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Colunista

Os sete erros de Xi Jinping

O difícil momento pelo qual a China passa é reflexo de sete pecados cometidos por Xi

Por Thiago de Aragão

14/09/2022 | 16:43 Atualização: 14/09/2022 | 16:48

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A China de Xi Jinping lançou um novo modelo de diplomata a partir da segunda metade da década de 2010. Foto: Yoan Valat/ Pool via Reuters
A China de Xi Jinping lançou um novo modelo de diplomata a partir da segunda metade da década de 2010. Foto: Yoan Valat/ Pool via Reuters

Em 2012, quando assumiu o poder na China, Xi Jinping tinha em mãos um país que estava sustentando um crescimento econômico formidável, mantinha uma relação bem mais amistosa com americanos e europeus, além de ter colocado a China na dianteira se posicionando a favor do livre mercado.

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Com o passar dos anos, a China de Xi Jinping lançou a Rota da Seda, tornou-se o principal credor de vários países no mundo, mas também se engajou em tensões crescentes com os Estados Unidos, elevando o risco de um conflito militar no Mar do Sul da China. Hoje, a China se encontra aliada de um país praticamente isolado no mundo, a Rússia, pressionada pela ONU em relação à violações de direitos humanos, com baixo crescimento econômico e envolto em uma corrida armamentista tensa com os EUA.

Nos últimos dez anos, Xi Jinping cometeu inúmeros erros e acertos dentro da ótica de um governante do país. No entanto, para o difícil momento atual pelo qual passa, ele traz na bagagem sete pecados cometidos por Xi.

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1. Confrontação crescente com países e organizações

A China de Xi Jinping lançou um novo modelo de diplomata a partir da segunda metade da década de 2010. Chamada internacionalmente de “wolf diplomacy”, essa abordagem estimulada por Xi , instiga um posicionamento mais assertivo, confrontacional e com baixa tolerância a comentários e opiniões negativas emitidas por terceiros em relação ao seu país. Xi entendeu que a China passou décadas em uma posição submissa à opinião alheia. Seus diplomatas não engajavam como os de outros países. A “wolf diplomacy” surgiu após um filme chinês (Wolf Warrior) fazer enorme sucesso no país e mostrar uma imagem da China atuando como força moderadora fora de suas fronteiras e sem aceitar desaforo.

Para um país que depende da importação de commodities e da exportação de produtos manufaturados, a relação com o mundo deveria ser a mais discreta possível. A política de não aceitar desaforo, gera uma via de mão dupla, ou seja, quanto mais a China acusa o golpe em relação a opiniões e críticas de terceiros, mais essas críticas ganham holofote.

2. Esquecimento das províncias centrais

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Ao longo das últimas duas décadas, a política chinesa se caracterizou por ter inúmeros grupos e facções dentro da estrutura do Partido Comunista da China (PCC). Essas facções variam desde visões ideológicas bem diferentes, como também por rivalidades regionais. Xi Jinping é o que chamam de “príncipe” dentro do PCC. Os “príncipes” são filhos ou netos de grandes nomes históricos do Partido. Já Li Keqiang, número 2 e grande rival de Xi, é um “tuanpai”, ou seja, um dos que cresceram no partido desde baixo, por capacidades pessoais.

Dentro desse quadro, com a criação da Rota da Seda e o investimento total de quase 1 trilhão de dólares, muita pressão financeira foi colocada nos bancos provinciais. Importantes membros do PCC, da facção dos “tuanpai” e oriundos de províncias centrais menos desenvolvidas, criticam Xi por não equilibrar investimentos internos com os que estão sendo feitos fora do país. As províncias litorâneas seguem sendo mais fortes e desenvolvidas. Isso gera stress dentro do partido e coloca mais pressão em Xi para ter resultados econômicos fortes que levem a um desenvolvimento mais equilibrado entre províncias.

3. Popularização da Bolsa de Valores na China

O governo chinês entende que a retenção de empresas de tecnologia no país e, principalmente, o controle exercido pelo partido em cima dessas empresas, depende de mecanismos que possibilitem esse controle. Uma das formas encontradas resolveu dois problemas em um (ao menos politicamente), mas gerou um novo.

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Quando a SEC começou a bloquear a participação de algumas empresas chinesas na bolsa de NY, muitas viram que a única alternativa era estar listada na bolsa de Xangai, Hong Kong ou na incipiente bolsa de Pequim. Uma empresa como a Huawei, se eventualmente estivesse na bolsa de NY, estaria submetida a auditorias e investigações por parte do governo americano. Já na China, o poder de influência e de “auditorias”, permanece exclusivamente com o governo. Manter exclusividade de influência em empresas estratégicas de tecnologia é de grande importância para Xi.

Por outro lado, o crescimento das bolsas de Xangai e Pequim pode parecer, num primeiro instante, bom para o governo chinês. Na realidade, foi uma péssima ideia. Os investimentos e as poupanças do cidadão chinês se davam, em geral, no mercado imobiliário e nos bancos governamentais. A partir do momento em que um cidadão tem confiança de que o mercado imobiliário é um bom investimento, ele entende que a chancela do Estado em garantir a sustentabilidade de determinado investimento é infalível. Apenas recentemente o mercado imobiliário mostrou suas falhas. A grosso modo, enquanto o PCC repassa a ideia de sua infalibilidade, o mercado financeiro vai repassar o contrário para seus investidores acostumados com a narrativa do PCC.

Como há vencedores e perdedores diários no mercado financeiro, a existência de uma bolsa de valores com cada vez mais pessoas físicas investindo, amplia a percepção social de que há falibilidade no PCC e que a confiança dada gratuitamente a ele pela sociedade ao longo dos anos, deve ser revista diariamente. Essa reavaliação diária é tudo que um regime comunista não quer. O valor de uma empresa caiu porque um ministro de Xi falou besteira? A sociedade não pode protestar com palavras contra a besteira dita, mas pode retirar seu dinheiro de determinada empresa e deixar refletir ali, nos valores diários, a aprovação ou rejeição ao governo.

4. Insistência em Taiwan

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Sabemos que desde 1949, com o fim da guerra civil chinesa e o estabelecimento do regime comunista de Mao Tsé Tung, a China continental reclama a unificação com Taiwan. Até 8 anos atrás a China aumenta e diminui a pressão, raramente cruzando a linha da provocação ativa. A reclamação formal da China já era conceitualmente aceita pela comunidade internacional, uma vez que havia uma percepção mútua de que a China não atacaria.

Em 1972, quando Richard Nixon foi à China e promoveu a abertura das relações, Taiwan já tinha uma relação sólida com os EUA, que permaneceu igual mesmo enquanto EUA e China se aproximavam. EUA se comprometeu a proteger Taiwan contra qualquer agressão chinesa, desde que a ilha não provocasse ou declarasse independência.

Xi Jinping vem, desde 2012, reforçando e revigorando a narrativa nacionalista. O líder chinês criticou inúmeras vezes Deng Xiaoping, responsável pela abertura chinesa ao mundo, assim como também criticou Hu Jintao por ser muito devagar em relação às críticas estrangeiras. Dentro da narrativa nacionalista de Xi, Taiwan é parte integral e primordial. Hong Kong foi uma amostra de como a preservação do partido em relação a características democráticas será feita de forma implacável.

A insistência em Taiwan levou a um jogo de provocações reais, onde China por um lado e EUA (e aliados) por outro, superpovoam militarmente o Mar do Sul da China, aumentando o risco de conflito. Se antigamente a China aumentava e diminuia a pressão em relação a Taiwan, Xi tem apenas aumentado a pressão e desencadeado tensões envolvendo países como Índia, Japão, Austrália, Reino Unido, Filipinas e, obviamente, EUA.

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5. A política chinesa de Covid-Zero é única no mundo

Por determinação direta de Xi Jinping, o governo estipulou quarentenas e lockdowns em inúmeras cidades durante a primeira fase da pandemia. À medida que os quadros foram diminuindo e o número de vacinados aumentou, a China, assim como qualquer outro país do mundo, relaxou as restrições. Com a chegada da Ômicron, menos agressiva para quem tem vacina, a abordagem de Xi foi idêntica à inicial. Assim, cidades como Shanghai e outros com milhões de habitantes, ficaram em lockdown por conta de três, cinco ou dez casos. Xangai ficou quase 3 meses em lockdown, com trânsito interditado em vários pontos da cidade.

Mesmo com uma população altamente vacinada e um vírus de impacto baixo, a China se recusou a seguir protocolos similares ao de outros países que oferecem uma flexibilidade maior de trânsito, levando em consideração número de vacinados, letalidade do vírus e leitos disponíveis. Um dos problemas reside na resistência do governo em comprar vacinas mais eficientes contra a Ômicron do que as produzidas localmente.

Ainda há 60 milhões de pessoas em lockdown na China. O crescimento econômico deste ano ficará em torno de 3%, o que é péssimo e reflete a dificuldade da retomada da atividade industrial.

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6. Apoio à Rússia na Ucrânia

Xi talvez tenha sido enganado ou foi bastante ingênuo quando conversou com Putin. A invasão não foi rápida como Putin imaginava. Inclusive, as contraofensiva ucranianas demonstram o tamanho do erro russo. O líder chinês cometeu um erro primário ao publicamente apoiar a Rússia. Primeiro, Xi não ganha nada em apoiar a Rússia. Inclusive, contradiz argumentos próprios de soberania e de integridade territorial.

Alguém pode argumentar: “ah, mas agora a China compra tudo barato da Rússia”. Verdade, mas isso aconteceria do mesmo jeito. Na verdade, a relação da China com a Rússia estaria idêntica mesmo se Xi não apoiasse a invasão. A Rússia não tem alternativas e não cobraria um posicionamento de Xi em troca de relações comerciais, políticas e militares mais sólidas. Para a Rússia, foi a melhor e única alternativa na mesa: ser parceira da China.

Para a China, não trouxe nenhuma vantagem. As desvantagens são várias. Para um país que precisa comprar e vender a outros países para poder sobreviver, o ideal seria não se colocar como parceiro da Rússia. Principalmente se comercialmente as relações com Europa e EUA são estratégicas. Essa apoio à Rússia fez com que a China ganhasse a atenção especial da OTAN, e fosse colocada na mesma cesta de países “inimigos” do Ocidente, de acordo com EUA e aliados.

Essa aliança “sem limites” me surpreendeu pela ingenuidade chinesa em mergulhar de cabeça em uma parceria com um país como a Rússia. Além disso, não traz nada à China que não traria naturalmente. Por outro lado, colocou a China em um grupo de países vistos como “problemáticos” pelas potências Ocidentais (concorde ou não). Trata-se de uma decisão diplomática equivocada.

7. Xi e seus Ministros ficam magoados demais

Ser uma superpotência implica em ser odiado por parte do planeta. Isso é absolutamente normal e americanos sabem disso assim como, em outros tempos, britânicos, franceses, russos e japoneses.

O governo chinês, por não estar habituado a críticas e opiniões desfavoráveis, acaba tendo uma postura de confrontação contínua. Como mencionei no ponto 1, o meio político chinês não pode ficar abalado com cada crítica, ofendido com cada artigo de jornal, magoado com atores ou empresas. Xi Jinping ainda não entendeu que um dos ônus de ser superpotência inclui a crítica constante. Cada vez que o governo chinês acusa o golpe, mais próximo fica da desestabilização. Os EUA vem trabalhando assim e isso colaborou para o aumento das tensões.

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