Custos com carro estão entre as 3 maiores despesas dos brasileiros

Uma pesquisa realizada pela empresa de crédito em parceria com a Opinion Box ouviu 2.067 pessoas entre os dias 12 e 18 de dezembro para entender qual a relação dos brasileiros com seus veículos e como eles se preparam financeiramente para adquiri-los.

Como mostra a pesquisa, os custos que envolvem a aquisição e manutenção de um carro não são poucos. Em 63% dos lares, o custo do carro está entre os 3 maiores gastos anuais, junto com alimentação e com contas básicas. Para 45% dos brasileiros, os gastos anuais de um automóvel representam até 29% da renda familiar no ano.

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Por isso a compra de um veículo não costuma ser feita no impulso. O resultado da pesquisa mostra que, em geral, a compra do carro próprio é feita de forma planejada: 9 em cada 10 brasileiros se prepararam antes da aquisição.

O pagamento à vista foi a forma utilizada por 39% dos entrevistados para obter o veículo, enquanto 38% optou por um financiamento. Outros 11% fizeram a compra por meio de consórcio, 10% trocaram por outro bem, 10% pegaram empréstimo com instituições financeiras e 6% utilizaram o cartão de crédito.

Entre os 60% que optaram por algum meio de parcelamento, a maior preocupação é em não atrasar as parcelas. Ainda assim, 14% admitem ter pago os débitos com atraso e 22% disseram buscar estratégias financeiras, como renegociação de dívida ou outros empréstimos para conseguir realizar os pagamentos.

O preço do ‘dia a dia’

Independente do método de pagamento, a pesquisa da Serasa mostra que mesmo com o planejamento a realidade dos custos que envolvem o veículo pode surpreender. 78% dos entrevistados responderam que já estavam prontos para os custos reais do uso do carro quando fizeram a compra, mas outros 18% disseram que, apesar de preparados, se surpreenderam com o valor no dia a dia.

A pesquisa chama de “custos reais” aqueles valores que envolvem a manutenção do carro. O seguro privado, por exemplo, é pago por 7 em cada 10 entrevistados. Entre os que não contam com a proteção de uma seguradora, 47% responderam que é muito caro e 39%, que não possuem disponibilidade financeira para arcar com a cobertura no momento.

Quando o assunto é seguro, ainda existe a opção de não contar com a cobertura e não ter esse gasto. Com o IPVA, não. Confira aqui o calendário de pagamentos do imposto de 2023.

O valor precisa ser pago obrigatoriamente e, para isso, 34% dos entrevistados inseriram o valor das parcelas no orçamento mensal, 30% economizaram durante 2022 para realizar o pagamento à vista e 14% irão utilizar o 13º salário para quitar a cobrança. Outros 18% não sabem ainda como vão pagar o IPVA em 2023.

Para arcar com gastos surpresas – um arranhão na pintura, uma troca de pneu, uma lanterna queimada, uma multa, guinchos – 70% dos entrevistados precisou recorrer a algum produto financeiro. Na maioria dos casos (56%), a ‘salvação’ foi o parcelamento no cartão de crédito. Para futuros custos inesperados, 65% disse ter uma reserva de emergência.

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