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Colunista

Entre o gesto e a engrenagem: o que realmente muda após a ligação Lula–Trump

Conversa direta entre presidentes reduz intermediários políticos e abre espaço para negociações tarifárias

Por Thiago de Aragão

08/10/2025 | 14:21 Atualização: 08/10/2025 | 14:21

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Lula e Trump em videoconferência: gesto político simbólico abre diálogo direto sobre tarifas. (Foto: Adobe Stock)
Lula e Trump em videoconferência: gesto político simbólico abre diálogo direto sobre tarifas. (Foto: Adobe Stock)

A videoconferência de cerca de 30 minutos entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump abriu uma janela política mais ampla do que parecia no noticiário do dia.

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Do lado visível, houve cortesia e a mensagem de “vamos nos dar muito bem”; do lado estrutural, a conversa reposiciona interlocutores, prioridades e cronogramas, sem eliminar as travas institucionais que governam tarifas e investigações de comércio.

O que realmente muda após a ligação Lula–Trump

1. O efeito colateral doméstico: o “canal obrigatório” perde exclusividade

Ao falar diretamente com Lula, Trump enfraquece a tese cultivada por setores bolsonaristas de que Eduardo Bolsonaro seria o interlocutor incontornável Brasil–EUA. A abertura de um canal presidencial direto sempre rebaixa intermediários políticos, sobretudo quando há promessa explícita de discutir tarifas e agenda econômica em conversas futuras. Isso reduz o valor de veto (e de agenda) do clã do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesse tabuleiro.

2. O paradoxo Rubio: chanceler forte, alçada limitada

A nomeação de Marco Rubio como secretário de Estado trouxe um perfil assertivo para a política externa, inclusive no dossiê Brasil, vide sua defesa de medidas punitivas.

Porém, a negociação tarifária não nasce no Departamento de Estado: é pilotada pelo USTR (United States Trade Representative). Se Trump sinaliza abertura para tratar de tarifas, o operador técnico é Jamieson Greer (USTR) e, na região, Daniel Watson (USTR hemisfério).

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Isso produz uma tensão orgânica: Rubio pode não aplaudir um “degelo econômico” rápido com Brasília, coerente com seu histórico, mas terá de atuar como ponte entre o Itamaraty e a dupla técnica quando o assunto for tarifário.

3. O que realmente estava em jogo na ligação: tarifas como símbolo, 301 como processo

Para Brasília, o objetivo é aliviar o choque da sobretaxa imposta, que já respingou em café, carnes e siderurgia. Para Washington, tarifas viraram instrumento de política macro, com efeitos projetados para 2026. Mesmo com um “sinal de boa vontade” presidencial, mexer na alíquota é decisão que precisa caber dentro da moldura legal vigente e do clima político da Casa Branca. A ligação gera narrativa, mas não substitui rito.

4. Expectativas assimétricas: tema contínuo no Brasil, intermitente nos EUA

No Brasil, tarifas viram assunto de alta frequência, como emprego, câmbio, exportações. Nos EUA, a pauta é intermitente: divide espaço com outros temas (Gaza, China, eleições, imigração). Isso implica cadência desigual de atenção e resposta. A diplomacia brasileira precisa calibrar expectativas para evitar sensação de promessa descumprida quando a pauta americana mudar de foco.

5. O relógio da Seção 301 não é o relógio da política

A investigação da Seção 301 sobre políticas do Brasil tem trilha própria: consulta formal, audiência pública, prazos de comentários e eventuais medidas. Esses processos costumam levar muitos meses.

Mesmo que o presidente deseje um gesto rápido nas tarifas, qualquer arranjo durável precisará encaixar-se no cronograma da 301 ou, no mínimo, não colidir com ele. A fotografia da ligação não altera imediatamente a película do procedimento.

6. O papel do Itamaraty e a nova geometria de canais

Se a conversa presidencial desloca intermediários domésticos, ela também obriga a burocracia brasileira a operar em múltiplos eixos: político (Rubio/State), técnico (Greer/Watson/USTR) e financeiro-sancionatório (Tesouro/State) ainda em ebulição por conta de litígios. A costura precisa isolar o dossiê comercial da lógica sancionatória, e vice-versa, sob pena de um contaminar o outro.

7. O que é plausível esperar (e o que é ilusão útil)

  • Plausível: retomada de diálogo técnico imediato entre MDIC/Itamaraty e USTR, inclusive com pedidos de exclusões ou “pause” calibrado em subsetores sensíveis (alimentos, aço), enquanto a investigação da Seção 301 da Lei do Comércio segue seu rito.
  • Ilusão: imaginar que Rubio “fechará” um pacote tarifário por si. Se houver gesto econômico, virá modulado por Greer/Watson e condicionado à política doméstica americana.
  • Risco real: contaminação da pauta comercial por litígios político-judiciais bilaterais (sanções e reações), que têm lógica e atores distintos.

8. Implicação estratégica para o Brasil

A fala direta com Trump foi um destravador político, útil para reduzir ruído e tirar exclusividades intermediárias. Mas o desfecho concreto depende de uma diplomacia de engenharia fina: separar comércio de sanções, trabalhar o timing da Seção 301, oferecer vitórias setoriais que caibam na moldura America-First e manter a narrativa de que o Brasil é superavitário para os EUA. Nesse desenho, as conversas de alto nível abrem a porta; quem gira a maçaneta é o USTR.

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