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- Alan de Genaro, professor da EAESP/FGV, explica que cortar determinadas empresas do sistema financeiro pode prejudicar a vida das pessoas
- Ana Carla Abrão Costa, sócia da consultoria Oliver Wyman, diz que o mais importante é que a agenda de clima e sustentabilidade já está dada, não vai voltar atrás
Por Bruna Camargo – Os riscos de investimento relacionados às métricas ambiental, social e de governança (ESG, na sigla em inglês) devem ser avaliados e gerenciados, não evitados ou eliminados por meio de um filtro negativo. A avaliação foi destaque durante painel no evento de 50 anos da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord), na tarde da última terça-feira (16).
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“A preocupação do gerenciamento ESG segue nos mesmos moldes da prevenção à lavagem de dinheiro ou do terrorismo: para onde está indo o dinheiro, para o que está sendo usado? Essa preocupação é comum nos dois casos, mas há uma que acho que no Brasil não temos a real dimensão de impacto, mas teve em países de condições econômicas piores que a nossa: o ‘derisking’, prática onde você não gerencia o risco, apenas elimina”, aponta Alan de Genaro, professor da EAESP/FGV e sócio da consultoria Riscométrica. Ele explica que cortar determinadas empresas do sistema financeiro pode prejudicar a vida das pessoas.
Sonia Consiglio, SDG Pioneer pelo Pacto Global da ONU e especialista em sustentabilidade, menciona um estudo americano que conclui ser melhor engajar companhias do que fazer desinvestimentos. “É uma construção. Gerenciar o risco, não evitá-lo. Ninguém dorme e acorda sustentável, é uma jornada”, afirma.
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Para Ana Carla Abrão Costa, sócia da consultoria Oliver Wyman, o mais importante é que a agenda de clima e sustentabilidade já está dada, não vai voltar atrás. “Felizmente o momento chegou em que temos isso organizado, sistematizado e priorizado. Para alguns mais que outros. Mas cada vez mais a sociedade leva isso a sério”, observa Costa.