Comportamento

Qual varejista perderá mais na concorrência com chinesas na Black Friday?

Relatório da XP também reúne pesquisas que apontam onde os brasileiros farão suas compras

Qual varejista perderá mais na concorrência com chinesas na Black Friday?
Varejo. (Foto: Envato Elements)

A preferência dos consumidores por plataformas estrangeiras para as compras na Black Friday é vista pela XP como um risco para as varejistas brasileiras com ações em Bolsa, principalmente em meio à adesão das asiáticas ao programa fiscal Remessa Conforme.

Os dados citados no relatório são de uma pesquisa realizada pela MField, que apontou que 76% dos consumidores têm intenção de fazer compras na importante data do varejo, e os e-commerces favoritos são Amazon (AMZO34), com 73%; Shopee, com 49%; Shein, com 45%; Magazine Luíza (MGLU3), com 42% e Méliuz CASH3), com 41%.

Os analistas Danniela Eiger e Gustavo Senday destacam que a Black Friday é um evento-chave para o setor e, combinado com as festas de final de ano, deve definir o tom dos resultados do quarto trimestre das varejistas. A data é de maior relevância para as empresas de e-commerce, como Magazine Luíza e Grupo Casas Bahia, uma vez que eletrônicos e eletrodomésticos são historicamente favorecidos na Black Friday.

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No entanto, moda e cosméticos têm ganhado relevância, movimento possivelmente explicado pelo poder de compra mais restrito dos consumidores. Com isso, espera-se efeitos também sobre Grupo Soma (SOMA3), Lojas Renner (LREN3), Arezzo (ARZZ3) e Natura (NTCO3).

A XP cita também dados de uma pesquisa feita pela Méliuz, segundo a qual 95% dos entrevistados estão dispostos a fazer compras na Black Friday, enquanto 32% deles estão dispostos a gastar mais de R$ 1.000. As categorias de destaque ficaram com eletrônicos (49%) e eletrodomésticos (45%), além de vestuário (31%), calçados (28%) e cosméticos (22%).

Já uma pesquisa feita pelo Google mostrou que 67% dos brasileiros pretendem fazer compras na data, com sete em cada dez entrevistados com expectativa de gastar igual ou mais do que em 2022. Em relação às categorias, vestuário lidera o interesse (46%), seguido de cosméticos (41%), calçados (38%) e eletrodomésticos/celulares (35%).

A seleção brasileira atrapalhou

A corretora acrescenta que ultrapassar a base de comparação é “fácil”, dado que a Black Friday de 2022 foi fraca – aconteceu durante a Copa do Mundo, com seu final de semana coincidindo com dois jogos do Brasil, sendo um na quinta antecedente e outro na segunda após a Black Friday, quando acontece a Cyber Monday, evento do varejo de promoções de produtos eletrônicos.