Escrevo o artigo de hoje direto do meu lugar favorito no mundo: Nova York, nos Estados Unidos. Quem acompanha a coluna, sabe que a ‘cidade que nunca dorme’ foi destino da minha primeira experiência no exterior e onde coloquei todas as teorias de organização financeira em prática.
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Entre trabalho e lazer, voltei outras quatro vezes e já me hospedei em diferentes regiões que formam a cidade. Em uma escolha diferente, optei por ficar uma semana na ilha de Manhattan – a zona mais antiga e populosa entre os 5 distritos de NY.
Desde que o turismo iniciou um movimento de recuperação da fase mais aguda da pandemia, as pessoas têm experimentado outras formas de viajar. E para o meu retorno aos Estados Unidos, a ideia foi testar uma proposta diferente e sob alta demanda. Você já ouviu falar em hotéis sustentáveis?
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Uma pesquisa realizada pela plataforma Booking.com – com 30 mil pessoas de 32 países – mostrou que 81% dos turistas mundiais acreditam que viajar de forma sustável é importante. Outros 71% dos entrevistados disseram que têm a intenção de fazer viagens com esse perfil nos próximos meses.
E não é só isso. O estudo também revelou que o Brasil é o terceiro país que mais considera as viagens sustentáveis relevantes, atrás somente do Quênia e do Vietnã.
Como é um hotel sustentável
Apesar dos consumidores buscarem escolhas mais conscientes, não há tantas empresas preparadas para atender essa demanda ecológica. Entre as 448 acomodações disponíveis em Nova York pela plataforma Booking, somente 95 possuem o “selo ‘Viagem Sustentável” – o equivalente a 21% das opções.
O 1Hotel Central Park está entre elas e foi a minha escolha para fazer a minha primeira eco travel.
A marca é uma das pioneiras quando o assunto é hospitalidade de luxo verde. Localizado no coração de Manhattan, ao lado do famoso Central Park, a unidade oferece uma estrutura de tirar o fôlego.
Quem caminha pela rua já é impactado por uma parede de plantas vivas que cerca três andares da fachada do hotel. Ao entrar, a sensação é de estar em lobby industrial, mas em uma versão aconchegante diante das luzes em tom pastel e a forte vegetação espalhada pelo ambiente.
No saguão com aspecto urbano, há dezenas de vasos, um restaurante que utiliza ingredientes de uma horta própria e uma barraca gratuita de frutas abastecida diariamente com produtos de agricultores locais. Ao fazer o check-in, você recebe dois cartões em formato redondo e de madeira 100% reciclada para entrar e sair no quarto.
Todos os hóspedes vão encontrar roupa de cama de algodão orgânico, tepetes feitos de materiais reciclados (como plásticos retirados de oceanos), torneiras com água 100% filtrada, lâmpadas certificadas para baixo consumo e sistemas voltados para eficiência energética e recuperação de água da chuva.
Há dezenas de detalhes que se perdem em um olhar menos apurado. No quarto, há pequenos jardins e vasos de musgos, caixas recicladas para descarte de lixo e até mensagens conscientes.
Em um cabide, encontrei a seguinte frase: “são necessários 700 galões de água para produzir uma camiseta de algodão. Isso é água suficiente para uma pessoa beber pelo menos 8 copos por dia durante três anos e meio”.
No banheiro, além do mármore que traz um toque clássico de sofisticação, uma surpresa curiosa. Há uma pequena ampulheta, como as usadas em antigos jogos de tabuleiro, instalada para controlar o tempo ideal de banho de uma pessoa. Os produtos de higiene, como shampoo, condicionador, sabonete e hidratante, também são colocados em frascos recarregáveis.
Além da estrutura
O compromisso com a sustentabilidade é gritante. O que também me surpreendeu foi a variedade de experiências voltadas para o bem-estar.
Elas passam por aulas gratuitas com personal trainers, passeios de bicicleta, refeições saudáveis em um restaurante de ponta no próprio hotel e um carro Audi elétrico disponível para o hóspede que deseja fazer um dos passeios de cortesia.
Conclusão: me senti em um verdadeiro retiro sustentável.
A natureza e a prática ambiental são verdadeiros atrativos de um ‘hotel eco-frendly’. Ao mesmo tempo em que tive uma experiência luxuosa de um empreendimento tradicional, os meus dias em Nova York me colocaram diretamente em contato com recursos naturais e elevaram a minha conscientização como viajante.
A acomodação cumpre o que promete e causa um efeito inconsciente de educar os turistas sobre a importância de proteger e ter empatia com o meio ambiente.
Quanto custa se hospedar em um hotel sustentável
Os valores nunca ficam de fora dessa coluna, portanto, vamos para o ponto que mexe com o nosso bolso.
O que não falta em Nova York é lugar para se hospedar, mas tudo vai depender do perfil de experiência que você está procurando. Há outros hotéis de luxo com proposta sustentável espalhados pela ilha. Em uma região mais nobre, como Upper East Side (quem acompanhou o seriado Gossip Girl sabe bem do que eu estou faland0), por exemplo, as diárias começam em R$ 4 mil.
O 1Hotel fica no meio termo, com tarifas a partir de R$ 2 mil por dia (US$ 400). Considerando uma viagem com perfil voltado para o mercado de luxo, o preço se justifica.
Isso não significa que não há opções com a mesma proposta para um orçamento mais baixo. Há hostels e quartos privados que respeitam o compromisso com o meio ambiente e oferecem um ticket que varia de R$ 500 a R$ 1 mil por dia.
Ao planejar qualquer viagem vale olhar o seu orçamento de perto. Pensa comigo: ao economizar com as passagens aéreas, por exemplo, você pode usar essa diferença para ficar um dia em um hotel de luxo ou gastar com outros passeios.
E aí, você já se hospedou em algum lugar com essa proposta? Me conta no @valeriabretas
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