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- Em apenas uma semana, o BTC engatou em um movimento de altas de 20% e permanece acima dos US$ 60 mil
O bitcoin engatou nos últimos dias um movimento de alta acima de 20% em apenas uma semana que pode permitir à moeda digital alcançar novamente a sua cotação máxima de US$ 69 mil. A valorização é um reflexo do fluxo de capital para os ETFs de bitcoin à vista, lançados em janeiro nos Estados Unidos. Apesar dos ganhos recentes e do amadurecimento do mercado, o Banco Central Europeu (BCE) ainda segue relutante à moeda digital.
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Segundo os analistas do BCE, em um relatório publicado na última semana, o ativo digital não possui valor real e que seus níveis de preço não garantem sustentabilidade financeira. “O bitcoin falhou na promessa de ser uma moeda digital descentralizada global e ainda é pouco utilizado para transferências legítimas. A última aprovação de um ETF não altera o fato de que o bitcoin não é adequado como meio de pagamento ou como investimento“, destaca o BCE na publicação.
A avaliação gera críticas de especialistas que acompanham o dia a dia do mercado de criptoativos. José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, afirma que o posicionamento do BCE revela, além de uma visão conservadora do mercado de cripto, que a autoridade monetária europeia subestima a revolução financeira que as criptomoedas e a tecnologia blockchain – sistema que registra as transações e permite o funcionamento das criptomoedas – podem causar para a economia mundial.
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“O bitcoin e as outras criptomoedas estão promovendo uma inclusão financeira sem precedentes, oferecendo transparência, eficiência e segurança”, afirma Ribeiro.
No Ceará, por exemplo, a adoção da criptomoeda como forma de pagamento em diversas lojas e empresas de turismo permitiu a aproximação da população da Vila de Jericoacoara, um dos principais destinos turísticos do litoral cearense e que não possui bancos nem caixa eletrônico. Veja os detalhes desta reportagem.
Tese de investimento do bitcoin
Para Helena Margarido, head de Cripto da Monett.app, o impacto é uma das mudanças que a tese de investimento do bitcoin propõe para a sociedade: ser uma reserva de valor dentro de um sistema descentralizado. Ou seja, sem a intermediação de agentes do governo, como um banco central. “Toda essa proposta dentro de uma base tecnológica, por meio da criptografia”, afirma Margarido. “O Banco Central Europeu simplesmente não quer olhar para o bitcoin”, complementa.
Segundo a Coinbase, 425 milhões de pessoas no mundo já fazem parte da criptoeconomia e 83% dos países do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta) promulgaram ou estão trabalhando para criar regras que promovam segurança para a indústria de criptomoedas. Além disso, quase 9 em cada 10 (87%) norte-americanos acreditam que o sistema financeiro precisa de mudança e metade (51%) dos americanos acredita que o sistema financeiro dos Estados Unidos não funciona de forma justa para todos.