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O bitcoin está em alta de 1,2% nesta sexta-feira (21), engrenando uma sequência de três pregões consecutivos de alta. Com a valorização, a maior criptomoeda do mercado voltou a ser negociada acima dos US$ 98 mil, a maior cotação em quase duas semanas.
2025 começou com bons ventos no mercado cripto, que já vinha muito impulsionado desde que Donald Trump venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro do ano passado. A perspectiva de um mandato mais favorável à desregulamentação, com promessas de uma reserva de criptomoedas na maior economia, além de maior adesão institucional, fizeram a cotação do bitcoin cravar um novo valor histórico, a US$ 108 mil.
Desde então, o ativo enfrenta dificuldade para defender o patamar dos US$ 100 mil. Para Danilo Matos, analista da exchange NovaDAX, a lateralização do bitcoin sugere certa estabilização desse mercado. Nesta fase de estabilidade, há um volume menor de negociação e preços que oscilam, mas dentro de uma faixa limitada. “Este nível de suporte tem se mantido o mesmo por quase um mês, comprovando a sua lateralização, e nós estamos em uma das maiores lateralizações da história do mercado – o Bitcoin mantém movimentação inferior a 15% desde os últimos 90 dias”, diz.
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Ele explica que, apesar da expectativa com a posse de Donald Trump e uma postura pró criptomoedas, a atual faixa de preço do bitcoin, já elevada, exige novos eventos externos para aumentar a pressão de compra e ultrapassar a linha de resistência dos US$ 100 mil. “O mercado de criptomoedas depende bastante de fatores macroeconômicos que impulsionem sua valorização, além de uma política nos EUA favorável ao seu desenvolvimento. Neste momento, a incerteza das políticas tarifárias de Trump e casos como as acusações contra o presidente Milei por promover o token Libra (LIBRA) ligado a um esquema pump-and-dump e a apreensão de US$ 190 milhões em criptomoedas ligadas à fraude da Bitconnect, pelo Diretório de Fiscalização da Índia (ED), não favorecem esse cenário, mantendo a lateralização”, pontua Matos.
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