Comportamento

Número de mulheres na Bolsa ultrapassa a marca de 1 milhão

Há dois anos, existiam apenas 388 mil investidoras na bolsa de valores brasileira

Investidora brasileira é mais independente que os homens quando o assunto é administrar os aportes. Foto: Pixabay
  • O número de investidoras na Bolsa de Valores atingiu a marca histórica de 1 milhão em abril: as mulheres somam agora 1.007.982 de CPFs na B3
  • A participação feminina no mercado de capitais deu um salto nos últimos quatro anos. Entre 2017 e 2020, o crescimento no número de CPFs foi de quase 500% 

O número de investidoras na Bolsa de Valores atingiu a marca histórica de 1 milhão em abril: as mulheres somam agora 1.007.982 de CPFs na B3. Os dados são do relatório de perfil de investidores pessoas físicas, divulgado pela organização ao final de cada mês.

O crescimento de contas femininas na Bolsa deu um salto nos últimos quatro anos. Para efeito de comparação, entre 2009 e 2016, a quantidade de investidoras chegou a cair de 136.062 mil para 130.265 mil no período. Entre 2017 e 2020, entretanto, o crescimento foi de quase 500%, de 141.738 mil para 847.585 mil.

As sucessivas quedas nas taxas de juros no País contribuíram para o movimento de alta. A Selic chegou no piso histórico de 2% no ano passado, o que intensificou a migração de investidores da renda fixa para a renda variável e atraiu os brasileiro que estavam ainda iniciando nos investimentos.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Carol Paiffer, CEO da Atom S.A e líder do movimento para a ampliação de mulheres na Bolsa, o ‘Rumo a 1 milhão’, fala sobre a importância dessa marca histórica. “Quando falamos do universo feminino, estamos falando não só de a mulher entender a importância do dinheiro dela e de não ser refém de terceiros, mas também de entender que ela é um agente de transformação”, afirma. “São elas que ficam mais com os filhos, vão ao supermercado e decidem o que está caro ou que está barato. Tudo isso pode gerar uma mudança de comportamento cultural no País e fazer o brasileiro sair do endividamento para o investimento.”

Rumo aos 30%

Apesar do momento histórico, a participação das mulheres no mercado de capitais ainda tem muito potencial de expansão. Esses 1 milhão de CPFs femininos ainda representam uma parte minoritária, de apenas 27,34% do total. O volume financeiro do público feminino também é menor, de R$ 104,4 bilhões, contra R$ 400,67 bilhões de investidores homens.

“A nossa intenção não é parar no 1 milhão, é continuar progredindo. E que venham as próximas metas a serem batidas”, afirma Paiffer.