O que este conteúdo fez por você?
- Cláudia Abreu anunciou na quarta-feira (13) que caiu em um golpe ao comprar passagens aéreas
- Especialistas recomendam que os usuários sempre procurem realizar as compras pelos canais oficiais das empresas
- Antes de comprar, consumidores devem conferir se site é legítimo
Cláudia Abreu anunciou na quarta-feira (13) que caiu em um golpe ao comprar passagens aéreas. Em seus stories, a atriz contou que clicou em um anúncio no Instagram, acreditando ser da empresa Decolar, mas a publicação a redirecionou para um perfil falso no WhatsApp.
Leia também
Um print da conversa mostra que a mensagem fake trazia diferentes informações sobre o voo, como local e horário de destino, data de embarque, tempo médio da viagem e até um suposto número do pedido. Abreu havia comprado as passagens de ida e volta do Rio de Janeiro para São Paulo.
“Amigos, comprei uma passagem pela Decolar, porém foi um anúncio pelo Instagram que me direcionou para um perfil falso. Paguei no Pix, nunca façam isso. Entre na página principal sempre e se certifique que seja aquele valor”, aconselhou a artista.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Sempre realizar as compras pelos canais oficiais das companhias é também a recomendação de Alessandro Fontes, cofundador do Site Confiável, plataforma que ajuda consumidores a verificarem sites e evitarem golpes. “Cuidado com sites falsos, que sejam parecidos com os de companhias aéreas ou agências. Verifique sempre a URL para ter certeza que é o site oficial da empresa”, afirma.
Para conferir se a página é legítima, o consumidor deve procurar por “https://” no início da URL, já que esse “S” no final indica que existe uma criptografia no fluxo de informações transacionadas por meio de determinado site. Um símbolo de cadeado na barra de endereços também representa um indicativo de conexão segura.
Wanderson Castilho, perito em crimes digitais, explica que empresas terceirizadas oferecem mais riscos aos consumidores, pois não têm o controle direto das passagens. “Mesmo companhias respeitáveis do mercado, que oferecem uma variedade de opções, podem não ser capazes de resolver problemas relacionados a passagens quando essas são compradas através delas, uma vez que estão fora do seu controle”, diz.
Nas compras com agências, Fontes aconselha que os consumidores pesquisem sobre a empresa com antecedência e busquem informações com pessoas que fizeram, de preferência, compras recentes. Como mais uma forma de segurança, os clientes devem solicitar a emissão imediata da passagem.
Publicidade
Para não cair em um golpe como o de Cláudia Abreu, links ou downloads de anexos de fontes desconhecidas também devem ser evitados. E-mails ou mensagens que solicitem informações pessoais ou financeiras costumam ser outro sinal de cilada.
Se tiver a opção de escolher, o consumidor deve ainda evitar sites ou agências que pratiquem a venda de passagens flexíveis. Esse tipo de compra ocorre sem a emissão da passagem, sendo que as datas de embarque podem ser alteradas e costumam ser vendidas para uma período bem distante.
Segundo Castilho, promoções exageradas representam mais um sinal de alerta, pois são muitas vezes a principal estratégia dos golpistas. Com preços excessivamente atrativos ou promessas de compras muito descomplicadas, as lojas falsas conseguem capturar a atenção das pessoas. Por isso, a recomendação é sempre fazer uma busca para checar qual preço costuma ser cobrado para determinado tipo de passagem, considerando o destino, a data e o tipo do bilhete.
Caso não conheça a empresa, pesquisas na internet são bem-vindas. O usuário pode inserir o nome da agência em questão no Google junto com palavras-chave como “golpe”, “fraude”, “denúncia” ou “estelionato”. Dessa forma, ele consegue encontrar informações relevantes e evitar cair em possíveis golpes.
Publicidade
“Eu sempre recomendo às pessoas a aplicação da técnica dos três “P’s”: pare, pense e pesquise. Ao interromper suas atividades, direcionar sua atenção para a situação e ponderar sobre os valores, veracidade das passagens e se há outras empresas oferecendo ofertas semelhantes, é possível detectar rapidamente qualquer indício de problema”, destaca Castilho.