Como o fator emocional pode impactar seus investimentos

As emoções desempenham papel significativo no psicológico das pessoas. Para cada tipo de emoção, positiva ou negativa, o corpo e a mente tendem a dar uma resposta a este estímulo, muitas vezes inconscientemente, por instinto.

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Na vida do investidor não é diferente. As emoções definem como as informações são interpretadas e como reagem às mudanças do mercado. Dessa forma, mesmo com habilidade em finanças, você pode lidar com circunstâncias nas quais suas emoções influenciam a tomada de decisão.

No mundo dos investimentos é crucial controlar o fator emocional e ser capaz de seguir sua estratégia, independentemente das oscilações do setor. Quando falamos em controlar o fator emocional, queremos dizer em como reagimos a determinadas situações. Segundo Sarai Molina, gerente da área Educacional da Ágora Investimentos, “muitos sonham em ganhar dinheiro em curto prazo. E quem não quer, não é mesmo? É importante lidar com desejos, sentimentos e expectativas, mas também se utilizar de boas doses de razão.  O conhecimento sobre si mesmo, sobre o funcionamento do mercado e de seus objetivos são de suma importância para um melhor entendimento sobre como agir em determinadas situações”.

A influência do fator emocional nas decisões de investimento é um assunto tão relevante que estudos sobre o comportamento psicológico do ser humano no mercado financeiro renderam a Daniel Kahneman um Prêmio Nobel de Economia, ainda que tenha formação em psicologia.

Em seu artigo “Teoria da perspectiva: uma análise de decisões sob risco” (em tradução livre), parceria com o também psicólogo israelense Amos Tversky, Kahneman demonstra que as decisões humanas podem divergir muito das previsões da teoria econômica tradicional. Simples assim: as emoções humanas distorcem as regras de “causa e efeito”, especialmente no quesito investimento.

Richard Thaler, economista norte-americano e estudioso da economia comportamental realizou uma série de estudos e pesquisas sobre como as pessoas reagem a determinadas situações, que claro, impactam seu emocional. Uma de suas conclusões é que a dor da perda de, digamos R$100, é muito maior do que a felicidade de ganhar os mesmos R$ 100 de forma inesperada.

Sarai Molina reitera que a autoanálise e reflexão é muito importante: “estou colocando todo o meu recurso em investimentos de risco? O recurso pode ser usado para este tipo de investimento? Tenho tempo suficiente para esperar o retorno, caso o cenário não apresente melhoras? Como lidarei com a situação em caso de uma perda financeira? ”. Essas são algumas questões que ajudam a definir se o investidor tem segurança emocional para o investimento que escolheu.

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