• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

O triunfo de Claudia Sheinbaum: nova postura internacional do México?

Com a primeira presidente de sua história, país pode mudar a forma de se posicionar frente ao comércio global

Por Thiago de Aragão

05/06/2024 | 7:13 Atualização: 05/06/2024 | 7:13

Receba esta Coluna no seu e-mail
Bandeira do México. Foto: Envato Elements
Bandeira do México. Foto: Envato Elements

A esmagadora vitória de Claudia Sheinbaum nas eleições presidenciais mexicanas inaugura uma fase de profundas transformações para o país, tanto no âmbito da governança interna quanto das relações internacionais. Sendo a primeira mulher a assumir a presidência do México, o triunfo de Sheinbaum não apenas carrega um significado histórico, mas também sinaliza uma mudança de paradigma na forma como o país se posiciona frente ao comércio global e à diplomacia.

Leia mais:
  • O impacto da geopolítica nos mercados financeiros
  • Você sabe o que é PsyOps? Entenda sobre esta ameaça ao mercado financeiro
  • Entenda a disputa tecnológica entre Estados Unidos e China
Cotações
15/11/2025 20h25 (delay 15min)
Câmbio
15/11/2025 20h25 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

A magnitude do sucesso eleitoral de Sheinbaum é notória, superando inclusive a de seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador (AMLO). Esse amplo apoio do eleitorado evidencia sua capacidade de aliar a continuidade das populares políticas de AMLO com seu próprio enfoque singular em temas prementes, como mudança climática e energias renováveis. Apesar de ter certeza de que será o grande formador de opinião deste governo, AMLO encontrará resistência crescente de Claudia em escutá-lo.

As ideias de transição energética via Petróleos Mexicanos/Pemex (repetidas várias vezes durante a campanha) soam bem como discurso, mas na prática são muito difíceis de se concretizar. A Pemex é um mamute inchado, mal gerido, sem dinheiro em caixa, tomado por sindicatos e com capacidade de produção estagnada, assim como capacidade de inovação em queda livre.

Publicidade

Usar a Pemex como veículo para uma transição energética de sucesso é muito bom de se dizer, mas muito difícil de se fazer. É mais fácil a Pemex seguir puxando caixa do Tesouro mexicano ao invés de se posicionar como um catalisador de mudança e modernização energética. Essa realidade impõe um enorme desafio para os planos ambiciosos de Sheinbaum de transformar a matriz energética do país.

Com um resultado além do esperado no campo legislativo, Sheinbaum terá uma maioria absoluta no Congresso que a ajudará a aprovar suas iniciativas, inclusive para realizar uma reforma constitucional que traz aspectos controversos, como as eleições diretas para juízes. Com um poder doméstico tão sólido, a política externa passará a ganhar mais atenção de Claudia. Esse controle robusto sobre o Legislativo permitirá que ela avance sua agenda de forma mais assertiva, potencialmente redefinindo a direção do país nos próximos anos.

Uma das esferas mais cruciais onde a liderança de Sheinbaum será atentamente acompanhada é o comércio. O México recentemente despontou como o principal fornecedor de bens para os Estados Unidos, beneficiando-se da tendência de nearshoring, que tem levado empresas a se instalarem mais próximas do mercado americano. O governo Sheinbaum pretende tirar proveito estratégico desse cenário, investindo em cadeias produtivas locais e seguindo a abordagem chinesa de impulsionar a educação e a indústria nacional para evoluir de mera montagem para manufatura integral.

A revisão do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) em 2026 representa um desafio considerável para a gestão Sheinbaum. Embora o acordo tenha sido benéfico para o México, especialmente no contexto da disputa comercial EUA-China, um eventual retorno de Donald Trump à Casa Branca pode trazer novos obstáculos (como imigração e ameaças soltas). Sheinbaum terá que equilibrar com destreza a manutenção de condições comerciais favoráveis com os EUA e o fortalecimento dos laços crescentes do México com a China.

Publicidade

A China tem expressado firme apoio a Sheinbaum, sublinhando o aprofundamento das relações políticas e econômicas entre os dois países. A parceria bilateral tem experimentado um crescimento robusto em diversos setores, como ferrovias, automotivo e energia. Além disso, ambas as nações têm colaborado no enfrentamento ao uso ilícito de fentanil, uma questão premente para os EUA.

A política externa de Sheinbaum terá como pilar a preservação de uma sólida relação com os Estados Unidos, maior parceiro comercial do México. A revisão do USMCA em 2026 será um momento crítico, potencialmente complexificado pela possibilidade de Trump reassumir o poder. A abordagem ponderada e científica de Sheinbaum será fundamental para navegar esses desafios, resguardando a estabilidade econômica do México ao mesmo tempo em que responde às preocupações americanas quanto a imigração e narcotráfico. O êxito dos programas de bem-estar social prometidos por Sheinbaum, em continuidade, mesmo que irregular, à linha de AMLO, depende fortemente de uma economia pujante, intimamente atrelada às relações comerciais México-EUA.

Paralelamente, a administração Sheinbaum está bem-posicionada para estreitar os vínculos com a China, agora o segundo maior parceiro comercial mexicano. A China tem manifestado grande interesse em ampliar a cooperação em diversos campos, incluindo energia, manufatura e tecnologia. A colaboração pragmática exemplificada pelo acordo bilateral de combate ao tráfico de fentanil realça a crescente parceria entre as duas nações. A ênfase de Sheinbaum em ciência e meio ambiente alinha-se com os investimentos chineses em energias renováveis e infraestrutura, potencialmente abrindo caminhos para inovadoras colaborações de benefício mútuo. Entretanto, lograr um delicado equilíbrio entre esse florescente relacionamento com a China e a parceria comercial predominante com os EUA demandará hábil articulação diplomática.

Mesmo assumindo um cargo que lhe garante plenos poderes de decisão, a postura política de Claudia Sheinbaum em política externa será fortemente influenciada por Diana Alarcón, sua ex-assessora internacional durante a prefeitura da Cidade do México.

Publicidade

O nearshoring tem sido um catalisador significativo para a economia mexicana nos últimos anos. Empresas como Sony, Panasonic, Intel e IBM têm utilizado o México como plataforma para produção de eletrônicos, beneficiando-se de sua robusta cadeia de suprimentos, mão de obra qualificada e acordos comerciais favoráveis. A fronteira estratégica com os EUA e os competitivos custos trabalhistas tornaram o país um polo atrativo para a manufatura aeroespacial e automotiva, com empresas como General Motors e BMW expandindo suas operações no território.

O nearshoring tem potencial para impulsionar ainda mais o crescimento das exportações manufatureiras do México para os EUA, com projeções de aumento de US$ 455 bilhões para US$ 609 bilhões nos próximos anos. Esse fenômeno cresce pela busca por cadeias de suprimento mais próximas e econômicas, especialmente em um contexto de tarifas comerciais e disputas geopolíticas. Para capitalizar essa tendência, o México precisará investir em infraestrutura de transporte e segurança rodoviária, além de solucionar problemas comerciais pendentes com os EUA.

Sem dúvida, a presidência de Claudia Sheinbaum marca um ponto de inflexão para o México. Seu governo terá que manejar habilmente a complexa interação entre políticas domésticas e relações internacionais, alavancando o papel central do México no comércio global ao mesmo tempo em que lida com os potenciais desafios impostos pela dinâmica política dos EUA.

Na medida em que Sheinbaum assuma esse papel transformador, a comunidade internacional estará atenta para ver como ela conduzirá o México por entre esses desafios. Domesticamente, a nova presidente terá passe livre no Congresso, o que muitas vezes leva um presidente a errar a dose na política externa.

Publicidade

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • China
  • Eleições
  • Estados Unidos
  • méxico
  • Petróleo

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Como montar uma carteira de fundos imobiliários equilibrada entre FIIs de tijolo e papel

  • 2

    O fundo imobiliário que nunca teve calote: o segredo da AF Invest para atravessar crises e entregar 74% de retorno até 2025

  • 3

    Crise no Banco do Brasil: o plano da diretoria para sair do cenário de lucro em queda, calotes em alta e dividendos fracos

  • 4

    Contas globais ganham força no Brasil; entenda os cuidados antes de escolher uma

  • 5

    Banco do Brasil (BBAS3) decepciona com corte no lucro e mercado já fala em recuperação lenta e dividendos fracos

Publicidade

Quer ler as Colunas de Thiago de Aragão em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Fies: quem pode aderir à renegociação?
Logo E-Investidor
Fies: quem pode aderir à renegociação?
Imagem principal sobre o Bolsa Família: beneficiários têm até dezembro para fazer acompanhamento em saúde; veja onde
Logo E-Investidor
Bolsa Família: beneficiários têm até dezembro para fazer acompanhamento em saúde; veja onde
Imagem principal sobre o Detran-SP: o que é a LIVE – Liberação Instantânea de Veículos
Logo E-Investidor
Detran-SP: o que é a LIVE – Liberação Instantânea de Veículos
Imagem principal sobre o INSS: veja como pedir a devolução de descontos no novo prazo
Logo E-Investidor
INSS: veja como pedir a devolução de descontos no novo prazo
Imagem principal sobre o INSS: aposentados têm novo prazo para pedir devolução de descontos
Logo E-Investidor
INSS: aposentados têm novo prazo para pedir devolução de descontos
Imagem principal sobre o Fies: veja como fazer para renegociar a sua dívida
Logo E-Investidor
Fies: veja como fazer para renegociar a sua dívida
Imagem principal sobre o Fies: até quando estudantes podem renegociar dívidas? Veja prazo
Logo E-Investidor
Fies: até quando estudantes podem renegociar dívidas? Veja prazo
Imagem principal sobre o É possível colocar um microchip gratuitamente no meu pet?
Logo E-Investidor
É possível colocar um microchip gratuitamente no meu pet?
Últimas: Colunas
Fadiga de IA e o doping corporativo: quando eficiência vira exaustão
Ana Paula Hornos
Fadiga de IA e o doping corporativo: quando eficiência vira exaustão

A era da inteligência artificial trouxe pressa, padronização e um novo tipo de cansaço que ameaça a autenticidade humana e empresarial

15/11/2025 | 12h00 | Por Ana Paula Hornos
O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco
Fabrizio Gueratto
O Brasil na COP30: se não for protagonista, será fornecedor de risco

Conferência global em Belém consolida a transição climática como variável financeira e força investidores a recalibrar portfólios diante do novo custo do carbono

13/11/2025 | 14h54 | Por Fabrizio Gueratto
O que esperar dos juros americanos em 2026 e como isso pressiona o câmbio nos países emergentes
Einar Rivero
O que esperar dos juros americanos em 2026 e como isso pressiona o câmbio nos países emergentes

Paralisação do governo americano interrompe divulgação de indicadores e deixa o Federal Reserve sem bússola para definir o rumo da taxa básica

12/11/2025 | 14h00 | Por Einar Rivero
Valid (VLID3): a small cap que domina a arte da adaptação e paga metade do lucro em dividendos
Katherine Rivas
Valid (VLID3): a small cap que domina a arte da adaptação e paga metade do lucro em dividendos

Ela fabrica seu cartão, seu documento, sua CNH e agora quer um espaço na sua carteira de ações; a small cap de crescidendos que o mercado quase esqueceu

11/11/2025 | 17h26 | Por Katherine Rivas

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador