iniciativas focadas em aprimorar o acesso ao mercado, otimizar os processos de licitação pública e facilitar o fluxo de dados transfronteiriços
- A ação faz parte de uma estratégia econômica mais ampla, que visa acelerar a urbanização, fomentar a modernização industrial e realizar a transição para uma economia verde
- O compromisso da China com importantes instituições financeiras internacionais também reafirma sua intenção de fortalecer parcerias globais
Posturas estratégicas adotadas recentemente pelo Premiê Li Qiang refletem mudanças significativas do governo chinês para abrir sua economia ao mercado global e marcar o início de uma nova fase em seu desenvolvimento econômico. São iniciativas focadas em aprimorar o acesso ao mercado, otimizar os processos de licitação pública e facilitar o fluxo de dados transfronteiriços que evidenciam o objetivo de promover um ambiente favorável aos negócios e investimentos internacionais.
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A ação faz parte de uma estratégia econômica mais ampla, que visa acelerar a urbanização, fomentar a modernização industrial e realizar a transição para uma economia verde, criando assim potenciais oportunidades para investidores globais.
Remontamos à era Deng Xiaoping, o arquiteto da abertura econômica chinesa e das políticas pragmáticas que destacaram a importância de integrar capital e tecnologia estrangeiros para complementar a agenda de desenvolvimento do país. A filosofia de Deng, expressa em sua afirmação de que “absorver capital e tecnologia estrangeiros e até permitir que estrangeiros construam fábricas na China pode desempenhar um papel complementar ao nosso esforço para desenvolver as forças produtivas em uma sociedade socialista” foi a base para a aceitação gradual das práticas econômicas orientadas pelo mercado dentro de seu arcabouço socialista.
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O lema de Deng, “Pobreza não é socialismo; ser rico é glorioso,” marcou um importante desvio ideológico, inaugurando uma nova era onde a prosperidade econômica passou a ser vista como compatível com o ethos socialista, influenciando profundamente a trajetória política da China ao longo das décadas.
Sob a liderança de Li Qiang, a direção da China parece seguir o legado reformista de Deng Xiaoping, apesar de Xi Jinping não ter muito apreço por Deng, sistematicamente criticar suas políticas dos anos 80 e considerá-lo como um dos desafios para a manutenção do comunismo na China. Contudo, a China ainda enfrenta desafios significativos, como as questões de direitos humanos em Xinjiang, o envelhecimento populacional, as tensões em uma espécie de Guerra Fria contínua com os Estados Unidos e as ocasionais críticas de Xi Jinping ao setor privado. Essas questões representam obstáculos cruciais que o país precisa superar para manter seu caminho de reforma econômica e integração global.
Com a ênfase do Presidente Xi Jinping na inovação , a China procura capitalizar investimentos e conhecimentos estrangeiros, especialmente em setores de alta tecnologia e sustentáveis, como parte de uma estratégia para fortalecer sua resiliência econômica e elevar seu status internacional.
O compromisso da China com importantes instituições financeiras internacionais reafirma sua intenção de fortalecer parcerias globais. Diálogos recentes em alto nível com o Banco Mundial, FMI e Banco Asiático de Desenvolvimento demonstram sua determinação em solidificar posição na Iniciativa de Desenvolvimento Global, abordando desafios como a mudança climática e promovendo o desenvolvimento sustentável e a redução da pobreza.
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As conversas de Li Qiang com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e com Kristalina Georgieva do FMI, destacam sua ambição em desempenhar um papel central na governança econômica mundial, defendendo os interesses dos países em desenvolvimento e promovendo a globalização econômica e o comércio livre.
Além disso, as interações com o Banco Asiático de Desenvolvimento, lideradas pelo Vice-Premiê Ding Xuexiang, concentram-se em fortalecer a cooperação em áreas como proteção ambiental, desenvolvimento verde e saúde. A resposta positiva de líderes financeiros globais, como Masatsugu Asakawa do BAD, indica um interesse mútuo em promover o crescimento de alta qualidade e o desenvolvimento sustentável, sinalizando um futuro de maior integração e cooperação econômica entre os países.
A interação da China com essas instituições financeiras internacionais não só reforça sua posição no cenário mundial como também evidencia sua estratégia para navegar em um ambiente econômico internacional complexo, ao mesmo tempo em que busca manter a estabilidade econômica doméstica e promover o desenvolvimento sustentável.
Enquanto se esforça para equilibrar seus ambiciosos objetivos econômicos com os desafios internos e externos, a abertura ao investimento estrangeiro e a cooperação internacional tornam-se elementos cruciais na estratégia de desenvolvimento chinesa. Através dessas ações, a China não apenas visa fortalecer sua economia, mas também melhorar sua imagem e influência global, enfrentando os desafios da modernização econômica, questões de direitos humanos, demografia e tensões geopolíticas.
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