- Pedidos de moedas estrangeiras ainda valem para entregas
- Mas com as restrições de viagens, solicitações foram reduzidas a quase zero
- Aumentou a procura de pessoas querendo vender moeda para as corretoras
A venda de dólar turismo caiu praticamente a zero nas casas de câmbio nas metrópoles de São Paulo e do Rio de Janeiro na terça-feira (24). Segundo o diretor da corretora Ourominas, Mauriciano Cavalcante, mesmo sendo a atividade considerada como essencial, a instituição preferiu fechar as oito lojas em São Paulo e as 50 lojas de correspondentes cambiais pelo País. “Só está funcionando o serviço de delivery, mas com poucas entregas programadas”, diz ele.
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Cavalcante conta que os funcionários estão em sistema de home-office, atendendo pedidos por telefone e por canais digitais. “Não vimos a necessidade de deixar as lojas abertas. O movimento já havia caído 95% nas últimas três semanas, com a restrição dos voos internacionais. Nas lojas, só estávamos atendendo clientes vendendo moedas que sobraram de viagens”, afirma.
Questionado sobre como sobreviver ao desafio econômico de quarentenas em diferentes pontos do Brasil, Cavalcante assegura que a Ourominas já havia se preparado financeiramente para esse momento.
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“A situação é bastante precária para quem trabalha com o câmbio turismo. Muita gente vai ficar desempregada no setor. Como trabalhamos com o ouro também, temos um fôlego para conseguir atravessar esse período. Mas se essas restrições durarem muito, começará a complicar”, diz.
Para Alexandre Monteiro, sócio da plataforma MelhorCâmbio.com, que presta serviços para 1,3 mil pequenas casas de câmbio, as vendas estão paradas.
“O movimento está no chão. As pequenas casas de câmbio estão desesperadas e até ligando aqui para postergar os pagamentos das mensalidades”, afirma.
Na visão dele, o mercado de câmbio turismo parou por completo. “Os principais players, as corretoras dos bancos e grandes corretoras independentes têm condições de segurar. Já muita casa de câmbio pequena vai quebrar e fechar as portas”, prevê.
Ele conta que os negócios na plataforma diminuíram entre 90% e 95% nas últimas três semanas. “Houve um aumento de pessoas querendo vender para as corretoras, mas as operações de compra não compensam, só minimiza as perdas”, diz.
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Monteiro diz que o tíquete médio numa compra é de US$ 1,5 mil, enquanto o tíquete médio de uma venda é de US$ 300. “Diminuiu muito o volume negociado. E agora parou”, completa.