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Comportamento

Pâmela Rosa: as lições da bicampeã do skate para os investidores

Skatista percebeu a importância da educação financeira e quer inspirar as pessoas a falar sobre dinheiro

Pâmela Rosa: as lições da bicampeã do skate para os investidores
Pâmela Rosa diz que hoje investe de forma diversificada. Foto: Marcello Zambrana
  • Brasileira de 22 anos veio de família onde falar sobre dinheiro era tabu
  • Após buscar uma gestão financeira começou a investir e diversifica suas ações em renda fixa, variável e fundos
  • Bicampeã mundial quer usar a visibilidade para incentivar as pessoas a falar sobre dinheiro e buscarem conhecimento sobre o tema

Com o título conquistado no último domingo (14), Pâmela Rosa se tornou bicampeã mundial de skate street (2019 e 2021). Ela também é a atual líder do ranking internacional e uma das skatistas brasileiras que disputaram a Olimpíada de Tóquio, tudo isso com apenas 22 anos. Hoje, a atleta entende a importância da educação financeira e de pensar no seu futuro ao gerir suas finanças, mas nem sempre foi assim.

Em entrevista ao E-Investidor, a skatista nascida em São José dos Campos, interior de São Paulo, conta que na sua infância o assunto ‘dinheiro’ nunca foi muito tratado,  em parte devido a todas as dificuldades financeiras enfrentadas pela família. “Investir, poupar era um sonho para a gente. Algo que a gente só via em comerciais de TV”, afirma.

Pâmela dormia no chão até os seus 16 anos, quando ganhou seu primeiro X-Games. “Naquele momento de crescimento profissional entendi que precisava administrar melhor meu dinheiro.”

Pâmela conquistou o Mundial de Skate Street disputado em São Paulo em 2019 Foto: Julio Detefon

Desde então, a atleta buscou ajuda de uma consultoria para fazer sua gestão financeira. Hoje, além de investir, quer incentivar os brasileiros a falarem sobre dinheiro e perceberem a importância do assunto, desfazendo o tabu muitas vezes natural nas famílias.

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“Não se fala de dinheiro na mesa de almoço de domingo com os pais, e nem nas escolas. Hoje vejo que esse assunto é algo fundamental para a vida de qualquer pessoa”, diz.

Confira os principais trechos da entrevista com Pâmela Rosa e descubra como ela administra suas finanças, seus tipos de investimentos, e a busca por fomentar a educação financeira por meio da sua visibilidade.

E-Investidor: Como era sua relação com o dinheiro na infância e até se tornar atleta? Era um assunto discutido em família?

Pâmela Rosa: Eu nunca tive dinheiro. Até meus 16 anos dormia no chão. O dinheiro sempre foi contado na casa dos meus pais. Minha família não falava muito sobre o assunto devido a dificuldade que passávamos. Mas entendo que esse assunto sempre foi uma barreira para as famílias brasileiras, um tabu.

Qual foi o momento que percebeu que precisava cuidar das suas finanças?

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Rosa: Em 2016 quando ganhei meu primeiro X-Games. Parte da premiação usei para alugar uma casa melhor para a minha família. E, pude, felizmente, dormir em um quarto só meu (risos). Naquele momento de crescimento profissional entendi que precisava administrar melhor meu dinheiro.

A projeção que o Skate ganhou após as Olimpíadas mudou o seu jeito de pensar ou se planejar com o dinheiro?

Rosa: Sem dúvida. Hoje, por exemplo, tenho auxílio de um consultor do Banco BV para me orientar nos investimentos. E foi ótimo porque abriu minha cabeça relacionado ao valor do dinheiro e valorizo muito isso. Mesmo que seja um conhecimento básico, incentivo outras pessoas a procurarem conhecimento sobre o tema.

Como é sua gestão financeira? Você delega essa questão para outra pessoa ou prefere controlar pessoalmente?

Rosa: Deixo isso com meu empresário e meus pais. Juntos fazemos essa gestão. Eles fazem esse filtro com a consultoria financeira, que orienta na escolha dos melhores investimentos. Alguns deles são de longo prazo e não posso mexer antes de um determinado tempo. É uma forma de ter um pouco de dinheiro guardado e investir no meu futuro.

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Você investe em renda fixa, variável ou até em criptomoedas?

Rosa: Normalmente sigo as orientações da consultoria. O que tenho conhecimento é sobre skate. Sobre isso falo com propriedade! (risos). Depois que meus pais apuram, ouço o profissional, converso com meus pais novamente e tomo a decisão. Normalmente é assim que funciona. Recentemente meus investimentos passaram e ser diversificados. Pelo que aprendi é melhor investir diversificado para reduzir as possíveis perdas com o mercado financeiro. Então, hoje tenho aplicações em renda fixa, variável e alguns fundos de investimento.

Você já perdeu dinheiro com alguma aplicação errada?

Rosa: Nunca perdi porque comecei a investir recentemente. Como falei anteriormente, o dinheiro da minha família era contado. Investir, poupar era um sonho para a gente. Algo que a gente só via em comerciais de TV. O que posso dizer sem vergonha nenhuma é que antes de ter a noção melhor de dinheiro já gastei muitas vezes de maneira errada.

A brasileira tem um consultor financeiro, mas toma as decisões sobre o seu dinheiro. Foto: Julio Detefon

Você costuma reservar parte dos seus ganhos para a realização dos seus sonhos e objetivos? Hoje, qual é o seu maior sonho?

Rosa: Eu tenho dois grandes sonhos e os dois estão em processo de realização. Eu sempre quis contribuir e deixar algum legado no bairro que nasci. Junto com a prefeitura de São José dos Campos e o Banco BV conseguimos iniciar o projeto da construção de uma pista de skate. Nem tenho palavras para descrever como isso é incrível para mim.

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O meu segundo sonho é ter condições de ir morar na Califórnia e ter a minha própria Skatepark. Na minha primeira reunião com o pessoal do Banco BV brinquei com eles sobre isso. Já cheguei perguntando: Vocês irão me ajudar a realizar esse sonho? Traçamos algumas metas de médio prazo e estou amarradona.

Você está com o Banco BV em campanha sobre falar de dinheiro. Como você vê o assunto entre atletas? A educação financeira ainda é um tabu no skate e/ou no esporte?

Rosa: O tabu não é só para quem é do skate, do futebol, vôlei ou basquete. O tabu é para o brasileiro de maneira geral. Não se fala de dinheiro, poupar, investimento na mesa de almoço de domingo com os pais, e nem nas escolas. Um pouco mais madura, com meus 22 anos, vejo que esse assunto é algo fundamental para a vida de qualquer pessoa. Esse é o tipo de conhecimento que deveria ser multiplicado  e apresentado ainda no colégio para as crianças. Essa campanha que fiz com o Banco BV foi literalmente contar um pouco da minha história de vida. Quero poder inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo.

Como vê a importância da educação financeira para as pessoas? O que ela mudou para você?

Rosa: Acredito que mostra de fato que não sabemos lidar com dinheiro. Ensina que o futuro precisa ser construído a partir do hoje. Quanto mais falarmos sobre dinheiro, mais iremos conhecer sobre o assunto o que vai facilitar o nosso dia a dia. Falar sobre dinheiro fez com que pudesse me organizar melhor para ter um futuro financeiro confortável sem abrir mão do presente.

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Como você busca inspirar as outras pessoas sobre o assunto após todo o destaque e visibilidade que conquistou?

Rosa: Tento mostrar que nenhuma dificuldade pode ser maior que o sonho. Jamais desistir dos obstáculos que a vida apresenta. Como brasileira, mulher e sem ter nascido em berço de ouro preciso lutar dobrado pelos meus sonhos. E tenho certeza que vou realizar todos eles!

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