O bitcoin hoje dá pausa para os ganhos e opera próximo da estabilidade. Mas ao contrário dos dias anteriores da semana, a maior criptomoeda em valor de mercado conseguiu ultrapassar a faixa dos US$ 16 mil graças ao movimento de recuperação desta quarta-feira (30), quando o ativo encerrou o dia com uma alta de 4%. A boa performance após intensas perdas tem uma justificativa: o alívio no cenário macroeconômico.
Na manhã de quarta, o BTC apresentava uma leve queda de 0,32%, cotado a US$ 17 mil. O ethereum também segue o mesmo caminho ao mostrar um recuo de 0,26%, cotado a US$ 1,2 mil durante o mesmo período.
De acordo com André Franco, head de research do Mercado Bitcoin, a sinalização de uma desaceleração no ritmo da taxa de juros nos Estados Unidos traz ânimos aos investidores que voltam a enxergar oportunidades de ganhos para os ativos de risco, como as criptomoedas.
“Provavelmente não teremos surpresas negativas na próxima reunião do Federal Reserve (Fed, autoridade monetária dos Estados Unidos) e os juros, além de estarem precificados, já apontam desaceleração. Consequentemente, os mercados de risco tendem a subir e o bitcoin seguir na esteira”, diz Franco.
A perspectiva de um movimento mais brando no ciclo de aperto monetário na economia norte-americana mostra que os dados da inflação começaram a dar sinais de recuo e que os dirigentes do Fed seguem preocupados com o impacto da alta de juros para os mercados.
Com cenário em consolidação, Ayron Ferreira, analista chefe da Titanium Asset, acredita que o preço do BTC pode subir nas próximas semanas. “O preço do BTC está em níveis de sub valorização. A alavancagem no setor tem diminuído devido a acontecimentos recentes, o que abre espaço para valorizações de curto prazo e um rally de final de ano”, diz.
Veja a performance das principais criptomoedas às 9h