Comportamento

Mastercard: economias de Brasil e Chile dominarão América Latina em 2024

Estudo obtido com exclusividade pelo E-Investidor explica o otimismo com ambos os países

Mastercard: economias de Brasil e Chile dominarão América Latina em 2024
Mastercad espera que cortes nas taxas de juros apoiem as famílias a quitarem dívidas (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
  • A economia brasileira, juntamente com a do Chile, assume a liderança na América Latina neste ano, segundo projeção do Mastercard Economics Institute (MEI).
  • Conforme o estudo, Brasil e Chile devem ser beneficiados pelo crescimento das despesas de consumo, que deverá ser moderado em comparação a 2023, mas permanecerá resiliente devido à solidez dos mercados de trabalho.
  • Sobre os fatores de risco para a economia brasileira, a instituição afirma que, “à medida que o Brasil busca uma desaceleração suave, os principais riscos de baixa são externos."

A economia brasileira, juntamente com a do Chile, se tornarão as líderes na América Latina neste ano, segundo projeção do Mastercard Economics Institute (MEI). De acordo com o relatório Perspectivas Econômicas 2024, antecipado com exclusividade ao E-Investidor, o controle inflacionário e a queda dos juros devem ajudar o Brasil a se destacar na região.

“O Brasil colherá os benefícios de seu tumultuado, mas persistente, compromisso com a estabilização da inflação. A expectativa é que cortes de juros continuem sendo feitos e apoiem as famílias brasileiras na consolidação de suas dívidas”, projeta a instituição.

Conforme o estudo, Brasil e Chile devem ser beneficiados pelo crescimento das despesas de consumo, que deverá ser moderado em comparação a 2023, mas permanecerá resiliente devido à solidez dos mercados de trabalho. Além disso, o relatório avalia que a procura mundial por matérias-primas continua a ser fundamental para o desempenho econômico.

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Entre as projeções para o Brasil em 2024, a Mastercard estima que os gastos reais do consumidor aumentem 1,9% ao ano (a.a.), a inflação de preços ao consumidor seja de 4,1% a.a., e o Produto Interno Bruto (PIB) real cresça 1,6% a.a. A previsão para a taxa de juros, a Selic, definida pelo Banco Central (BC), é de 9%. Já a expectativa para a taxa de desemprego é de 8,1%.

Sobre os fatores de risco para a economia brasileira, a instituição afirma que “à medida que o Brasil busca uma desaceleração suave, os principais riscos de baixa são externos”. “Uma desaceleração econômica no exterior, especialmente na China e nos Estados Unidos, é a maior ameaça potencial ao desempenho econômico do Brasil”.

Cenário econômico global

A expectativa de redução da pressão inflacionária no Brasil faz parte de um movimento que se soma ao de outras economias e deve levar a inflação global para o patamar de 4,9% a.a., abaixo dos 6% a.a. de 2023, mas acima da tendência pré-pandemia de 2,7% a.a., projeta o MEI.

O PIB mundial, por sua vez, deve registrar um crescimento real de 2,9% em 2024, em comparação com os 3% em 2023, estima a Mastercard. As projeções levam em conta a análise de 45 economias no mundo, incluindo a América Latina.

“Embora o Mastercard Economics Institute acredite que a economia global se sentirá mais ‘normal’ em 2024 do que nos três anos anteriores, ainda é uma economia em processo de reequilíbrio. Isso significa que os consumidores e as corporações estarão atentos a como priorizar seus gastos e investimentos em um ambiente de diferenças de preços relativos e custos de empréstimos mais altos”, conclui o MEI, em nota.

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