O bitcoin (BTC) em dólar perdeu o patamar dos US$ 100 mil com os investidores repercutindo os rumos da política monetária dos Estados Unidos. Por volta das 9h (horário de Brasília), a maior criptomoeda em valor de mercado era negociado a US$ 92,3 mil após sofrer uma desvalorização de 5,39%.
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Embora o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tenha reduzido os juros em 0,25 pontos-base na última quarta-feira (18), o mercado repercutiu a percepção divergente dos membros do Fed sobre os próximos passos da política monetária. Isso porque uma parte dos dirigentes enxerga apenas dois cortes de juros ao longo do próximo ano.
Se essa projeção se confirmar, a economia americana terá uma redução de apenas 0,5 pontos-porcentuais nas taxas de juros. “Parte desse movimento ainda é resquício da decisão de juros nos Estados Unidos e a perspectiva de menos cortes nas taxas ao longo de 2025”, avalia Beto Fernandes, analista da Foxbit, sobre o movimento de correção do BTC.
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Outro fator que pesou contra o bitcoin (BTC) foi a declaração do Fed que informou que não consegue compor uma reserva estratégica de bitcoin nos EUA sem uma revisão legal constitucional. “A expectativa de que, com o governo de Donald Trump, os Estados Unidos pudessem de forma rápida compor uma reserva estratégica não deve acontecer de forma tão simples”, ressalta Ibiaçu Caetano, CFO do Bitybank.
As mensagens deixaram os investidores preocupados ao passo de influenciar em um movimento de realização de lucro no mercado. Na quarta-feira (18), quando ocorreu a última reunião do Fed ao ano, os ETFs de bitcoin à vista sofreram um resgate US$ 680 milhões, segundo dados da Soso Value, plataforma de dados cripto. O volume é maior saque diário desde a sua estréia na bolsa de valores dos Estados Unidos. No acumulado do ano, o bitcoin em dólar apresenta uma valorização de 108,93%.
