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Colunista

O Douro é o novo destino para quem busca luxo com alma

O roteiro começa no Porto, com uma parada estratégica para comer, andar pela Ribeira, dormir com conforto e embarcar na viagem de trem mais bonita do país até a quinta de Ventozelo

Por Valéria Bretas

31/10/2025 | 14:05 Atualização: 31/10/2025 | 14:05

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Vista para o Douro na Quinta do Ventozelo. (Foto: Valéria Bretas/E-Investidor)
Vista para o Douro na Quinta do Ventozelo. (Foto: Valéria Bretas/E-Investidor)

Já faz tempo que o Douro, em Portugal, deixou de ser popular por ser uma região produtora de vinhos para se transformar em um destino de viagem por si só. O que ainda está fora do radar (ou, pelo menos, do mainstream) é que o Douro oferece um tipo de luxo mais raro: aquele que não grita, não ostenta e mora no silêncio das vinhas. Um luxo com alma.

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Mas antes de subir o rio, abra o mapa e pense no roteiro com carinho. Começar pelo Porto, por exemplo, é uma boa ideia, ainda mais se você já rodou por Lisboa e quer explorar um lado diferente de Portugal, menos óbvio e bem mais autoral. Faço essa sugestão porque a cidade funciona como âncora, principalmente em termos de logística.

Seja de carro, trem ou ônibus, se você saiu de Lisboa, a viagem até o Porto tem 300 km e pode levar pouco mais de três horas. Seguir de lá direto para o Douro pode somar mais 2 horas até o Pinhão, o que deixa o trecho puxado: daí o pit stop ser estratégico.

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A minha sugestão é fazer o Porto como chegada e o Douro como mergulho. E opções de hospedagem não faltam e tudo vai depender do seu budget (orçamento) e do tipo de experiência que você quer ter. No meu caso, a localização entra sempre como prioridade.

Fiquei no Torel 1884, um palacete do século XIX convertido em hotel-boutique, a poucos metros da Ribeira (orla histórica às margens do Douro). O conceito é bem interessante. Eles usaram os Descobrimentos (séculos XV e XVI, quando Portugal abriu rotas marítimas e trouxe novos sabores, culturas e ideias para o país), como fio condutor, numa espécie de releitura da diversidade encontrada pelos navegadores.

Cada piso representa um continente, e os quartos e apartamentos recebem nomes de produtos ou histórias dessas rotas. No piso África, destaque para a Suíte Salomão: tem terraço e é a única do palacete com jacuzzi ao ar livre, acomoda até três pessoas e leva na decoração a história do elefante Salomão, um presente que o rei D. João III enviou a Maximiliano II, Arquiduque da Áustria.

É aquele tipo de quarto que convida a desacelerar depois de um dia cheio. E o café da manhã por lá foge do óbvio. Em vez do buffet clássico, você escolhe na véspera e ele chega sob medida no dia seguinte, seja com croissant, ovos mexidos, escalfados ou o que for. Funciona bem para quem, como eu, prefere comer tarde (um olá para quem acorda depois das 10h) e quer comer o que der vontade. O hotel, aliás, conquistou sua primeira Chave no Guia Michelin em 2025. O valor da diária começa em €430.

Piso África no Torel 1884, um palacete do século XIX convertido em hotel-boutique no Porto, em Portugal

Onde comer no Porto

Na região ribeirinha de Vila Nova de Gaia, o deCastro Gaia é uma parada obrigatória para apreciar uma vista panorâmica do Douro (e aproveitar uma cozinha portuguesa raiz). A casa reabriu recentemente com um novo menu, agora assinado pelos chefs Miguel Castro e Silva (um dos principais nomes que revolucionaram a cozinha portuguesa), e José Guedes. Seja para o almoço ou uma breve parada, não deixe de ir no terraço do edifício e pedir a carta de coquetéis de assinatura à base de vinho do Porto.

Bolo de chocolate sem farinha com creme de avelã do restaurante deCastro Gaia (Foto: Valéria Bretas)

Dica de ouro: o bolo de chocolate sem farinha com creme de avelã (5,5 euros) é um espetáculo a parte.
Ainda falando de sobremesa… perto do cais de Gaia, a 7G Roasters rende uma pausa rápida para um docinho (recomendo totalmente a banoffee) e um bom café. Para os amantes de cafés de especialidade com torrefação própria, a visita não decepciona e é ideal entre um passeio e outro.

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Para fechar o dia, o Digby é uma ótima pedida: daqueles lugares que juntam vista bonita e cozinha com identidade. Sob comando do chef João Figueirinhas, com experiência em hotéis de luxo e restaurantes com estrelas Michelin, a casa revisita comida de conforto com apresentação caprichada e um cuidado real em servir uma refeição saudável. Confesso que isso me surpreendeu. Fui num dia em que o estômago pedia algo leve e encontrei exatamente isso: um menu saboroso, pensado e, de fato, gentil. Provei a Tartelete de Sardinha; pequena, crocante e com o frescor do tomate e dos pimentões. Bom demais e dá vontade de pedir outra só para confirmar o que o paladar já sabe.

Depois, um bacalhau com um molho inesquecível com coentro na medida (se você ama, peça sem medo): é um abraço em forma de prato, cheio de memória. E o meu favorito, sem suspense, foi o leitão e gnocchi: textura macia, cogumelos a dar profundidade e um molho de queijo que envolve sem pesar. É conforto que chega elegante, daqueles que a gente lembra no dia seguinte. (Veja pelas fotos. Uma imagem fala mais do que mil palavras, não é mesmo). Tudo isso com a luz da cidade entrando pelas janelas e o Douro logo ali.

Tartelete de Sardinha do Digby, restaurante comandado pelo chef João Figueirinhas, revisita comida de conforto com apresentação caprichada (Foto_ Valéria Bretas)

Prontos para o prato principal? Vamos para o Douro!

O vale virou destino, e a propriedade Ventozelo explica bem o porquê: é uma das quintas (como os portugueses chamam as propriedades rurais/vinícolas) mais antigas da região, com mais de 500 anos de existência. Para abrir as portas ao enoturismo, a Granvinhos, uma das maiores exportadoras de Vinho do Porto do mundo, decidiu dar uma nova vida às antigas casas de lavoura, preservando a aldeia secular de Ventozelo em vez de construir espaços novos.

A intervenção foi pensada para dar um toque de modernidade sem mexer no que faz a paisagem ser o que é. Mantiveram a pedra original nas fachadas, arrumaram os telhados, colocaram janelas de madeira novas e combinaram paredes com pedra aparente e outras pintadas de branco. Tudo isso cercado por vinhas plantadas em camadas, como se o morro fosse uma escada verde, o desenho clássico que molda o Douro.

Para comer, a Cantina de Ventozelo fica a poucos passos das acomodações e segue o mesmo ritmo do lugar: cozinha que nasce da horta e ingredientes de vizinhança, respeitando a época do ano. É comida de panela, feita com muito sabor. Provei uma porção de costela com barbecue e estava divina.

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Um detalhe que faz diferença na logística é que é possível agendar passeios de barco direto do deck do Ventozelo, sem precisar ir ao centro para pegar as embarcações. Eu fiz assim e paguei €20 por pessoa; o hotel se encarrega do transfer interno até o cais, passando pelas vinhas num trajeto lindo, lindo.

O dia por ali corre fácil. Um quintal particular para sentar e olhar o vale sem pressa tomando um bom cafezinho (ou vinho), salas com lareira, biblioteca e uma piscina de borda infinita que emoldura o Douro no horizonte, a foto perfeita, com o descanso merecido. As diárias ficam em 120 euros para duas pessoas, com café da manhã incluso.

Quando um jantar vira experiência sensorial

O principal motivo da minha visita ao Douro era conhecer o #IrComSedeAoPote, projeto do chef Renato Cunha que reúne chefs convidados para cozinhar à lenha, em potes de ferro fundido no chão. Nesta edição especial, a primeira em Ventozelo, o evento reuniu Miguel Castro e Silva e os chefs residentes José Guedes e Lionel Carpena num jantar de cerca de seis horas, harmonizado com os vinhos da quinta.

As entradas já valiam a viagem. Folhado de leitão, queijos variados, presunto fatiado na hora e um molho de tomate com toque agridoce que vou ter que pedir a receita. Depois, vieram cinco pratos quentes como principais e, para fechar, sobremesa foi um tradicional leite de creme preparado na hora. A receita original, os chefs contaram na hora (só para os íntimos).

O menu em si é surpresa, o ambiente é simples e muito elegante ao mesmo tempo, e a experiência, inesquecível. Não é um jantar barato (120 euros por pessoa), mas também não é apenas um jantar. É uma aula viva sobre tradição, comida de verdade e memória. E não estou exagerando.

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A viagem me deixou com uma certeza: o verdadeiro luxo não está no mármore do banheiro nem no tamanho da televisão do quarto. Está no cuidado, no tempo, no preparo de uma comida que carrega história. Está no silêncio e na atenção de quem te recebe como se recebesse alguém da família. É esse tipo de experiência que o Norte de Portugal oferece e que, com um bom roteiro, pode ser vivido de forma cheia de sentido.

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Um fim de semana no Douro
A Quinta de Ventozelo, no Douro, tem mais de 500 anos de existência (Foto_ Valéria Bretas).jpeg

A Quinta de Ventozelo, no Douro, tem mais de 500 anos de existência

A Quinta do Ventozelo durante o

A Quinta do Ventozelo durante o "Ir com sede ao pote"

Vista principal da piscina de borda infinita na Quinta do Ventozelo, no Douro (Foto: Valéria Bretas/E-Investidor)

Vista principal da piscina de borda infinita na Quinta do Ventozelo, no Douro

Projeto

Projeto "Ir com sede ao pote" do chef Renato Cunha, que reúne chefs convidados para cozinhar à lenha, em potes de ferro fundido no chão

Projeto

Projeto "Ir com sede ao pote", do chef Renato Cunha, que reúne chefs convidados para cozinhar à lenha, em potes de ferro fundido no chão!

A Quinta do Ventozelo recebeu o

A Quinta do Ventozelo recebeu o "Ir com sede ao pote" pela primeira vez_ chefs renomados cozinharam em potes de ferro fundido no chão

As vinhas que cercam a Quinta do Ventozelo, no Douro (Foto_ Valéria Bretas)

As vinhas que cercam a Quinta do Ventozelo, no Douro

Vista para o Douro na Quinta do Ventozelo. (Foto: Valéria Bretas/E-Investidor)

Vista para o Douro na Quinta do Ventozelo

Imagem de destaque

Quarto duplo na Quinta de Ventozelo, no Douro

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