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Criptomoedas

Os próximos alvos do bitcoin: vêm novos recordes em 2025?

Após superar patamar dos US$ 100 mil, cripto recua nesta sexta-feira (6) com a realização de lucros. Veja o que analistas esperam agora

Os próximos alvos do bitcoin: vêm novos recordes em 2025?
Veja em o valor da cotação do bitcoin em dólar hoje. (Foto: Envato Elements)

Após alcançar a marca dos US$ 100 mil, o bitcoin (BTC) recuou cerca de 4% durante a manhã desta sexta-feira (4) com a realização de lucro dos investidores. Nas mínimas, a maior criptomoeda em valor de mercado chegou a ser negociada a US$ 94 mil. Já por volta das 8h55 (horário de Brasília), o BTC recuperou parte das perdas e avançou 1%, sendo cotado a US$ 98 mil.

O movimento de correção não retirou o otimismo do mercado em torno do ativo digital. Agora, com a renovação da sua máxima histórica, os investidores observam quais são os próximos preços que o bitcoin poderá alcançar, especialmente em 2025. Fernando Pereira, analista da Bitget, por exemplo, acredita que o foco nos próximos meses ficará concentrado nas faixas de preço entre as cotações de US$ 150 mil a US$ 200 mil ao longo do próximo ano. “A reação do mercado sugere que ainda pode haver espaço para crescimento”, reforça Pereira.

Já Rafael Lage, da CM Capital, estima que o BTC, no curto prazo, pode alcançar a marca dos US$ 132.400 mil com a repercussão dos investidores sobre os primeiros meses do governo Trump. Para o fim de 2025, a previsão mais otimista é de que o ativo digital alcance a faixa dos US$ 196 mil. “Tudo agora dependerá de regulamentações governamentais mais favoráveis, que facilitará a aceitação do público e sua adoção no dia a dia”, diz Lage sobre o futuro do BTC.

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Vinicius Bazan, CEO da casa de análises Underblock, por sua vez, está mais cauteloso nas suas projeções. Embora não descarte a possibilidade de o bitcoin bater a marca dos US$ 200 mil, ele acredita que o BTC deve superar a barreira dos US$ 150 mil no médio prazo.

O motivo está na percepção dos investidores sobre as oportunidades de investimentos em outras criptomoedas que podem entregar retornos mais expressivos. “A movimentação atual importante está para altcoins (criptomoedas originadas depois do bitcoin). Há muito dinheiro no mercado que está aguardando o melhor momento para ser alocado”, ressalta Bazan.

2024: o ano do bitcoin

A aprovação dos ETFs de bitcoin à vista pela Securities and Exchange Commission (SEC) – órgão dos Estados Unidos equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira – possibilitou ao ativo digital a sua primeira pernada de alta em 2024. Quando os produtos começaram a ser negociados, o BTC renovou a sua máxima histórica antes da chegada do halving, evento sazonal responsável por reduzir a oferta da criptomoeda no mercado, ao quebrar a barreira dos US$ 70 mil.

O ciclo de queda de juros nos Estados Unidos, iniciado em setembro pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), também ajudou a garantir um ambiente mais favorável para o mercado de criptoativos. Com o recuo da rentabilidade dos investimentos em renda fixa, os investidores tendem a buscar ativos de maior risco, como as criptomoedas.

Mas foram as eleições presidenciais dos Estados Unidos (EUA) que mudaram por completo as perspectivas dos investidores em relação ao BTC. Com a vitória de Donald Trump nas urnas, o mercado passou a precificar um ambiente regulatório mais favorável para o setor em função das promessas do republicano durante a campanha. Por isso, desde o dia 6 de novembro, o BTC renovou seus recordes de preço.

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Na terça-feira (4), por exemplo, o presidente eleito comunicou a indicação do empresário Paul Atkins para a presidência da SEC. A informação reforçou a narrativa dos investidores de que, nos próximos quatro anos, o mercado terá um ambiente regulatório mais favorável para a classe de ativos. “Por ser um nome que já deu sinais de ser pró-cripto, o mercado entendeu a ação como impulsionadora de preços para o BTC – mesmo que apenas por movimento especulativo e de curto prazo”, diz Beto Fernandes, analista da Foxbit. No acumulado do ano, o bitcoin em dólar avança 122%.