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Comportamento

Em economia, ‘risco’ é uma palavra assustadora, mas ‘incerteza’ é aterrorizante

A diferença entre risco e incerteza pode parecer puramente semântica. Mas não é. Conheça a teoria de Frank Knight

Por E-Investidor

27/11/2021 | 7:00 Atualização: 27/11/2021 | 10:14

A previsão econômica, um jogo de tolos nos bons tempos, vem se tornando cada vez mais inútil. Foto: Pixabay
A previsão econômica, um jogo de tolos nos bons tempos, vem se tornando cada vez mais inútil. Foto: Pixabay

(Stephen Mihm, WP Bloomberg) – A previsão econômica, um jogo de tolos nos bons tempos, vem se tornando cada vez mais inútil.

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Uma pandemia global, disrupções na cadeia de suprimentos e eventos climáticos extremos transformaram os modelos convencionais em uma bagunça. Isso levou comentaristas a alertarem sobre os crescentes “riscos” para a economia global.

Isto está errado. O que o mundo está enfrentando não pode ser reduzido à ideia de risco. O problema real é ainda mais incômodo: a generalizada e crescente incerteza.

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Essa diferença entre risco e incerteza pode parecer puramente semântica. Mas não é, como o peculiar economista Frank Knight reconheceu um século atrás, quando publicou sua clássica ponderação sobre o assunto. Vale a pena agora revisitar seus pensamentos.

Knight nasceu em Illinois em 1885, um dos nove filhos de uma família profundamente religiosa. Ele tinha poucas indicações de um futuro acadêmico, exceto ser extremamente inteligente. Acabou por abandonar a religião da família, atitude que alguns biógrafos especularam que o preparou para desafiar crenças adotadas por outras pessoas, especialmente as ortodoxias econômicas.

Ele nunca terminou o ensino médio, mas conseguiu chegar à faculdade e buscar o que um biógrafo chamou de “educação heterogênea”, mergulhando em química, na língua alemã e filosofia antes de se formar na Universidade do Tennessee. Depois disso, fez doutorado em economia na Universidade Cornell. Foi lá que escreveu e revisou sua tese sob a influência de duas rupturas radicais: a Primeira Guerra Mundial e a pandemia de gripe de 1918, que podem ter contribuído para seu pensamento sobre risco e incerteza.

Publicou a tese em 1921 como “Risco, Incerteza e Lucro”, deu aulas na Universidade de Iowa por alguns anos, depois ingressou no corpo docente da Universidade de Chicago, onde foi muito influente por várias décadas. Sempre iconoclasta, ele se indispôs com os colegas, reservando um desprezo especial pelos economistas que favoreciam as técnicas quantitativas e os modelos empíricos. Lendo sua obra clássica, é fácil entender o porquê.

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O livro de Knight é incomum por muitas razões, incluindo o fato de que oferece uma das definições mais claras das condições necessárias para aquele nirvana de equilíbrio geral que os economistas chamam de “competição perfeita” – e então mostra como esse mundo nunca existirá por causa da poderosa contracorrente daquilo que ele chamou de “incerteza”.

Para a maioria das pessoas, risco e incerteza são mais ou menos sinônimos: coisas que são arriscadas são incertas e vice-versa. Knight discordou. Em uma exploração desses conceitos que beirava a metafísica, Knight pediu a seus leitores que considerassem o fato de que os seres humanos – e os empresários em particular – estão necessariamente obcecados com o que vai acontecer no futuro. Mas Knight argumentou que os eventos futuros se enquadram em duas categorias distintas.

A primeira foi o que Knight chamou de risco: eventos que ninguém poderia saber que aconteceriam – muito menos precisamente quando aconteceriam – mas aos quais uma certa probabilidade poderia ser atribuída. Como exemplo, ele citou outro economista que havia descrito a fabricação do champanhe, que invariavelmente resultava em certo número de garrafas estourando por excesso de carbonatação. Mas a taxa de perdas era consistente e previsível. Como consequência, escreveu Knight, “a perda torna-se um custo fixo na indústria e é repassada ao consumidor”.

Um pouco menos previsíveis, mas ainda capazes de serem controlados, eram eventos que não se poderiam prever caso a caso (uma fábrica pegando fogo, por exemplo), mas podiam ser quantificados como um risco definitivo quando agrupados com outros retirados do mesmo tipo ou categoria. Esse, explicou Knight, era o insight que estava na base da indústria de seguros. Nenhuma calamidade individual poderia ser prevista, mas uma certa probabilidade dentro de um grupo maior, sim.

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“É evidente”, escreveu Knight, “que muitos perigos podem ser reduzidos a um grau razoável de certeza por agrupamento estatístico”. Mas ele advertiu que “uma categoria igualmente importante não pode.”

Este era o temido mundo da incerteza: um lugar onde coisas ruins poderiam acontecer, mas ninguém tinha capacidade de prever a probabilidade. Isso não poderia ser eliminado com modelagem, análise estatística ou qualquer outra coisa no kit de ferramentas da economia.

Incerteza mensurável e incerteza verdadeira

Knight, portanto, postulou uma distinção entre uma incerteza mensurável (que chamou de risco) e uma incerteza imensurável (que chamou de incerteza verdadeira ). Admitiu, assim, que pode ser possível acumular dados suficientes para transformar incertezas em risco, embora tenha observado: “O uso de recursos para reduzir a incerteza é uma operação atendida com a maior incerteza de todas”.

Muitos economistas questionaram a análise de Knight, com alguns apontando que as distinções entre risco e incerteza raramente são muito claras. Mas seus argumentos continuam a ser influentes e relevantes, talvez especialmente agora. Assim como a reputação do economista heterodoxo, Hyman Minsky, reviveu à sombra da crise financeira de 2008, os escritos de Knight têm uma relevância direta para o momento presente de radical incerteza.

As incógnitas que o mundo enfrenta agora – as disrupções radicais da mudança climática, um vírus mortal em constante evolução e a dissolução de cadeias de abastecimento cuidadosamente construídas – significam que as previsões e predições econômicas, que geralmente são de pouca utilidade, deveriam ser completamente ignoradas.

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Mas, como Knight diria, o fato de ninguém saber o que acontecerá com a economia global não deveria ser motivo para desespero. Na verdade, ele argumentou que a incerteza é a fonte do lucro. Os empreendedores não ganham dinheiro assumindo riscos que podem ser quantificados; eles ganham dinheiro arcando com o custo da verdadeira incerteza.

Isso significa que esse momento de extrema incerteza é uma oportunidade de negócios de proporções surpreendentes. Disso, Frank Knight teria certeza.

Tradução: Anna Maria Dalle Luche

*Stephen Mihm é Professor de História na Universidade da Georgia, EUA. 

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