Em novembro de 2021, o Bitcoin chegou a custar quase US$ 70 mil, com o mundo correndo atrás de ativos de risco, saindo da crise da pandemia e com o dinheiro voltando a circular mais forte.
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Antes dessa queda, o que todo mundo falava era para comprar, “é hora de se expor”, mas agora o que mais vemos são engenheiros de obra feita justificando por n motivos a queda da criptmoeda.
Importa saber por que está caindo? Não! Independente do motivo, o mercado já está precificando e é por isso que nós, como investidores, precisamos olhar para frente.
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Já escutei nesses últimos dias que os investidores estão saindo por conta do prazo de IR nos EUA, porque está chegando mais um aumento de juros, porque há uma fraude em uma altcoin de quase US$ 600 milhões e que isso estaria contaminando o mercado como um todo…
O que importa é a relação risco x retorno de se investir agora ou não, e nesse cenário eu vejo uma oportunidade única para os brasileiros em relação ao resto do mundo.
Enquanto o Bitcoin caiu em dólares no mundo pouco mais de 40%, o Bitcoin negociado em reais caiu mais de 50%! Essa diferença se dá basicamente porque o real ganhou grande valor contra o dólar, algo que era esperado pela nossa equipe e foi comentado neste artigo.
A queda recente do Bitcoin e ao mesmo tempo a valorização do real contra o dólar abrem uma oportunidade com uma janela curta de se expor ao ativo que caiu, e transformar ao mesmo tempo o real em dólar, comprando o ativo dolarizado mais barato.
Daqui pra frente, se o dólar subir o seu dinheiro valoriza. Se o Bitcoin subir, seu dinheiro valoriza. Ou seja, além de se expor no ativo que caiu, essa é uma boa oportunidade para ter ou aumentar sua exposição em dólar.
Quedas como essa e alta volatilidade são normais e esperada para os criptoativos, por isso é importante que essa exposição esteja de acordo com seu perfil.
Apesar disso, os investidores em geral continuam muito otimistas com esse “mercado” de cripto visto que em breve teremos metaverso, web 3.0 e outros jargões para um novo movimento que tende a conectar ainda mais o mundo como um todo.
Outro ponto que me chama a atenção para uma busca maior dessas criptomoedas é o fato de que a Rússia teve boa parte dos seus títulos em dólares bloqueados, aumentando mais ainda a percepção dos investidores de uma moeda descentralizada, sem um controle único e que, ao mesmo tempo, seria uma boa saída para o caso atual.
Em relação ao Bitcoin, o ativo já viu diversas quedas de 50% em relação à última máxima em sua história e geralmente em menos de um ano depois a cotação e fez novas máximas.
Para quem acredita na descentralização, busca exposição e quer adicionar um pouco de ativos de mais risco à carteira, além de aumentar a exposição em dólar, talvez essa seja uma das poucas janelas de oportunidades combinando queda do preço do ativo + valorização recente do real.
Em relação ao dólar, vale lembrar que tivemos uma valorização muito alta por conta do aumento de juros que deixou o país interessante de novo para “exportar” juros para os investidores globais. Apesar disso, estamos chegando em breve a um ponto de virada, em que vamos ver juros estagnados por aqui e aumento no resto do mundo.
Sobre o dólar ainda tem muito para falar. Na minha opinião é compra, mas falo mais no próximo artigo!