Comportamento

Pandemia impulsionou serviços digitais e educação financeira

Estudo do Mercado Pago aponta que fintechs e ferramentas digitais de pagamento ajudaram na inclusão financeira

Pandemia impulsionou serviços digitais e educação financeira
O influenciador pode usar as redes sociais para impulsionar uma ação específica e lucrar com isso. (Foto: Pixabay)
  • A pesquisa foi realizada entre julho e agosto de 2021, com pessoas de 16 a 65 anos, de nível socioeconômico médio-baixo e em cinco países da América Latina: Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e México
  • 80% dos entrevistados no Brasil acreditam que mais educação e informação sobre serviços financeiros são necessários
  • 61% dos brasileiros afirmam que o interesse neste tema aumentou a partir do uso de carteiras digitais

As carteiras digitais e as soluções de pagamento facilitaram a entrada e o interesse das pessoas no sistema financeiro. A conclusão faz parte de um estudo realizado pelo Mercado Pago, maior fintech da América latina, em parceria com a Trendsity, consultoria especializada em pesquisas de mercado.

A pesquisa, realizada em cinco países da América Latina, mostra que a pandemia de coronavírus impulsionou a inclusão financeira: 1 em cada 4 usuários começou a utilizar ferramentas digitais de pagamentos a partir de março de 2020.

Considerando os países que participaram do estudo, o Brasil apresentou o maior nível de interesse em finanças. Por outro lado, é o que apresenta menor nível de conhecimento no setor: 80% dos entrevistados do país acreditam que mais educação e informação sobre serviços financeiros são necessários; 61% afirmam que ocorreu um maior interesse neste tema a partir do uso de carteiras digitais e serviços oferecidos por fintechs.

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Gabriela Szprinc, head de pagamentos do Mercado Pago, conta que 7 a cada 10 usuários bancarizados carecem de educação financeira no Brasil. De acordo com a pesquisa, há espaço para avanço da educação e inclusão financeira da população.

“Com base no estudo, constatamos que, além de atingir níveis elevados de novos usuários de carteiras digitais, o Brasil é o país com maior nível de interesse em termos financeiros”, disse em  comunicado à imprensa.

A pesquisa traz ainda um destaque importante: 60% dos usuários têm interesse em poupar e investir.

Inclusão pela pandemia

Apesar das carteiras digitais atuarem como motivadoras para as pessoas entrarem no sistema financeiro, a pandemia da covid-19 foi citada como um dos fatores que acelerou a adesão dos serviços. Cerca de 91% dos vendedores que utilizam carteiras digitais garantem que a oferta de novos meios de pagamentos permitiram alcançar mais clientes durante a pandemia.

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A adesão foi impulsionada por jovens e mulheres de classe média baixa, que tem como principais fontes de consulta para aprender sobre ferramentas digitais a comunicação boca a boca, seguida pelas redes sociais e conteúdos na internet.

Pelos resultados apresentados no estudo, dá para perceber que existe uma grande procura por aprender sobre múltiplos aspectos financeiros, especialmente investimentos, meios de pagamento digitais e segurança.

Mulheres ainda são minoria

Apesar das mulheres representarem  boa parte da adesão aos pagamentos digitais, quando olhamos a participação delas no sistema financeiro na América Latina percebemos que ainda são minoria. Em nenhum país, mulheres e homens têm o mesmo nível de conhecimento financeiro.

Segundo dados da pesquisa, a diferença é de 7% entre os gêneros. No total, 57% dos homens têm conta em banco, contra 51% das mulheres. Apenas 10% delas conseguem poupar dinheiro contra 16% dos homens. No Brasil, enquanto 31% dos homens foram capazes de responder corretamente a 3 das 4 perguntas financeiras usadas no teste de conhecimento, apenas 24% das mulheres acertaram.

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