Comportamento

Consumidor deve sentir queda no preço do combustível nesta semana

Cortes nas refinarias ainda não chegaram ao seu bolso

Foto: Werther Santana/Estadão
  • Petrobrás reduz preço do litro da gasolina, diesel e gás
  • Novo corte nas refinarias veio em resposta à baixa demanda nos postos
  • Cenário instável do petróleo no mundo pode fazer os preços caírem ainda mais

(Jenne Andrade, E-Investidor) Na última quarta-feira (18), a Petrobrás anunciou redução de 12% no preço do litro da gasolina, de 7,5% para o diesel e de 5% para o gás de cozinha. O novo corte nas refinarias veio em resposta à baixa demanda nos postos de abastecimento por conta do coronavírus e pode chegar no bolso do consumidor até o fim desta semana.

Quando a estatal divulga uma redução nos combustíveis, é comum que os motoristas esperem que a queda chegue no mesmo dia às bombas – e na mesma proporção. O repasse de ajustes, porém, depende de uma série de etapas e fatores, como impostos, estoque, mistura de biocombustíveis e a própria revenda.

“A petrolífera começa vendendo os insumos para as distribuidoras, que fazem a mistura dos combustíveis e revendem para os postos”, afirma o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires. “A queda no valor do litro deve ser percebida gradualmente nesta semana.”

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Na cadeia de suprimentos, as distribuidoras e os postos têm liberdade para praticar o preço que quiserem, levando em conta os estoques. “É uma decisão muito independente, cada distribuidor e posto tem o poder de tomar a sua posição”, diz o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto.

Os impostos estaduais e federais que incidem sobre os combustíveis, como Cofins e ICMS, também contribuem para que os cortes cheguem mais diluídos no bolso do consumidor. “Os impostos são quase metade do preço da gasolina na bomba”, afirma Pires.

Os preços da gasolina e do diesel podem cair mais?

Segundo o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, é esperado que a Petrobrás faça ainda mais cortes nas próximas semanas devido ao cenário instável do petróleo no mundo. “A empresa segue a paridade internacional”, diz Pires.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, a postura da empresa petrolífera está sendo coerente. “Na nossa visão, a Petrobrás está agindo corretamente em fazer os ajustes com cautela e transferindo para o consumidor brasileiro as reduções de preço que estão acontecendo no mercado internacional”, diz ele.