O que este conteúdo fez por você?
- Ao começar a investir, muitas pessoas podem ter dúvidas se estão seguindo os passos certos ou se precisam mudar de estratégia
- Primeiramente, deve-se levar em consideração que não é possível olhar apenas a rentabilidade de um portfólio de investimentos ao avaliá-lo
- Metas e prazos, além dos riscos que o investidor está disposto a correr, também devem ser levados em consideração
Ao começar a investir, muitas pessoas podem ter dúvidas se estão se saindo bem ou mal na empreitada. A depender do perfil do investidor, pode ficar uma dúvida no ar: será que é necessário aumentar o risco da carteira ou ter maior cautela?
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Primeiramente, é importante em consideração que não é possível olhar apenas a rentabilidade de um portfólio de investimentos ao avaliá-lo. Especialistas ouvidos pelo Bora Investir, portal da B3, enfatizam que, para analisar uma carteira da forma correta, o investidor precisa considerar suas metas e prazos, além dos riscos que está disposto a correr. Existem ainda indicadores, tanto para renda fixa quanto para renda variável, que permitem a realização de comparações.
Para José Carlos de Souza Filho, professor da FIA, saber avaliar o rendimento de ações, títulos, fundos, entre outras aplicações, é fundamental para fazer os ajustes necessários na carteira. “Esse conhecimento vai auxiliar na tomada de decisões para investimentos futuros e para ajustar estratégias a fim de alcançar metas de curto e longo prazo” afirma.
Afinal, existe algum cálculo prático?
Quem gosta de números, pode ficar feliz. Há um cálculo matemático para medir o retorno nominal de um investimento, isto é, o seu rendimento sem considerar a inflação. Para fazer a conta, o investidor precisa saber o valor pago pelo ativo (valor inicial, ou VI), e o valor atual (a cotação corrente do investimento, ou VA).
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A taxa de retorno nominal de um investimento se dá pela fórmula:
- Retorno = [(VA –VI) / VI] x 100
Aos adeptos da calculadora, a conta é: valor atual menos valor inicial, dividido pelo valor inicial, multiplicado por 100. O resultado é o retorno percentual.
Vale destacar que nesse cálculo não está considerado o tempo entre o aporte inicial e o valor atual, nem uma média de taxa de juros. Portanto, trata-se de um referencial de cálculo básico.
Prazos, riscos, objetivos
Ao analisar o desempenho da carteira de investimentos, é necessário levar em consideração quais eram os prazos e metas em que o investidor estava pensando ao montá-la, além do seu perfil de risco.
De forma prática, há três tipos de perfis: conservador, moderado e arrojado. O primeiro costuma ser mais avesso ao risco, optando por carteiras com maior previsibilidade de retorno. Já o segundo está disposto a assumir um risco maior, mas não tem tanta tolerância como um perfil arrojado. Esse último procura retornos potenciais acima da média, mesmo que se submeta a mais oscilações no curto prazo.
Vale destacar que esses perfis são moldados por fatores como renda, idade e objetivos financeiros. “Eles ajudam a determinar o nível de risco que o investidor está disposto a assumir, o que, por sua vez, afeta o desempenho esperado da carteira”, afirma a planejadora e consultora financeira Carol Stange.
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Ativos mais arriscados tendem a ter um desempenho mais instável no curto prazo, mas podem trazer uma rentabilidade maior a longo prazo. Por isso, na hora de avaliar um portfólio de investimentos, isso também precisa ser levado em conta.
Uma pessoa que investiu em um Certificado de Depósito Bancário (CDB) com liquidez diária para montar uma reserva de emergência não pode comparar a sua carteira com quem aplicou em um lote de ações para lucrar no longo prazo. Isso porque as finalidades, prazos e metas de cada investidor são diferentes.
E os indicadores?
Comparar a carteira com indicadores é uma boa forma de verificar se ajustes precisam ser feitos, já que eles fornecem uma referência objetiva para verificar o desempenho do portfólio em relação ao restante do mercado. Para a renda fixa, as principais referências são a Selic e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Enquanto a taxa básica de juros é o indexador mais utilizado na renda fixa, sendo norte para a maioria dos títulos públicos e privados, o IPCA representa a inflação oficial do Brasil e consiste numa referência importante para avaliar a perda de poder de compra dos investidores.
Outro indicador relacionado à inflação é o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Mais abrangente que o IPCA, ele inclui as variações de preços de serviços e matérias-primas, medindo quanto um produtor paga por seus insumos.
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No radar dos investidores, também deve estar o Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI), utilizado como marca de referência para a rentabilidade de diversos produtos financeiros, como os CDBs. Quando uma aplicação rende 100% do CDI, isso significa que ela trará um retorno igual ao da taxa DI em um ano, atualmente em 12,15%.
Para a renda variável, também existem indicadores que devem ser observados por pessoas que querem saber se estão tendo sucesso ao investir. Um dos mais populares do mercado de ações é o Ibovespa, a principal referência da Bolsa de Valores brasileira, que acompanha o desempenho de 86 papéis das empresas mais negociadas no mercado nacional.
Também existem indicadores internacionais, como o S&P 500, um dos índices da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), e o MSCI World, referência global, que acompanha o desempenho das ações de empresas do mundo todo.
Nesta reportagem do Bora Investir, é possível conferir mais dicas para avaliar a carteira e conferir se está tendo sucesso ao investir.
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